A alternativa que preserva o mesmo sentido do pronome indefinido destacado em

A alternativa que preserva o mesmo sentido do pronome indefinido destacado em “...a quem é de alguma maneira diferente” linha 10 é

A) a quem de certa maneira é diferente
b) a quem de maneira alguma é diferente
c)a quem de maneira nenhuma é diferente
d) a quem não é de qualquer maneira diferente
e) a quem é de toda maneira diferente


Resolução da questão

Alternativa correta: A) a quem de certa maneira é diferente. De acordo com o gabarito AVA.

Tenha bons estudos!!

A alternativa que preserva o mesmo sentido do pronome indefinido destacado em

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Pedagogia, 15.08.2019 00:00

texto da questão a base nacional comum curricular é a referência curricular mais atual que atende à legislação educacional brasileira. antes da homologação da bncc tínhamos os parâmetros curriculares nacionais, publicados em 1998, como principal documento norteador dos currículos no brasil. a bncc não substitui os pcns, mas traz novas orientações em relação às diretrizes educacionais do país. sendo assim, é importante considerar também o que é proposto pelos pcns para as etapas da educação básica. sobre os pcns analise as afirmações a seguir: i - em 1998, os parâmetros curriculares nacionais tornaram-se as principais diretrizes educacionais brasileiras, orientando que os currículos fossem compostos por uma base comum, dando origem a duas etapas da educação básica: o ensino fundamental e o ensino médio. ii - os pcns apresentam orientações tanto sobre os conteúdos quanto sobre as metodologias gerais de ensino, propondo objetivos comuns para cada disciplina com o intuito de permitir a equidade na educação pública brasileira. iii – foi a partir dos pcns que nos anos iniciais do ensino fundamental as disciplinas de história e geografia voltaram para os currículos, visto que foram substituídas por estudos sociais durante a ditadura civil-militar no brasil. assinale a alternativa que apresenta todas as afirmações corretas: escolha uma: a. apenas a afirmativa iii está correta. b. apenas as afirmativas i e iii estão corretas. incorreto c. apenas a afirmativa ii está correta. d. apenas as afirmativas ii e iii estão corretas. e. apenas a afirmativa i está correta.

Respostas: 3

Comentário: Os complementos verbais são o objeto direto ou o objeto
indireto.
A alternativa (A) é a correta, pois o pronome "vos" é o objeto indireto do
verbo transitivo direto e indireto "confesso" (confessar a alguém alguma
coisa); e o termo "de arquitetura" é também objeto indireto, porém do verbo
transitivo indireto "entendo" (entender de alguma coisa).
Na alternativa (B), o pronome "Ninguém" é o sujeito, e o advérbio
"tanto" é o adjunto adverbial de intensidade.
Na alternativa (C), o termo "sob os pés da família" é o adjunto adverbial
de lugar, e o termo "os cadáveres" é o sujeito do verbo intransitivo "jazem".
Na alternativa (D), o termo "as gravatas manchadas" é o sujeito do
verbo "exercem"; o termo "a um porão" é o adjunto adverbial de lugar
referente ao verbo "desce".
Na alternativa (E), o verbo "fazem" e transitivo direto, o pronome "se" é
apassivador, e o termo "porões" é o sujeito paciente (Essa estrutura será
estudada na aula de concordância). O termo grifado "numa casa moderna" é o
adjunto adverbial de lugar.
Gabarito: A

Comentário: O verbo "contribui" refere-se ao sujeito "o sequestro do
carbono". Assim, devemos encontrar, dentre as alternativas, o sujeito. Como
sabemos que o sujeito é um termo não precedido de preposição, já podemos
eliminar as alternativas com termo sublinhado preposicionado, como (A), (D)
e (E).
A alternativa (B) possui o verbo transitivo direto "cobre" e o objeto
direto "o estado de Goiás".
Veremos na aula de concordância que, quando o verbo transitivo direto
é seguido ou precedido do pronome "se", este pode ser um pronome
apassivador, fazendo com que o termo sem preposição seja o seu sujeito
paciente. Por enquanto só guarde que esta é a alternativa correta, pois, na aula de concordância, falaremos muito sobre o pronome apassivador, ok!
Para não ficarmos com dúvida, o termo "pelo estado", na alternativa
(A), é o adjunto adverbial de lugar. Na alternativa (D), a locução verbal "vem
sofrendo" é transitiva indireta e o termo "com o avanço das monoculturas" é o
objeto indireto. Na alternativa (E), o termo "Para o professor" é chamado de
dativo de opinião, isto é, na opinião do professor. Tal expressão de opinião
será vista na aula de pronomes.
Gabarito: C

Comentário: O verbo "colaborou", neste contexto, é transitivo indireto
(colaborar para alguma coisa) e o termo "para a realização" é o objeto
indireto, isto é, o seu complemento verbal. Assim, devemos encontrar, dentre
as alternativas, um verbo com a mesma transitividade e seu objeto indireto.
A alternativa (A) está errada, pois "é" é verbo de ligação e "popular" é o
predicativo.
A alternativa (B) está errada, pois "ganhou" refere-se a um sujeito que
não aparece na oração. Tal verbo é transitivo direto e "maior força de emoção
e de poesia" é o objeto direto.
A alternativa (C) está errada, pois "destruía" é verbo transitivo direto e
se refere ao sujeito "ela". O termo "a unidade física do tipo" é o objeto direto.
A alternativa (D) é a correta, pois "condescendem" é verbo transitivo
indireto e "com o fácil gosto do público" é o objeto indireto.
A alternativa (E) está errada, pois o verbo "extremou" é transitivo
direto. Veremos na aula de concordância que o pronome "se" é apassivador e
o termo "a sua originalidade" é o sujeito paciente.
Gabarito: D

Comentário: O verbo "proporcionam" é transitivo direto e indireto
(proporcionam a alguém alguma coisa). Então, a expressão "aos agricultores"
é o objeto indireto e "incentivos" é o objeto direto.
Assim, há regência verbal direta e indireta, sendo que o objeto indireto
é iniciado pela preposição "a". O mesmo tipo de regência é encontrado na
alternativa (D), pois o verbo "impõem" é transitivo direto e indireto (impõem
alguma coisa a alguém), e exige o objeto direto "custos" e o objeto indireto
"aos consumidores", iniciado pela preposição "a".
Na alternativa (A), o verbo "desencadearam" é também transitivo direto
e indireto, sendo o termo "fortes altas" o objeto direto e "nos preços" o objeto
indireto. Porém, veja que o verbo do pedido da questão exige preposição "a",
e este exige preposição "em". Isso confirma a alternativa (D) como correta.
Uma outra observação: o termo "nos preços" não pode ser confundido
como adjunto adverbial de lugar, pois "preço" não é lugar, concorda?
Na alternativa (B), o verbo "importam" é transitivo direto (importam o
quê?). Assim, o termo "muitos alimentos" é o objeto direto.
Na alternativa (C), o verbo "tornar" é transitivo direto, o termo "a
tarefa" é o objeto direto e "mais fácil" é o predicativo do objeto direto. Temos
aí um predicado verbo-nominal (que será visto a seguir).
Na alternativa (E), o verbo "dobrar" é transitivo direto (dobrar o quê?).
Assim, "os preços mundiais dos alimentos" é o objeto direto. Note que a
expressão "duas vezes em quatro anos" é o adjunto adverbial de tempo.
Gabarito: D

Comentário: A locução verbal "conseguiu sustentar" é transitiva direta. Seu
sujeito é o termo "a sociedade" e "os custos exorbitantes da ópera" é o objeto
direto. Assim, devemos encontrar uma regência igual, isto é, um verbo
transitivo direto e seu objeto direto.
Na alternativa (A), o verbo "elegeu" é transitivo direto, e o termo "o
jovem cantor" é o objeto direto. Note que o termo "o maior artista da
temporada" é o predicativo do objeto direto, pois este termo qualifica o
"cantor". Assim, temos um predicado verbo-nominal. Em princípio, esta seria
a alternativa correta, tendo em vista que há verbo transitivo direto, assim
como na frase do pedido da questão. Mas devemos observar as demais
alternativas.
Na alternativa (B), o verbo "Apresentou" é transitivo direto e indireto, o
pronome "nos" é o objeto indireto e "currículo" é o núcleo do objeto direto.
Na alternativa (C), o verbo também é transitivo direto. Ele tem como
objeto direto o termo "a ovação". E agora? Qual é a alternativa correta? (A)
ou (C)?
Veja que a questão pediu a mesma regência. A regência se refere tão
somente à transitividade do verbo, mas devemos observar que, na alternativa
(A), se o predicativo do objeto não fosse apresentado, certamente o verbo
"elegeu" perderia o sentido. É necessária a característica eleita para a oração
ficar coerente. Assim, devemos considerar que esse verbo transitivo direto
não tem literalmente a mesma regência que o desta alternativa. Para reforçar,
veja que, no pedido da questão, o verbo "sustentar" é transitivo direto,
"facilmente" é adjunto adverbial de modo e "os custos exorbitantes da ópera"
é o objeto direto. Nesta alternativa, ocorrem os mesmos termos: "recebeu" é
verbo transitivo direto, "a ovação" é objeto direto e "com elegância e alegria"
é adjunto adverbial de modo.
Assim, a alternativa (C) é a correta.
Na alternativa (D), o verbo "cantar" é intransitivo e "de modo
condizente" é o adjunto adverbial de modo.
Na alternativa (E), o verbo "afastou" é transitivo indireto, o pronome
"se" é o índice de indeterminação do sujeito e "daquele velho conselho do pai"
é o objeto indireto.
Gabarito: C

