Ocorre metamorfose em aves anfíbios répteis mamíferos

Definição de tetrápode. Características gerais de anfíbios, répteis, aves e mamíferos: O grupo dos tetrápodes inclui animais essencialmente terrestres que…

O grupo dos tetrápodes inclui animais essencialmente terrestres que possuem quatro membros. Aliás, ‘tetrápode’ significa, precisamente, ‘com quatro membros’. Dentro deste grupo de organismos encontramos os anfíbios, os répteis, as aves e os mamíferos.

Ocorre metamorfose em aves anfíbios répteis mamíferos

Características gerais dos anfíbios

Os anfíbios são animais que tanto ocorrem em habitats terrestres como aquáticos. Esta característica dá o nome ao grupo, já que, ‘anfíbio’ significa ‘com duas formas de vida’. No entanto, os anfíbios necessitam de ter a pele permanentemente húmida (a pele dos anfíbios é húmida e viscosa, e possui glândulas), já que, são descendentes próximos de organismos adaptados a ambientes aquáticos. Os anfíbios estão ainda dependentes da água para fazerem a respiração cutânea ou para a reprodução. Porém, possuem já pulmões para efectuarem as trocas gasosas através do ar. Nas primeiras fases do desenvolvimento, os anfíbios possuem também brânquias ou guelras para respirarem. Note-se que o desenvolvimento larvar ocorre dentro dos cursos de água.

São, geralmente, ovíparos com desenvolvimento por metamorfoses. A fecundação pode ser interna ou externa, dependendo do grupo, e cada indivíduo ou é macho ou é fêmea. Os anfíbios possuem dois côndilos occipitais na região da crânio.

São organismos ectotérmicos, já que, não efectuam uma termorregulação independente da temperatura do meio ambiente. O sistema cardiovascular é caracterizado pela ocorrência de um coração com três cavidades, duas aurículas e um ventrículo. Note-se que ocorre já neste grupo, uma evolução de um coração com duas cavidades como nos peixes, para um coração com três cavidades.

Características gerais dos répteis

Os répteis são animais terrestres que, contrariamente aos anfíbios, possuem uma pele seca e com ocorrência de poucas glândulas. A pele é revestida por diversas escamas de natureza córnea, com origem epidérmica.

Neste grupo, a respiração é efectuada unicamente através dos pulmões. Tal como nos anfíbios, o coração apresenta-se dividido em três cavidades, no entanto, existe um septo incompleto a dividir o ventrículo. Note-se que os crocodilos possuem já um coração com quatro cavidades (duas aurículas e dois ventrículos).

A temperatura corporal varia de acordo com a temperatura do ambiente exterior e os sexos são separados. A partir destes organismos a fecundação é somente interna e o desenvolvimento é directo, ou seja, não ocorre metamorfose. Os indivíduos são ovíparos e os ovos possuem casca.

Contrariamente aos anfíbios, os répteis já possuem costelas e têm apenas um côndilo occipital no crânio.

Características gerais das aves

As aves distinguem-se dos restantes tetrápodes principalmente pela presença de penas com origem epidérmica a revestir o corpo. A respiração também é efectuada através dos pulmões e o coração apresenta já as quatro cavidades completas (duas aurículas e dois ventrículos). Além desta inovação, as aves são animais endotérmicos, ou seja, efectuam uma termorregulação independente da temperatura do meio ambiente externo.

Tal como nos répteis, a fecundação é interna, os ovos possuem uma casca, e os sexos ocorrem em indivíduos distintos. O desenvolvimento dos juvenis é directo, não havendo a ocorrência de metamorfoses.

Os membros anteriores das aves são asas que permitem o voo. As aves não possuem dentes, contrariamente aos restantes tetrápodes. As maxilas são recobertas pelo bico, possuem apenas um côndilo occipital na base do crânio e costelas.

Características gerais dos mamíferos

Os mamíferos possuem diversas características que são exclusivas apenas dos elementos do seu grupo. Entre estas características encontra-se, a ocorrência de pêlo; presença de glândulas mamárias, sudoríparas, sebáceas e odoríferas; alimentação das crias através do leite materno; dentição com diferenciação de dentes caninos, incisivos e molares; encéfalo bastante desenvolvido; presença de diafragma a separar a caixa torácica do abdómen; e a ocorrência de placenta, sendo que, a maioria dos mamíferos são vivíparos e a fecundação é interna.

A respiração nos mamíferos também é efectuada exclusivamente através dos pulmões, que são extremamente eficientes e bem adaptados a efectuar as trocas gasosas. Os glóbulos vermelhos não têm núcleo e possuem um formato bicôncavo.

Tal como nas aves, o coração dos mamíferos possui também as quatro cavidades completas. Possuem dois côndilos occipitais na base do crânio, os sexos ocorrem em indivíduos distintos e o desenvolvimento das crias é directo.

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Kardong, Kenneth. (2006). Vertebrates – Comparative Anatomy, Function, Evolution. 4th Edition. McGraw-Hill.