Comentário: A relação estabelecida entre os termos sublinhados no pedido
da questão é de regência nominal, haja vista que o substantivo abstrato
"fornecedora" rege a preposição "de" e seu respectivo complemento nominal
"de alimentos". Veja que, inclusive, conseguimos perceber o valor paciente do
termo preposicionado, conforme vimos no critério 3, sobre a diferença entre
adjunto adnominal e complemento nominal.
O mesmo ocorre na alternativa (C), em que o substantivo abstrato
"exposição" rege a preposição "de" e seu respectivo complemento nominal "de
um certo verniz social". Veja que também conseguimos perceber o valor
paciente do termo preposicionado, conforme vimos no critério 3, sobre a
diferença entre adjunto adnominal e complemento nominal.
Na alternativa (A), "preços" é o núcleo e "do café" é o adjunto
adnominal. Note que esse termo preposicionado não possui valor paciente, ele
apenas caracteriza o substantivo "café".
Na alternativa (B), "cidades" é o núcleo e "do Sul" é o adjunto
adnominal. Note que esse termo preposicionado não possui valor paciente, ele
apenas caracteriza o substantivo "cidades".
Na alternativa (D), "mulheres" é o núcleo e "de uma determinada
classe" é o adjunto adnominal. Note que esse termo preposicionado não
possui valor paciente, ele apenas caracteriza o substantivo "mulheres".
Na alternativa (E), "imagens" é o núcleo e "dos jornais" é o adjunto
adnominal. Note que esse termo preposicionado não possui valor paciente, ele
apenas caracteriza o substantivo "imagens".
Gabarito: C

Comentário: O verbo "despedaça" é transitivo direto e o termo "o narrador"
é o objeto direto.
Assim, devemos encontrar, dentre as alternativas, o mesmo tipo de
complemento.
Na alternativa (A), o verbo "é" é de ligação e "o lugar de educação" é o
predicativo.
Na alternativa (B), o verbo "viceja", neste contexto, é intransitivo, a
expressão "a opressão" é o sujeito e "nas quais" é o adjunto adverbial de
lugar.
Na alternativa (C), o verbo "anseia" é transitivo indireto e a expressão
"pelo silêncio" é o objeto indireto.
A alternativa (D) é a correta, pois veremos na aula de concordância que
o verbo "haver", no sentido de existir, é transitivo direto e não tem sujeito.
Assim, o termo "uma evidente arbitrariedade" é o objeto direto.
Na alternativa (E), o verbo "fracassam" é intransitivo e o termo "todas
as soluções possíveis" é o sujeito.
Gabarito: D

Comentário: Primeiro, é bom lembrar o que é a regência nominal: é o
substantivo abstrato, adjetivo ou advérbio que exigem um complemento
nominal. Podemos normalmente fazer uma associação com a regência verbal, em
que um verbo exige o complemento verbal. Vou inventar um exemplo!!!
A expressão "leitura do livro" possui o termo paciente "do livro" por ser
complemento nominal do substantivo abstrato "leitura". Veja:
ler o livro leitura do livro
VTD + OD (termo paciente) nome + CN (termo paciente)
(regência verbal) (regência nominal)
Agora, compare com a estrutura "leitura do aluno".
O termo "do aluno" é apenas o adjunto adnominal, pois é um termo
agente. Veja:
O aluno lê leitura do aluno
sujeito + VTD nome + adjunto adnominal
(termo agente) (termo agente)
Vale lembrar que, quando há adjetivo ou advérbio, não há necessidade
de verificação se o termo preposicionado é agente ou paciente, pois não pode
haver adjunto adnominal dessas palavras.
Agora, vamos à questão:
No segmento "favorável ao cultivo da cana", há dois complementos
nominais: o adjetivo "favorável" exigiu o complemento nominal "ao cultivo", e
o substantivo abstrato "cultivo" exigiu o complemento nominal "da cana". Veja
que o substantivo abstrato é gerado do verbo "cultivar" (cultivar a cana).
Como "a cana" é o complemento verbal de "cultivar", na transformação desse
verbo em substantivo abstrato, esse complemento passa a ser nominal:
cultivo da cana.
Veja:
cultivar a cana cultivo da cana
VTD + OD (termo paciente) nome + CN (termo paciente)
(regência verbal) (regência nominal)
A alternativa (C) é a correta, pois a expressão "fundação do Forte dos
Reis Magos e da Vila de Natal" possui o termo paciente "do Forte dos Reis
Magos e da Vila de Natal" por ser complemento nominal do substantivo
abstrato "fundação". Veja:
fundar Forte dos Reis Magos e a Vila de Natal (regência verbal)
VTD + objeto direto (termo paciente)
fundação Forte dos Reis Magos e a Vila de Natal (regência nominal)
nome + complemento nominal (termo paciente)
Na alternativa (A), o substantivo "Polo" está sendo determinado pelo
aposto especificativo "Costa das Dunas". Este aposto é utilizado para dar
nome às coisas. Assim, não há regência nominal.
Na alternativa (B), o termo "de praias" é o adjunto adnominal do
substantivo "quilômetros", pois o restringe. Assim, também não há regência
nominal.
Na alternativa (D), o termo "do homem" é o adjunto adnominal do substantivo "imagem", pois o restringe. Assim, também não há regência
nominal.
Na alternativa (E), o termo "do sertão potiguar" é o adjunto adnominal
do substantivo "beleza", pois o restringe. Assim, também não há regência
nominal.
Gabarito: C

Comentário: A circunstância é típica de um adjunto adverbial. Há, dentre os
vários tipos de adjuntos adverbiais, o chamado adjunto adverbial de
enquadramento semântico.
É lógico que você não precisaria saber disso para resolver a questão,
mas foi nisso que a banca se embasou para cobrar o conteúdo da questão.
O enquadramento semântico transmite a ideia de uma situação
específica, restringindo-a em relação a outras. Normalmente, usamos o
enquadramento com as expressões "Em relação a", "Quanto a", tendo em
vista que elas restringem o assunto a um campo específico. Isso se nota
também nesta questão, por meio da expressão "nesse sentido", isto é, houve
uma restrição a um sentido, a um campo, a uma situação particular. Assim, a
alternativa (A) é a correta.
Note que houve a restrição explicada acima por meio de um adjunto
adverbial ("Nesse sentido"), o qual está separado por vírgula. Isso explica por
que a questão pediu que marcássemos a circunstância (adjunto adverbial) que
transmite restrição (enquadramento semântico).
A alternativa (B) está errada, pois o termo "Além disso" é entendido
como uma expressão denotativa de adição.
A alternativa (C) está errada, pois o adjunto adverbial "Em nenhum
momento da história" transmite a circunstância de tempo.
As alternativas (D) e (E) estão erradas, pois "Essas perguntas" e "Nosso
objetivo" não transmitem circunstância, por serem sujeitos de suas orações. A
circunstância é transmitida por um adjunto adverbial.
Gabarito: A

Questão 28: TRT 3ªR 2009 Analista (banca FCC)
Fragmento do texto: A consciência de pertencer a determinada comunidade
camponesa, ou família tradicional e poderosa, ou confraria, ou cidade, ficou
esmagada pelo conceito de cidadania que homogeneíza todos os indivíduos.
Novos recortes surgiram -partido político, condição econômica, seita religiosa
etc. - mas tão maleáveis e mutáveis que não substituíram todas as funções
sociais e psicológicas do velho sentimento grupal.
− partido político, condição econômica, seita religiosa etc. −
O segmento isolado pelos travessões denota, no texto,
(A) ressalva importante, de sentido explicativo, ao desenvolvimento anterior
(B) transcrição exata de informações obtidas em outros autores.
(C) redundância intencional, para valorizar a descaracterização grupal.
(D) enumeração esclarecedora de uma expressão anterior.
(E) realce de uma ideia central, com a pausa maior inserida no contexto.

Comentário: Como vimos, o aposto explicativo pode ser separado por
travessões, vírgulas e parênteses. Neste caso, ele possui mais de um núcleo,
assim pode ser considerado também um aposto enumerativo, que tem a
função de explicar (esclarecer) termo anterior ("recortes"). Por isso, a
alternativa (D) é a correta.
A alternativa (A) está errada porque "ressalva" significa contraste,
oposição.
A alternativa (B) está errada, pois não há transcrição exata de
informações.
A alternativa (C) está errada, pois não há redundância (repetição viciosa
de ideias).
A alternativa (E) está errada, porque não há intenção de realçar, mas de
explicar.
Gabarito: D

Comentário: No texto original, há o sujeito "Uma figura de linguagem
recorrente e aparentemente inócua", cujo núcleo é o substantivo "figura", o
qual possui o adjunto adnominal composto "recorrente" e "inócua", ambos
ligados pela conjunção "e". Note que o termo "aparentemente" é um adjunto
adverbial de modo, o qual modifica o adjetivo "inócua". Naturalmente,
percebemos que o adjunto adnominal não deve ser separado por vírgula,
assim como bem ocorreu no texto original.
Na realidade, a banca apenas queria que o candidato percebesse a
possibilidade de transformação da segunda parte do adjunto adnominal em
um comentário à parte do autor, expressão parentética. Assim, poderia ser
separada por dupla vírgula, duplo travessão ou parênteses. Compare:
Uma figura de linguagem recorrente e aparentemente inócua é o sleep mode
[modo de hibernação], inspirada nas máquinas.
Uma figura de linguagem recorrente, e aparentemente inócua, é o sleep mode
[modo de hibernação], inspirada nas máquinas.
Uma figura de linguagem recorrente ふ e aparentemente inócua ふ é o sleep
mode [modo de hibernação], inspirada nas máquinas.
Uma figura de linguagem recorrente (e aparentemente inócua) é o sleep
mode [modo de hibernação], inspirada nas máquinas.
Assim, a afirmativa está correta.
Gabarito: C

Questão 34: Metrô 2010 Técnico (banca FCC)
Fragmento do texto: O especialista Nelson Choueri calculou, há alguns anos,
que, com o tempo consumido nos deslocamentos em São Paulo, perdem-se
165 vidas úteis por dia (em horas de trabalho) ou cerca de 50 mil por ano,
que valem (pelo salário médio) R$ 14,4 bilhões anuais. Se esse valor pudesse
ser convertido em investimentos, eles seriam suficientes para, em duas
décadas, implantar o metrô em toda a cidade.
E não é só. As pessoas consomem 20% de seu tempo "útil" no
transporte. O rendimento energético de um veículo individual não passa de
30% − o restante se perde como calor. O deslocamento de uma pessoa por
automóvel consome 26 vezes mais energia que o mesmo percurso em metrô.
E esse não é o único desperdício: 93% das cargas no Estado de São Paulo são
transportadas por caminhões − quando o transporte ferroviário, cada vez mais
sucateado, é algumas vezes mais barato − que, em média, têm 20 anos de
uso, sem inspeção veicular, e são conduzidos por motoristas que trabalham de
20 a 30 horas seguidas.
Considere as afirmativas seguintes sobre os sinais de pontuação empregados
no 2° parágrafo:
I. As aspas na palavra "útil" denotam um sentido diferente do habitual para
seu emprego, chamando atenção para o tempo perdido no trânsito.
II. Os dois-pontos assinalam a introdução de um segmento que vem explicar
a afirmativa imediatamente anterior.
III. Todo o comentário sobre o transporte ferroviário, isolado por travessões,
deixa implícita uma observação crítica à predominância do transporte
rodoviário em São Paulo.
Está correto o que consta em
(A) II, somente.
(B) I e II, somente.
(C) I e III, somente.
(D) II e III, somente.
(E) I, II e III.

Comentário: A frase I está correta, pois a palavra "útil" significa literalmente
aquilo que pode ter algum uso ou serventia. As aspas mostram que o
vocábulo "útil" tem um valor estendido ao tempo de produção, trabalho de
uma pessoa. Naturalmente não é só trabalho que é útil, concorda??!!! Assim,
está correta a afirmação de que o sentido da palavra é diferente do habitual e
que se está chamando a atenção para o tempo perdido no trânsito.
A frase II está correta, porque o segmento "93% das cargas no Estado
de São Paulo são transportadas por caminhões (...) que, em média, têm 20
anos de uso, sem inspeção veicular, e são conduzidos por motoristas que
trabalham de 20 a 30 horas seguidas" explica porque se afirmou que o tempo
consumido nos deslocamentos em São Paulo não é o único desperdício.
A frase III está correta, pois o comentário do autor com a expressão
entre travessões realmente critica a predominância do transporte rodoviário
em São Paulo. Isso é facilmente percebido na leitura das expressões que caracterizam o transporte ferroviário em São Paulo: "cada vez mais
sucateado" e "algumas vezes mais barato".
Gabarito: E

Questão 35: CMSP 2014 Técnico Administrativo (banca FCC)
Na frase "Só faltava fazer sambas...e Adoniran também fez"., o termo em
negrito exerce a mesma função sintática que o termo sublinhado em:
(A) E Adoniran estava tão estabelecido como ator que a referida nota da
revista Intervalo, quase nove anos depois, ainda soava como grande
notícia..
(B) Adoniran Barbosa, o popularíssimo ator, era também compositor.
(C) Basta lembrarmos também que o selo de sua primeira gravação do
"Samba do Arnesto", de 1951, trazia um esclarecimento entre
parênteses: "Adoniran Barbosa (Zé Conversa)".
(D) Dissemos que Adoniran era duas pessoas em uma?
(E) Na verdade, várias, se lembrarmos Zé Conversa, Charutinho, Mr. Richard
Morris e os tantos outros personagens que viveu no rádio e televisão.

Comentário: O vocábulo "Só" é um advérbio. Note que não se flexiona. Tal
vocábulo tem uma peculiaridade, pois faz parte das palavras denotativas de
exclusão. Temos, portanto, um adjunto adverbial.
A alternativa (A) é a correta, pois "ainda" é um advérbio de tempo. Note
que tal vocábulo também não se flexiona. Assim, há o adjunto adverbial.
Na alternativa (B), "popularíssimo" é a característica de "ator", por isso
é o adjunto adnominal.
Na alternativa (C), "um" é um artigo que determina o substantivo
"esclarecimento", por isso é o adjunto adnominal.
Na alternativa (D), você verá nas próximas aulas que a palavra "que" é
uma conjunção integrante, a qual não tem função sintática.
Na alternativa (E), o pronome indefinido "tantos" concorda com
"outros", caracterizando-o, por isso há um adjunto adnominal.
Gabarito: A

Questão 36: TRT 12ªR 2010 Técnico (banca FCC)
Fragmento do texto: Gilda de Mello e Souza dizia que o Brasil é muito bom
nas novelas. Para ter público, a novela precisa dispor de personagens de todas
as classes sociais, explicava ela, o que exige uma trama complexa.
Acrescento: a mobilidade social é decisiva nas novelas e se dá sobretudo pelo
amor entre ricos e pobres. Provavelmente as novelas exibam casos de
ascensão social pelo amor - genuíno ou fingido - em proporção maior que a
vida real .... Mas a novela não é um retrato do Brasil, ou melhor, é sim, mas como aqueles retratos antigos do avô e da avó, fotografados em preto e
branco, mas, depois, cuidadosamente retocados e coloridos. O fundo é real. A
tela: ideais, sonhos, fantasias
Mas a novela não é um retrato do Brasil, ou melhor, é sim ...
O emprego da expressão grifada acima assinala uma
(A) contradição involuntária.
(B) repetição para realçar a ideia.
(C) retificação do que havia sido dito.
(D) conclusão decorrente da afirmativa inicial.
(E) condição básica de um fato evidente.

Questão 37: BB 2011 Escriturário (banca FCC)
Fragmento de texto:
Felicidade é uma palavra pesada. Alegria é leve, mas felicidade é
pesada. Diante da pergunta "Você é feliz?", dois fardos são lançados às costas
do inquirido. O primeiro é procurar uma definição para felicidade, o que
equivale a rastrear uma escala que pode ir da simples satisfação de gozar de
boa saúde até a conquista da bem-aventurança. O segundo é examinar-se,
em busca de uma resposta.
(...)
Os pais de hoje costumam dizer que importante é que os filhos sejam
felizes. É uma tendência que se impôs ao influxo das teses libertárias dos anos
1960. É irrelevante que entrem na faculdade, que ganhem muito ou pouco
dinheiro, que sejam bem-sucedidos na profissão. O que espero, eis a resposta
correta, é que sejam felizes. Ora, felicidade é coisa grandiosa. É esperar, no
mínimo, que o filho sinta prazer nas pequenas coisas da vida. Se não for
suficiente, que consiga cumprir todos os desejos e ambições que venha a
abrigar. Se ainda for pouco, que atinja o enlevo místico dos santos. Não dá
para preencher caderno de encargos mais cruel para a pobre criança.
(Trecho do artigo de Roberto Pompeu de Toledo.
Veja. 24 de março de 2010, p. 142)
O que espero, eis a resposta correta, é que sejam felizes.
Ora, felicidade é coisa grandiosa. (último parágrafo)
Com a palavra grifada, o autor
(A) retoma o mesmo sentido do que foi anteriormente afirmado.
(B) exprime reserva em relação à opinião exposta na afirmativa anterior.
(C) coloca uma alternativa possível para a afirmativa feita anteriormente.
(D) determina uma situação em que se realiza a probabilidade antes
considerada.
(E) estabelece algumas condições necessárias para a efetivação do que se
afirma.