No nascimento, alguns organismos são bem diferentes de um organismo adulto da mesma espécie. Outros, no entanto, são bem semelhantes. A borboleta, por exemplo, possui uma fase de larva, a lagarta, que apresenta características muito diferentes do seu estágio de vida, o que pode levar a pensar tratar-se de espécies diferentes. Os seres humanos, por sua vez, já nascem com características que permitem identificar o bebê como sendo um humano.

A forma como o indivíduo é ao nascer em comparação ao indivíduo adulto permite identificar dois tipos de desenvolvimento: o direto e o indireto.

→ Desenvolvimento direto

O desenvolvimento direto é aquele observado em aves e mamíferos, como o homem. Nesse desenvolvimento, o indivíduo já é bastante semelhante a um exemplar adulto e apresenta sempre a mesma organização corpórea, isto é, o jovem apenas cresce e desenvolve-se até chegar à fase adulta, não sofrendo nenhuma modificação extrema.

→ Desenvolvimento indireto

Durante esse desenvolvimento, observa-se uma mudança mais acentuada na aparência do organismo. Essas modificações são chamadas de metamorfose e são essenciais para o indivíduo tornar-se um adulto.

A borboleta, por exemplo, é um organismo com desenvolvimento indireto. Ao observar o ciclo de vida desses animais, percebemos que há uma fase inicial de ovo. Em seguida, desse ovo eclode uma lagarta, que, então, entra em uma fase de pupa até que o desenvolvimento seja completado e seja liberada uma borboleta. Nesse desenvolvimento, percebem-se mudanças drásticas na aparência e até mesmo nos hábitos do animal, uma vez que a lagarta alimenta-se de folhas e a borboleta adulta alimenta-se do néctar das flores. Nesse caso, trata-se de um desenvolvimento indireto.

→ Desenvolvimento dos insetos

Os insetos podem ser classificados, de acordo com seu desenvolvimento, em ametábolos e metábolos. Os insetos ametábolos são aqueles que possuem desenvolvimento direto, tais como as traças, que apenas aumentam de tamanho.

Os insetos metábolos são aqueles que sofrem metamorfose, ou seja, ocorrem modificações consideráveis na organização corpórea desses organismos. Esses insetos podem ser ainda hemimetábolos ou holometábolos. Os hemimetábolos referem-se aos organismos que já apresentam certa semelhança nos estágios iniciais de desenvolvimento, que são chamados de ninfa. Nesse caso, ocorre uma metamorfose incompleta, pois as mudanças são poucas e de maneira gradativa. Um exemplo de inseto hemimetábolo é o gafanhoto, que, no estágio de ninfa, apresenta-se sem asas e, no estágio adulto, já possui essa estrutura.

Os insetos holometábolos, por sua vez, são aqueles com metamorfose completa, na qual o inseto é submetido a grandes modificações durante o seu desenvolvimento. Um exemplo é a borboleta, que possui fase de ovo, larva, pupa e adulto.

A metamorfose é um processo de mudanças perceptíveis, durante o ciclo de vida, que ocorre em algumas espécies. Vários animais sofrem metamorfose, tais como as borboletas, os mosquitos, as traças e alguns anfíbios. Esses últimos representam um grupo de animais vertebrados com mais de 6 mil espécies, que incluem salamandras, rãs, sapos, pererecas e cecílias.

Metamorfose dos anfíbios

Para falar da metamorfose dos anfíbios, utilizaremos como exemplo animais do grupo dos anuros, que apresentam um estágio de vida aquático e outro terrestre. A escolha desse exemplo deve-se ao fato de a metamorfose ser pouco visível nos outros grupos de anfíbios.

Antes de falar sobre a metamorfose propriamente dita, devemos lembrar do processo de reprodução desses animais. Comumente, observa-se que o macho segura a fêmea e lança seus espermatozoides nos ovos por ela depositados. A fecundação e o desenvolvimento dos ovos acontecem na água ou em locais úmidos.

O primeiro estágio de vida dos anuros é chamado de girino, caracterizado por viver na água. Essa fase de vida é, normalmente, herbívora, apresenta ausência de patas, possui uma cauda e brânquias, o que os torna semelhantes a peixes. Observa-se também um sistema de linha lateral que permite a captação de movimentos na água.

À medida que o animal se desenvolve, surgem patas, pulmões, tímpanos e adequação do sistema digestório para a mudança da dieta, que passará a ser carnívora. Inicialmente, aparecem os membros posteriores e, em seguida, desenvolvem-se os membros anteriores. A cauda desse animal também regride, sendo reabsorvida.

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Principais mudanças que ocorrem no corpo de um anuro

O pulmão forma-se e, com seu desenvolvimento, verifica-se o desaparecimento das brânquias. À medida que os pulmões se desenvolvem, o animal passa a ficar mais tempo na margem, garantindo a captação de oxigênio. Ao iniciar o desenvolvimento terrestre, a rã ainda é jovem. Esse animal, então, retornará à água quando adulto para se acasalar.

Percebe-se, portanto, que a metamorfose dos anfíbios anuros é complexa, envolvendo mudanças em diversos sistemas do corpo. Esse animal deixa de ser aquático, passando a utilizar oxigênio atmosférico, apresenta mudanças em sua locomoção e muda sua alimentação de herbívora para carnívora.

Por Ma. Vanessa Sardinha dos Santos