Comentário: Leia o texto atentamente. Perceba que, para o autor, a
felicidade é algo difícil de ser atingido. Compreendendo isso, percebemos que
a expressão "O que espero...é que sejam felizes" não é a opinião do autor, mas a resposta comum, a qual é criticada pelo autor. Com isso, a frase "Ora,
felicidade é coisa grandiosa." É uma forma de o autor se colocar em reserva,
em crítica à postura da opinião expressa anteriormente. Assim, a alternativa
correta é a (B). Veja as demais:
A alternativa (A) está errada, pois não há retomada de mesma
afirmação anterior.
A alternativa (C) está errada, pois não houve uma alternativa ao que foi
dito, não se abriu nova possibilidade.
A alternativa (D) está errada, pois não houve realização de algo dito
anteriormente.
A alternativa (E) está errada, pois não há estabelecimento de condições.
Gabarito: B

Comentário: O verbo "saíamos" encontra-se no pretérito imperfeito do
indicativo. Note a desinência modo-temporal "ia".
Na alternativa (A), o verbo "soubemos" está flexionado no pretérito
perfeito do indicativo e "tínhamos saído" está no pretérito mais-que-perfeito
composto do indicativo.
A alternativa (B) é a correta, pois os verbos "corria" e "especava" estão
no pretérito imperfeito do indicativo. Note as desinências modo-temporais
"ia", da segunda conjugação, e "va", da primeira, respectivamente.
Na alternativa (C), o verbo "tivéssemos" encontra-se no pretérito
imperfeito do subjuntivo, e "tinham subido", no pretérito mais-que-perfeito
composto do indicativo.
Na alternativa (D), o verbo "esperávamos" está no pretérito imperfeito
do indicativo, e "fomos", no pretérito perfeito do indicativo.
Na alternativa (E), "banhava" está no pretérito imperfeito do indicativo e
"pudesse", no pretérito imperfeito do subjuntivo.
Gabarito: B

Questão 2: TCE AM 2013 Auditor (banca FCC)
Fragmento do texto: Segundo o padre Jorge Benci, que esteve no país no
final dos 1600, a razão de submeter os escravos era "para que não se façam
insolentes, e para que não busquem traças e modos com que se livrem da
sujeição de seu senhor, fazendo-se rebeldes e indômitos".
(SCHWARCZ, Lilia M. e STARLING, Heloisa M.. Brasil:
uma biografia. 1. ed., São Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 91)
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
O que está entre aspas corresponde à fala do padre, mas não por sua própria
voz: as autoras é que narram e comentam o que ele disse.

Questão 3: TRT 12 R 2010 Médio (banca FCC)
Fragmento do texto: Gilda de Mello e Souza dizia que o Brasil é muito bom
nas novelas. Para ter público, a novela precisa dispor de personagens de todas
as classes sociais, explicava ela, o que exige uma trama complexa.
Acrescento: a mobilidade social é decisiva nas novelas e se dá sobretudo pelo
amor entre ricos e pobres. Provavelmente as novelas exibam casos de
ascensão social pelo amor - genuíno ou fingido - em proporção maior que a
vida real .... Mas a novela não é um retrato do Brasil, ou melhor, é sim, mas
como aqueles retratos antigos do avô e da avó, fotografados em preto e
branco, mas, depois, cuidadosamente retocados e coloridos. O fundo é real. A
tela: ideais, sonhos, fantasias.
Provavelmente as novelas exibam casos de ascensão social pelo amor -
genuíno ou fingido - em proporção maior que a vida real ...
O emprego das reticências no final do segmento transcrito acima denota
(A) nova referência, desnecessária, ao comentário de alguém alheio ao
contexto.
(B) recurso adotado pelo autor, no sentido de estimular o interesse do leitor.
(C) certeza da concordância de um eventual leitor com a opinião ali exposta.
(D) desejo de que a ficção possa se deter, realmente, em fatos que ocorrem
na vida real.
(E) hesitação, pela presença de um comentário de cunho subjetivo, sem base
em dados reais.

Questão 7: Manaus Previdência 2015 Analista Previdenciário (banca FCC)
Fragmento do texto: Dos 20 aos 30 anos, avança-se lentamente, com
sentimentos contraditórios. A escola foi há séculos, mas ser adulto ainda é
estranho. A resposta sincera a quantos anos você tem, nessa fase, seria: "26,
queria fazer 25", "25, queria fazer 24", até chegar a 20 − acho que ninguém,
a não ser dopado por doses cavalares de nostalgia e amnésia, gostaria de ir
além, ou melhor, aquém, e voltar à adolescência.
Julgue esta afirmativa como CERTA (C) ou ERRADA (E)
Mantendo-se a correção e o sentido, sem que nenhuma outra modificação seja
feita na frase, substitui-se corretamente mas ser adulto por "porquanto ser
adulto".

Questão 9: TRE SE 2015 Técnico Judiciário (banca FCC)
Fragmento do texto: A palavra vem do grego oikonomia, que significa
"administração da casa", e passou a significar o estudo das maneiras de gerir
os recursos e, mais especificamente, a produção e a permuta de bens e
serviços. A economia moderna surgiu como disciplina específica no século XVIII, sobretudo com a publicação em 1776 de A riqueza das nações, livro
escrito pelo grande pensador escocês Adam Smith. Contudo, o que motivou o
interesse no assunto não foram os textos de economistas, mas as enormes
mudanças na própria economia com o advento da Revolução Industrial. Os
pensadores mais antigos haviam falado da gestão de bens e serviços nas
sociedades, tratando de questões que surgiram como problemas da filosofia
moral ou política. Mas, com o surgimento das fábricas e da produção de bens
em massa, veio uma nova era de organização econômica que dava atenção ao
todo. Aí começou a chamada economia de mercado.
O termo Contudo, em destaque no segundo parágrafo, tem valor
a) explicativo, e equivale a Pois.
b) conclusivo, e equivale a Então.
c) final, e equivale a Para tanto.
d) adversativo, e equivale a Porém.
e) conformativo, e equivale a Conforme.

Questão 10: TRT 15ªR 2015 Analista Judiciário (banca FCC)
Fragmento do texto: Conclusões principais do estudo? Pessoalmente,
interessam-me duas. A primeira, segundo o Global Slavery Index, é que a
escravidão é residual, para não dizer praticamente inexistente, no Ocidente
branco e "imperialista".
De fato, a grande originalidade da Europa não foi a escravidão; foi, pelo
contrário, a existência de movimentos abolicionistas que terminaram com ela.
A escravidão sempre existiu antes de portugueses ou espanhóis comprarem
negros na África rumo ao Novo Mundo. Sempre existiu e, pelo visto, continua
a existir.
De fato, a grande originalidade da Europa não foi a escravidão; foi, pelo
contrário, a existência de movimentos abolicionistas que terminaram com ela.
Mantém-se, em linhas gerais, o sentido da frase, substituindo-se o segmento
grifado por:
(A) foi não obstante a escravidão, apesar da existência
(B) não só foi a escravidão, mas também a existência
(C) ao invés de ter sido a escravidão, mas a existência
(D) não foi a escravidão, mas, sim, a existência
(E) não foi a escravidão, todavia, sem a existência

Comentário: Note na expressão que houve a negação de "escravidão" com a
expressão "não foi a escravidão". Em seguida, há uma afirmação, mostrando
que houve a existência de movimentos abolicionistas.
Assim, há uma relação de oposição entre o segundo e o primeiro
segmento, reforçada pela expressão "pelo contrário".
A alternativa (A) está errada, pois é gramaticalmente errado o acúmulo
de expressões adverbiais concessivas "não obstante" e "apesar da". Apesar de questão não cobrar gramaticalidade, tais expressões não são admitidas, haja
vista a incoerência nos argumentos.
A alternativa (B) está errada, pois "não só...mas também" é uma
expressão correlativa de adição e não de oposição, como pede o contexto.
A alternativa (C) está errada, pois é gramaticalmente errado o acúmulo
de expressões contrastantes, como "ao invés de" e "mas". Apesar de questão
não cobrar gramaticalidade, tais expressões não são admitidas, haja vista a
incoerência nos argumentos.
A alternativa (D) é a correta, pois há substituição literal das expressõeschave
do texto. A conjunção coordenativa adversativa "mas" substitui e
mantém o mesmo sentido de oposição de "pelo contrário", e o advérbio "sim"
mantém a mesma ideia de afirmação empregada pelo verbo "foi". Compare:
De fato, a grande originalidade da Europa não foi a escravidão; foi, pelo
contrário, a existência de movimentos abolicionistas que terminaram com
ela.
De fato, a grande originalidade da Europa não foi a escravidão, mas, sim, a
existência de movimentos abolicionistas que terminaram com ela.
A alternativa (E) está errada, pois a conjunção "todavia" até mantém o
valor de oposição, porém a preposição "sem" nega a existência de
movimentos abolicionistas, o que prejudica o sentido original.
Gabarito: D

Comentário: A expressão "Só que" faz subentender uma ressalva, um
contraste. É o mesmo que "mas", "contudo", "entretanto", "todavia". Assim, a
alternativa (A) é a correta.
Vimos que somente as conjunções coordenativas adversativas (exceto
"mas") e as conclusivas admitem a inserção de vírgula em seguida. Assim,
com a substituição de "Só que" por "Contudo", podemos inserir vírgula após
tal conjunção. Confirme:
Ela determina quais serão os objetos imaginários de satisfação do desejo, e
assim faz o inconsciente trabalhar para o capital. Contudo, o sujeito do
inconsciente nunca encontra toda a satisfação prometida no produto que lhe é
oferecido.
As demais conjunções têm valores diferentes: "embora" e "conquanto"
têm valor adverbial concessivo, "porquanto" tem valor coordenado explicativo,
"dado que" tem valor adverbial causal. Esses valores serão vistos adiante.
Gabarito: A

Comentário: O vocábulo "Então", no texto original, é chamado de palavra
expletiva, ou seja, ela não é essencial para a compreensão do texto, apenas
transmite um aspecto situacional, como vimos na aula de sintaxe da oração.
Já, no exemplo inserido na questão, o conectivo "então" transmite o
resultado de uma ação, seu efeito, sua conclusão, tanto assim que
poderíamos substituir esse conectivo por "portanto".
Dessa forma, os sentidos são diferentes e a afirmação está errada.
Gabarito: E

Questão 19: TRT 23ªR 2016 Analista Judiciário (banca FCC)
Fragmento do texto: Essa linha de pensamento, contudo, não é seguida por
nós, os realistas, entre os quais se inclui o narrador de O silenceiro, escrito
pelo argentino Antonio di Benedetto. Para nós, o progresso transformou as
cidades em confusas aglomerações, nas quais a opressão viceja. O narradorpersonagem
do romance de Di Benedetto anseia desesperadamente pelo
silêncio. Os barulhos, elementos inextricáveis da cidade, intrometem-se no
cotidiano desse homem, ganhando existência própria. E a própria espera do
barulho, sua antevisão, a certeza de que ele se repetirá, despedaça o
narrador. À medida que o barulho deixa de ser exceção para se tornar a
norma irrevogável, fracassam todas as soluções possíveis.
A cidade conspira contra o homem. As derivações da tecnologia fugiram,
há muito, do nosso controle.
A cidade conspira contra o homem. As derivações da tecnologia fugiram, há
muito, do nosso controle. (final do texto)
Mantendo-se a coerência com o restante do texto, as duas frases acima
podem ser articuladas em um único período, fazendo-se as devidas alterações
na pontuação e entre maiúsculas e minúsculas, com o emprego de
(A) porquanto.
(B) no entanto.
(C) contudo.
(D) consoante.
(E) conquanto.

Comentário: Vimos que as orações coordenadas são independentes,
autônomas entre si, fato que nos permite separar essas orações em dois
períodos distintos. Como a questão apresenta dois períodos ligados entre si,
isso significa que só cabe a coordenação.
Veremos na aula seguinte que as orações subordinadas são dependentes
entre si. Assim, elas não podem ser separadas em períodos distintos.
Por que digo isso? Porque veremos na próxima aula que as conjunções
"consoante" e "conquanto" iniciam orações subordinadas adverbiais, por isso
não podem ligar essas orações num só período. Dessa forma, eliminamos as
alternativas (D) e (E).
Note que as alternativas (B) e (C) apresentam conjunções coordenativas
adversativas. Como possuem o mesmo valor semântico, essas alternativas
devem ser eliminadas.
Assim, sem mesmo ler o texto, podemos chegar à conclusão de que só
cabe a alternativa (A) como a correta.
Ademais, o próprio contexto nos permite entender o valor coordenativo
de explicação entre eles.
Gabarito: A

Questão 21: TRF 3ªR 2016 Técnico Judiciário (banca FCC)
Bem no fundo
no fundo, no fundo,
bem lá no fundo,
a gente gostaria
de ver nossos problemas
resolvidos por decreto
a partir desta data,
aquela mágoa sem remédio
é considerada nula
e sobre ela − silêncio perpétuo
extinto por lei todo o remorso,
maldito seja quem olhar pra trás,
lá pra trás não há nada,
e nada mais
mas problemas não se resolvem,
problemas têm família grande,
e aos domingos saem todos passear
o problema, sua senhora
e outros pequenos probleminhas.
(LEMINSKI, Paulo. Poesia contemporânea. Instituto Cultural Itaú.
São Paulo: ICI, 1997, p. 61. [Cadernos Poesia Brasileira; v. 4])
Preservando a relação de sentido, o segundo verso da última estrofe pode ser
introduzido por:
(A) todavia
(B) contudo
(C) que
(D) conquanto
(E) não obstante

Comentário: Vamos "matar" essa questão rapidamente?
Veja bem: como os conectivos "todavia", "contudo" e "não obstante" são
coordenativos adversativos, as alternativas (A), (B) e (E) se excluem.
Veremos, na aula de período composto por subordinação, que a
conjunção "conquanto" é adverbial concessiva e força o verbo ao modo
subjuntivo. Como o verbo "têm" encontra-se no indicativo, podemos eliminar
também a alternativa (D).
Assim, sobra a alternativa (C) como a correta.
Agora, quanto ao contexto, note que a oração "problemas têm família
grande" transmite valor explicativo. Assim, essa oração é coordenada
assindética explicativa e pode ser introduzida por um dos seguintes
conectivos: pois, porque, porquanto, que. Veja:
mas problemas não se resolvem, pois problemas têm família grande
mas problemas não se resolvem, porque problemas têm família grande
mas problemas não se resolvem, porquanto problemas têm família grande
mas problemas não se resolvem, que problemas têm família grande
Gabarito: C

Questão 23: ALEPE 2014 Analista Legislativo (banca FCC)
Fragmento do texto: Levando em conta o caráter representativo da Pintura
e da Escultura, o filósofo concluía, nesse diálogo, não só que essas artes estão
muito abaixo da verdadeira Beleza que a inteligência humana se destina a
conhecer, como também que, em comparação com os objetivos da ciência, é
supérflua a atividade daqueles que pintam e esculpem, pois o que produzem é
inconsistente e ilusório.
Julgue a afirmativa abaixo com C (CERTO) ou E (ERRADO)
Nas linhas 4 e 5, em "é supérflua a atividade daqueles que pintam e
esculpem, pois o que produzem é inconsistente e ilusório", a inclusão de uma
vírgula após a palavra "pois" preserva a correção gramatical do segmento.

Questão 25: SABESP 2014 Técnico em Gestão (banca FCC)
Fragmento do texto: Há, finalmente, um outro caso de não leitura do qual
gostaria de lhes falar. Refiro-me aos livros que foram escritos e publicados,
mas estão − talvez para sempre − à espera de serem lidos. Eu conheço − e
cada um de vocês, eu acredito, poderia citar − livros que mereciam ser lidos e
não foram lidos, ou foram lidos por pouquíssimos leitores. Eu penso que, se
esses livros eram verdadeiramente bons, não se deveria falar de uma espera,
mas de uma exigência. Esses livros não esperam, mas exigem ser lidos,
mesmo que não o tenham sido ou não o serão jamais.
Os travessões são utilizados para
(A) destacar uma correção.
(B) citar um depoimento.
(C) isolar uma enumeração.
(D) intercalar um comentário.
(E) fornecer uma definição.

Comentário: Vamos à explicação do emprego das vírgulas neste trecho.
A expressão "graças aos avanços na tecnologia de identificação de DNA
e à expansão dos bancos de dados com informações genéticas de criminosos"
é um adjunto adverbial de causa composto, pois há a união dos dois núcleos
("avanços", "expansão"), por meio da conjunção coordenativa aditiva "e".
Notadamente, temos um adjunto adverbial de grande extensão que se
encontra intercalado, e esse é o motivo da dupla vírgula.
Assim, se a banca tivesse perguntado o motivo da dupla vírgula,
teríamos como resposta a alternativa (A), pois realmente há um adjunto
adverbial intercalado.
Mas a pergunta não foi essa: primeiro a banca especificou a expressão
"Mais de vinte anos depois", em seguida, perguntou sobre a primeira das
vírgulas, cujo emprego coincide por fechar o adjunto adverbial de tempo
antecipado e iniciar o adjunto adverbial de causa que se encontra intercalado.
Assim, como a banca especificou o adjunto adverbial de tempo, a
alternativa correta só pode ser a (B).
Se você marcou a alternativa (C), não percebeu que, nesta estrutura
adverbial, não há verbo, então não há oração, apenas adjunto adverbial.
Gabarito: B

Questão 4: ALEPE 2014 Analista Legislativo (banca FCC)
Fragmento do texto: Platão (427-347 a.C.), discípulo de Sócrates, fez, no
seu diálogo A república, um confronto, que se tornou decisivo pelas
implicações filosóficas que encerra, entre Arte e Realidade. Levando em conta
o caráter representativo da Pintura e da Escultura, o filósofo concluía, nesse
diálogo, não só que essas artes estão muito abaixo da verdadeira Beleza que
a inteligência humana se destina a conhecer, como também que, em
comparação com os objetivos da ciência, é supérflua a atividade daqueles que
pintam e esculpem, pois o que produzem é inconsistente e ilusório.
Julgue a afirmativa abaixo com C (CERTO) ou E (ERRADO)
Nas linhas 3 e 4, a frase "Levando em conta o caráter representativo da
Pintura e da Escultura" exprime ideia de condição; assim, o segmento inicial
equivale a "Se levasse em conta".

Comentário: A oração "se um dia me sentir absolutamente feliz" é
subordinada adverbial condicional.
O mesmo sentido é preservado na alternativa (A), com a transformação
dessa oração condicional em adjunto adverbial condicional "em caso de
absoluta felicidade". Note que o verbo "tentarei" tem o mesmo sentido do
verbo "buscarei".
A alternativa (B) está errada, porque a preposição "mesmo" transmite
valor adverbial concessivo.
A alternativa (C) está errada, porque a oração "sendo absolutamente
feliz" é subordinada adverbial causal reduzida de gerúndio, portanto, o sentido
é diferente.
A alternativa (D) está errada, porque a conjunção "conquanto" transmite
valor adverbial concessivo.
A alternativa (E) está errada, porque a oração subordinada adverbial
condicional "se não vivesse em plena felicidade" possui o advérbio de negação
"não", que transmite o oposto da oração original. Além disso, a oração
principal "pensaria em me matar" também transmite valor oposto. Assim, não
se conservou o sentido original.
Gabarito: A

Comentário: No período "Ainda que já tivesse uma carreira solo de sucesso
[...], sentiu que era a hora de formar seu próprio grupo", a oração "Ainda que já tivesse uma carreira solo de sucesso" é subordinada adverbial concessiva e
"sentiu" é a oração principal, a qual é seguida pelas orações subordinadas
substantivas "que era a hora" e "de formar seu próprio grupo", as quais serão
vistas adiante.
Note que a questão não pede simplesmente que substituamos a
conjunção por outra de mesmo valor semântico. A questão reestrutura a
oração, trocando o verbo "tivesse" (modo subjuntivo) por "tinha" (modo
indicativo). Assim, a banca induz a transformação da estrutura subordinada
adverbial concessiva pela coordenada adversativa.
O que importa é perceber que a oração subordinada adverbial
concessiva transmite valor de contraste, de oposição. Este valor pode também
ser expresso pela oração coordenada adversativa, desde que haja mudança da
conjunção e do verbo.
Na transformação da estrutura subordinada adverbial concessiva para a
coordenada adversativa, deve-se perceber o seguinte:
a) como a informação mais importante está na oração principal e a
oração coordenada adversativa dá ênfase na oposição, quando há a
transformação, a oração principal¹ vira coordenada adversativa².
b) a conjunção adverbial concessiva³ é excluída e o segmento será a
oração inicial4
e o seu verbo passa do modo subjuntivo5
para indicativo6
.
Veja:
"Ainda que³ já tivesse5
uma carreira solo de sucesso [...], sentiu
que era a hora de formar seu próprio grupo."
"Já tinha6
uma carreira solo de sucesso [...], mas sentiu
que era a hora de formar seu próprio grupo."
Assim, a alternativa (B) é a correta.
Gabarito: B

Comentário: A noção de finalidade ocorre com os conectivos "para que",
"para", "a fim de", "com o objetivo de", "com o intuito de". Assim, a
alternativa (C) é a correta, haja vista que a preposição "para" inicia a oração
subordinada adverbial de finalidade reduzida de infinitivo "para se inventar".
Na alternativa (A), a conjunção "porque" traduz o valor de causa.
Na alternativa (B), a preposição "por" traduz o valor de causa.
Na alternativa (D), a locução prepositiva "graças a" transmite valor de
causa.
Na alternativa (E), a conjunção "mas" transmite valor coordenativo
adversativo.
Gabarito: C

Questão 14: BB 2011 Escriturário (banca FCC)
Fragmento do texto: O exercício da memória, seu exercício mais intenso e
mais contundente, é indissociável da presença dos velhos entre nós. Quando
ainda não contidos pelo estigma de improdutivos, quando por isso ainda não
constrangidos pela impaciência, pelos sorrisos incolores, pela cortesia
inautêntica, pelos cuidados geriátricos impessoais, pelo isolamento, quando
então ainda não-calados, dedicam-se os velhos, cheios de espontaneidade, à
cerimônia da evocação, evocação solene do que mais impressionou suas
retinas tão fatigadas, enquanto seus interesses e suas mãos laborosas
participavam da norma e também do mistério de uma cultura.
Na iminência de um temporal, o enorme tronco, que armazena grande
quantidade de líquido, dá uma descarga de água para as raízes - resultado da
variação atmosférica.
O sentido do trecho grifado acima está reproduzido com outras palavras em:
(A) Quando se aproxima uma tempestade ...
(B) Com a força destruidora das águas ...
(C) Para que o temporal venha com força ...
(D) Desde que venha a cair uma forte chuva ...
(E) Depois de uma forte tempestade ...

Comentário: Na frase "O esgotamento das minas − que de resto foi
precedido pelo das florestas que forneciam o combustível para os fornos −, a
abolição da escravatura e, finalmente, uma procura mundial crescente,
orientam São Paulo e o seu porto de Santos para o café.", a expressão
sublinhada sintaticamente é apenas o predicado verbal.
Porém, textualmente, entendemos que o sujeito composto "O
esgotamento das minas a abolição da escravatura e, finalmente, uma procura
mundial crescente" é a causa e o predicado "orientam São Paulo e o seu porto
de Santos para o café" é o efeito, o resultado.
Esse é o caso de verbo que ajuda na relação de causa e efeito.
Assim, a alternativa (C) é a que se aproxima desse sentido e é a
correta.
Gabarito: C

Comentário: Note que podemos inserir uma conjunção subordinativa
adverbial causal, como "pois", "porque" etc. Veja:
"Além disso, mulher, tem outra coisa, minha mãe não dorme enquanto eu não
chegar, pois sou filho único, tenho minha casa pra olhar."
Assim, percebemos que o fato de ser filho único e ter uma casa para
cuidar é a causa (a justificativa, o motivo) de a mãe não dormir enquanto ele
não chegar. Assim, a alternativa (E) é a correta.
Gabarito: E

Questão 21: Pref. Santos 2006 Fiscal de Tributos Municipais (banca FCC)
Fragmento do texto: Penso nessa jovem e bela mãe que tem nos braços seu
primeiro filho varão. É o quadro eterno, de insuperável, solene e doce beleza,
a madona e o bambino. Poderia ver ao lado, de pé, sério, o vulto do pai. Mas
esse vulto é pouco nítido, quase apenas uma sombra que vai sumindo. Ele
não tem mais importância. Desde seu último gemido de amor entrou em
estranha agonia metafísica. Seu próprio ser já não tem mais sentido, ele o
passou além. A mãe é necessária, sua agonia é mais lenta e bela, ela dará seu
leite, sua própria substância, seu calor e seu beijo; e à medida que for se
dando a esse novo varão, ele irá crescendo e se afirmando, até deixá-la para
um canto como um trapo inútil.
Entre as frases /A mãe é necessária/ e /sua agonia é mais lenta e bela/ podese
colocar, para explicitar a relação de sentido que elas mantêm entre si, a
expressão
(A) nem assim. (B) e por isso. (C) desde que.
(D) mesmo porque. (E) ainda quando

Comentário: Com esta questão, a banca queria que o candidato percebesse
que a estrutura "A mãe é necessária, sua agonia é mais lenta e bela..." é
coordenada assindética aditiva, por isso a vírgula é obrigatória. Mas, além
disso, percebe-se uma relação de efeito, resultado: a mãe, sendo necessária,
acaba por ter uma agonia mais lenta e bela. Esse é o motivo de podermos
inserir, após a conjunção aditiva, a expressão "por isso".
Alguns gramáticos entendem esta última expressão como uma locução
adverbial de causa (retoma a expressão anterior como causa: por ser a mãe
necessária...), outros como uma simples conjunção coordenativa conclusiva.
Assim, não importa o nome do conectivo, mas seu valor semântico preserva a
causalidade (fato e efeito, respectivamente).
Gabarito: B

Questão 22: TRT 24ªR 2011 Técnico (banca FCC)
Fragmento do texto: Essa dicotomia apresenta hoje muitos problemas para
ser usada sem cautela, por algumas razões. Uma parte crescente das
novidades tecnológicas não está na indústria, mas sim nos serviços, onde se
destacam a Tecnologia da Informação (TI), as comunicações, os serviços
criativos, etc. Esse fenômeno é tão poderoso que se reconhece que vivemos
uma revolução de software, onde se gera a maior parte do valor, que coloca o
hardware (máquinas e equipamentos), como caudatários do processo. Por
outro lado, a TI permitiu uma ampla modificação no sistema de produção, em
que se busca cada vez mais foco e especialização para a cadeia de produção.
Como consequência, as atividades produtivas se organizam de maneiras diferentes, formando cadeias muito mais complexas do que no passado e
tornando, a meu juízo, envelhecidas as contraposições do tipo agricultura
versus indústria.
Esse fenômeno é tão poderoso que se reconhece que vivemos uma revolução
de software...
No segmento grifado acima identifica-se
(A) uma restrição e sua conclusão imediata.
(B) uma condição e o fato dela consequente.
(C) uma explicação lógica, decorrente de uma causa.
(D) uma hipótese provável, seguida de explicação.
(E) a causa evidente de um fato e sua consequência.

Comentário: Você está lembrado das construções possíveis da oração
subordinada adverbial consecutiva? Não? Então volte lá e compare a frase
desta questão com a primeira das consecutivas. Veja que a oração principal
recebe um intensificador (tal, tanto, tamanho) e em seguida, na outra oração,
há a conjunção "que", a qual inicia a oração subordinada adverbial
consecutiva. Lembre-se também de que, quando temos uma oração
subordinada adverbial causal, a sua oração principal terá valor de
consequência, e, quando há oração subordinada adverbial consecutiva, a sua
oração principal terá valor de causa. Veja:
A neurociência é um campo tão promissor que, nos Estados Unidos, nada
menos que um quinto do financiamento em pesquisas médicas do governo
federal vai para as tentativas de compreender os mecanismos do cérebro.
Portanto, houve uma causa: a neurociência é muito promissora. Houve uma ação justificada (tentativas de compreender os mecanismos do cérebro)
e sua consequência: "que, nos Estados Unidos, nada menos que um quinto do
financiamento em pesquisas médicas do governo federal vai para as
tentativas".
Gabarito: E

Questão 24: TRF 3ªR 2016 Analista Judiciário (banca FCC)
Fragmento do texto: Diante de cada crítica escandalizada dirigida ao museu,
seria interessante desvendar que valor foi previamente sacralizado. A
Religião? A Arte? A singularidade absoluta da obra? A Revolta? A Vida
autêntica? A integridade do Contexto original? Estranha inversão de
perspectiva. Porque, simultaneamente, a crítica mais comum contra o museu
apresenta-o como sendo, ele próprio, um órgão de sacralização.
Na frase Diante de cada crítica escandalizada dirigida ao museu, seria
interessante desvendar que valor foi previamente sacralizado, a oração
sublinhada complementa o sentido de
(A) um substantivo, e pode ser considerada como interrogativa indireta.
(B) um verbo, e pode ser considerada como interrogativa direta.
(C) um verbo, e pode ser considerada como interrogativa indireta.
(D) um substantivo, e pode ser considerada como interrogativa direta.
(E) um advérbio, e pode ser considerada como interrogativa indireta.

Comentário: No trecho do pedido da questão, o termo "Os historiadores" é o
sujeito, o verbo "estimam" é transitivo direto e a oração "que 4 milhões de
africanos foram trazidos à força para o Brasil" é subordinada substantiva
objetiva direta.
Na alternativa (A), o termo "nas lavouras de cana-de-açúcar e café" é o
adjunto adverbial de lugar.
Na alternativa (B), o termo "porto negreiro" é o predicativo de sujeito,
haja vista que a locução verbal "deixou de ser" é de ligação e o sujeito é o
termo "O Valongo".
A alternativa (C) é a correta, pois o verbo "construiu" é transitivo direto e o termo "o Cais da Imperatriz" é o objeto direto.
Na alternativa (D), o termo "as principais repartições públicas da
Colônia" é o sujeito, o qual força o verbo intransitivo "funcionam" ao plural. O
advérbio "onde" é o adjunto adverbial de lugar.
Na alternativa (E), a expressão "com as cenas degradantes do mercado
de escravos" é o adjunto adverbial de causa. Veja que podemos substituir a
preposição "com" por uma locução prepositiva de causa, como "devido a",
"por causa de", "em razão de". Veja:
"...os burocratas começaram a ficar perturbados por causa das cenas
degradantes do mercado de escravos..."
Gabarito: C

Comentário: Devemos nos lembrar de que a oração desenvolvida deve ser
precedida de conjunção ou locução conjuntiva para que o verbo seja
conjugado em modo e tempo verbal. Note que a questão pede que
transformemos a oração reduzida em desenvolvida.
Como a oração subordinada adverbial de finalidade "para encontrarmos
igual a ela" relaciona-se com a oração principal "teríamos de percorrer vários
milhares de quilômetros para norte, junto da bacia amazônica", segundo o
que vimos na aula demonstrativa, o futuro do pretérito do indicativo
"teríamos" correlaciona-se com o pretérito imperfeito do subjuntivo
"encontrássemos". Assim, já eliminamos as alternativas (B) e (E).
Como acontece em toda parte nessa costa, escarpas abruptas
protegeram dos ataques do homem essa floresta virgem tão rica que para
que encontrássemos igual a ela teríamos de percorrer vários milhares de
quilômetros para norte, junto da bacia amazônica.
A alternativa (A) está errada, pois, além de a locução verbal "tivéssemos
encontrado" não manter a coerência na frase, a locução conjuntiva "de modo
que" força o verbo ao modo subjuntivo "estendam", e não ao presente do
indicativo.
A alternativa (C) é a correta, pois a oração reduzida de gerúndio
"estendendo-se perante o meu olhar como espécimes de museu" pode ser
desenvolvida para uma oração subordinada adjetiva restritiva. Veja o
contexto:
... que imita a alta montanha de outros climas, posso examinar à vontade as
árvores e as plantas que se estendem perante o meu olhar como espécimes
de museu.
A alternativa (D) está errada, pois o contexto não admite o
desenvolvimento para oração temporal.
Gabarito: C

Comentário: A questão pede que observemos as frases que não sofrem
mudança de sentido com o acréscimo de vírgulas.
Na estrutura I, o adjunto adverbial temporal "a partir de agora"
encontra-se intercalado. Assim, entendendo tal termo como de pequena
extensão, a inserção de dupla vírgula é facultativa e não faz mudar o sentido.
Na estrutura II, o adjunto adverbial condicional "Sem isso" está
antecipado e é de pequena extensão. Assim, a vírgula é facultativa e não faz
mudar o sentido.
Na estrutura III, a oração subordinada adjetiva "que fotografam o
planeta", estando sem vírgula, será restritiva. Inserindo-se a vírgula,
naturalmente passa ao valor explicativo. Assim, obrigatoriamente haverá
mudança de sentido.
Portanto, a alternativa (D) é a correta.
Gabarito: D

Comentário: Quando a FCC pede numa questão a inserção ou exclusão de
vírgulas com mudança de sentido, possivelmente teremos a identificação de
orações subordinadas adjetivas.
Na alternativa (A), a vírgula é facultativa, pois inicia uma oração
subordinada adverbial temporal, que se encontra após a oração principal.
Assim, sua exclusão não muda o sentido.
Na alternativa (B), a vírgula separa o adjunto adverbial antecipado.
Entendendo-o como de pequena extensão, tal vírgula é tida como facultativa e
sua exclusão não faz mudar o sentido.
licativa "que lhe falavam de amizades duradouras". Com a supressão da
vírgula, tal oração passa ao valor restritivo.
Nas alternativas (D) e (E), a vírgula é facultativa, pois inicia oração
subordinada adverbial temporal, que se encontra após a oração principal.
Assim, sua exclusão não muda o sentido.
Gabarito: C

Comentário: Como vimos na teoria, a inserção ou exclusão de vírgula na
oração adjetiva força a mudança de sentido. Só com base nisso você já sabe
que a afirmação está errada.
Neste contexto, a oração "que na verdade não é tão individual" é
precedida de vírgula, por isso é subordinada adjetiva explicativa. Assim,
entendemos do texto que toda lógica da realização (imediata) dos desejos na
verdade não é tão individual quanto parece.
Já, com a exclusão da vírgula, passamos a uma oração subordinada
adjetiva restritiva. Assim, entendemos que nem toda lógica da realização
(imediata) dos desejos é tão individual quanto parece.
Logicamente, bastava saber que a inserção ou exclusão de vírgula que
precede a oração adjetiva faz mudar o sentido. Não há necessidade de
aprofundamento de interpretação, como fizemos, tudo bem?
Gabarito: E

Questão 34: CMSP 2014 Procurador Legislativo (banca FCC)
Ao se modificar a redação da frase, suprimindo-se a(s) virgula(s), altera-se o
sentido em:
(A) Ainda assim, é difícil imaginar quem se sinta bem em qualquer lugar.
(B) Ele se dispôs, humildemente, a refletir melhor sobre o tema.
(C) Fui ler um artigo de Edward Said, ontem, por considerá-lo uma
autoridade no assunto.
(D) Há que se ter pena dos exilados, que sentem tanto desamparo longe da
pátria.
(E) Aceitei, com muito prazer, o convite para aquela palestra.

Comentário: Sabemos que normalmente o adjunto adverbial de pequena
extensão pode ser separado por vírgulas ou não, pois seu uso é facultativo.
Em determinados contextos, pode até ocorrer mudança de sentido, mas não é
o que ocorreu nas alternativas (A), (B), (C) e (E).
Já, quando há orações subordinadas adjetivas, temos certeza de que a
inserção ou a exclusão das vírgulas sempre fará com que haja mudança de
sentido. Assim, a alternativa (D) é a correta, pois "que sentem tanto
desamparo longe da pátria" é oração subordinada adjetiva explicativa por haver vírgula. Dessa forma, entendemos do texto que todos os exilados
sentem desamparo longe da pátria. Já, com a omissão da vírgula, a oração
"que sentem tanto desamparo longe da pátria" passa a ser subordinada
adjetiva restritiva. Com isso, entendemos que nem todos os exilados sentem
desamparo longe da pátria.
Gabarito: D

Comentário: A alternativa (A) é a correta. Primeiramente, sabemos que o
objeto direto é o complemento do verbo transitivo direto.
Como a oração "que, em política, o ressentimento é sempre o
sentimento mobilizado contra a errância" é subordinada substantiva objetiva
direta, ela serve para complementar o verbo transitivo direto "dizer". Assim,
realmente a conjunção integrante "que" inicia oração que serve de
complemento do verbo "dizer".
A alternativa (B) está errada, porque o pronome relativo "que" não
serve para antecipar elemento, mas simplesmente para retomar vocábulo.
Neste caso, tal pronome serve para retomar o pronome demonstrativo "o".
A alternativa (C) está errada, porque o pronome relativo "que" retoma o
pronome demonstrativo "aquilo", e não o segmento "revoltas no mundo
árabe".
A alternativa (D) está errada, porque a locução conjuntiva "mesmo que"
tem valor adverbial concessivo, e não uma condição.
A alternativa (E) está errada, porque o pronome relativo "que" retoma o
pronome indefinido "algo", e não o termo "ressentimento".
Gabarito: A

Questão 36: TRT 9ªR 2013 Analista Judiciário (banca FCC)
Atente para as seguintes afirmações sobre a pontuação empregada no texto.
I. Os homens que se tornaram conhecidos por terem abalado o mundo de
forma decisiva no passado tinham começado como reis, como Alexandre,
ou patrícios, como Júlio César ...
O segmento em destaque poderia ser isolado por vírgulas, sem prejuízo
para o sentido e a correção.
II. Para os franceses ele foi também algo bem mais simples: o mais bemsucedido
governante de sua longa história.
Uma vírgula poderia ser colocada imediatamente depois do termo
franceses, sem prejuízo para a correção e a lógica.
III. Ele destruíra apenas uma coisa: a Revolução de 1789, o sonho de
igualdade, liberdade e fraternidade, do povo se erguendo na sua
grandiosidade para derrubar a opressão.
Os dois-pontos introduzem no contexto um segmento explicativo.
Está correto o que se afirma em
(A) I e II, apenas.
(B) I, apenas.
(C) I, II e III.
(D) III, apenas.
(E) II e III, apenas.

Comentário: O tópico I está errado, pois o segmento "que se tornaram
conhecidos por terem abalado o mundo de forma decisiva no passado" é
iniciado pela oração subordinada adjetiva restritiva "que se tornaram
conhecidos". Ao se inserir a dupla vírgula intercalando todo o segmento, a
oração adjetiva passa a ter valor explicativo. Assim, muda-se o sentido. Como
se afirmou que não haveria prejuízo do sentido, o tópico está errado.
O tópico II está correto, pois o termo adverbial antecipado "Para os
franceses" é de pequena extensão, por isso a vírgula é facultativa. Assim, a
inserção da vírgula realmente não causa prejuízo para a correção e a lógica.
O tópico III está correto, pois o vocábulo "coisa" é explicado pelo trecho
"a Revolução de 1789, o sonho de igualdade, liberdade e fraternidade, do
povo se erguendo na sua grandiosidade para derrubar a opressão".
Gabarito: E

Questão 37: Sec Edu SP 2010 Superior (banca FCC)
Cheiros da infância
Ao passar embaixo de uma magnólia em flor, uma pessoa pode se sentir
transportada para a casa da avó, onde brincava no jardim durante as férias da
infância. Essas memórias olfativas infantis são enraizadas no cérebro, mas um
grupo do Instituto Weizmann de Ciência, em Israel, mostrou que o especial
não é a infância. Yaara Yeshurun, Noam Sobel e Yadin Dadai constataram que,
quando um cheiro é encontrado pela primeira vez em um contexto específico,
ele deixa uma marca duradoura no cérebro (Current Biology). A descoberta
veio de um experimento em que voluntários viam imagens associadas a
cheiros. Depois reviam as imagens e buscavam lembrar a que cheiro estavam
associadas, enquanto a atividade do cérebro era monitorada por um aparelho
de ressonância magnética funcional. Uma semana depois, os participantes
foram apresentados a combinações diferentes de imagens e cheiros,
verificando-se que a recordação dos cheiros era acompanhada de uma
assinatura específica de atividade cerebral que envolve o hipocampo associado à memória, e a amígdala, zona do cérebro central no
processamento de emoções.
(Adaptado de Pesquisa FAPESP, dezembro 2009, n. 166, p. 40-1)
... uma assinatura específica de atividade cerebral que envolve o hipocampo...
O pronome relativo grifado na frase acima está também presente na seguinte
frase:
(A) Quem sabe que novas descobertas ainda hão de ser feitas sobre o
funcionamento da memória?
(B) Outros profissionais, que não os cientistas, também têm muito a dizer
sobre a memória.
(C) Que experiência fantástica não deve ser participar de pesquisas sobre a
memória humana!
(D) Não parece haver nada de mais fascinante no estudo do corpo humano
do que as pesquisas sobre o funcionamento do cérebro.
(E) É notável o fascínio que homens de todos os tempos parecem ter
demonstrado pela memória.

Comentário: Perceba que realmente o vocábulo "que" é pronome relativo no
pedido da questão, pois podemos substituí-lo por "a qual". Veja:
... uma assinatura específica de atividade cerebral a qual envolve o
hipocampo...
Da mesma forma, na alternativa (E), podemos substituir "que" pelo
pronome relativo "o qual". Por isso é também pronome relativo. Veja:
É notável o fascínio o qual homens de todos os tempos parecem ter
demonstrado pela memória.
Isso já faz com que saibamos a alternativa correta, mas é importante
comentarmos os outros valores do "que". Acompanhe...
Na alternativa (A), há conjunção integrante, pois se pode substituir a
oração substantiva por "isso". Veja: Quem sabe isso.
Na alternativa (B), a conjunção "que" pode ser substituída por "mas",
por isso podemos entender esse "que" como conjunção coordenada
adversativa:
Outros profissionais, mas não os cientistas, também têm muito a dizer sobre
a memória.
Na alternativa (C), a palavra "que" é um pronome indefinido, pois pode
ser substituído pelo pronome de igual valor "qual"
Qual experiência fantástica não deve ser participar de pesquisas sobre a
memória humana!
Na alternativa (D), há apenas uma comparação de superioridade, por
isso o vocábulo "que" é uma conjunção subordinada adverbial comparativa.
Veja:
Não parece haver nada de mais fascinante no estudo do corpo humano do que
as pesquisas sobre o funcionamento do cérebro.
Gabarito: E

Questão 38: TCM GO 2015 Auditor de Controle Externo (banca FCC)
Está inteiramente adequada a pontuação da seguinte frase:
(A) Muita gente imagina, ainda hoje, que o convívio familiar, dado sempre
como fator principal na formação de um jovem, tenha ainda um papel
decisivo, quando, na verdade, essa função, para o bem ou para o mal, é
exercida no interior dos grupos de colegas e amigos.
(B) Muita gente imagina ainda hoje, que o convívio familiar dado sempre
como fator principal na formação de um jovem, tenha ainda um papel
decisivo, quando na verdade essa função, para o bem ou para o mal, é
exercida no interior dos grupos de colegas e amigos.
(C) Muita gente imagina, ainda hoje que o convívio familiar, dado sempre
como fator principal na formação de um jovem tenha ainda, um papel
decisivo, quando na verdade essa função, para o bem ou para o mal é
exercida no interior dos grupos de colegas e amigos.
(D) Muita gente imagina ainda hoje que, o convívio familiar, dado sempre
como fator principal na formação de um jovem, tenha ainda, um papel
decisivo quando na verdade, essa função para o bem ou para o mal, é
exercida no interior dos grupos de colegas e amigos.
(E) Muita gente imagina ainda hoje, que o convívio familiar dado sempre,
como fator principal na formação de um jovem, tenha ainda um papel
decisivo quando na verdade, essa função, para o bem ou para o mal é
exercida, no interior dos grupos de colegas e amigos.

Comentário: Note as expressões intercaladas, as quais são separadas por
dupla vírgula na alternativa (A). Observe que as demais alternativas
apresentam alguns desses termos intercalados com apenas uma vírgula. Isso
já nos faz eliminá-las.
Assim, ao comentarmos a alternativa (A), que é a correta, já sabemos o
que está errado nas demais.
Muita gente imagina, ainda hoje, que o convívio familiar, dado sempre como
fator principal na formação de um jovem, tenha ainda um papel decisivo,
quando, na verdade, essa função, para o bem ou para o mal, é exercida no
interior dos grupos de colegas e amigos.
As expressões "ainda hoje", "na verdade" são adjuntos adverbiais
intercalados e de pequena extensão, por isso podem ficar entre vírgulas ou
não receber nenhuma.
A expressão "dado sempre como fator principal na formação de um
jovem" é uma oração subordinada adjetiva explicativa reduzida de particípio,
por isso está entre vírgulas.
A expressão "para o bem ou para o mal" é um comentário à parte do
autor, por isso deve ficar separada por dupla vírgula.
Gabarito: A

Questão 39: CNMP 2015 Arquivologia (banca FCC)
Está plenamente adequada a pontuação da seguinte frase:
(A) Atualmente, ocorre na internet com cansativa frequência, a atribuição de
textos insípidos aos grandes autores da nossa literatura, o que concorre
certamente para a propagação do mau gosto, e a banalização da fraude.
(B) Atualmente ocorre na internet, com cansativa frequência, a atribuição de
textos insípidos, aos grandes autores da nossa literatura, o que concorre
certamente, para a propagação do mau gosto e a banalização da fraude.
(C) Atualmente, ocorre na internet, com cansativa frequência, a atribuição de
textos insípidos aos grandes autores da nossa literatura, o que concorre,
certamente, para a propagação do mau gosto e a banalização da fraude.
(D) Atualmente ocorre, na internet com cansativa frequência, a atribuição de
textos insípidos, aos grandes autores, da nossa literatura o que concorre,
certamente, para a propagação do mau gosto e a banalização da fraude.
(E) Atualmente ocorre, na internet, com cansativa frequência a atribuição, de
textos insípidos, aos grandes autores da nossa literatura, o que concorre,
certamente para a propagação do mau gosto, e a banalização da fraude.

Comentário: Como a frase é a mesma nas alternativas, basta comentar os
detalhes de cada pontuação correta e, por exclusão, não restará dúvida!
A alternativa (C) é a correta. Vamos ao comentário:
Atualmente, ocorre na internet, com cansativa frequência, a atribuição de
textos insípidos aos grandes autores da nossa literatura, o que concorre,
certamente, para a propagação do mau gosto e a banalização da fraude.
O advérbio "Atualmente" está antecipado e, por ser um adjunto
adverbial de pequena extensão, a primeira vírgula é facultativa.
O adjunto adverbial "com cansativa frequência" está intercalado, por
isso está entre vírgulas. Vale lembrar que tal adjunto adverbial pode até ser
considerado de pequena extensão. Assim, poderíamos eliminar a dupla
vírgula, mas nunca deixar apenas uma. Isso exclui as alternativas (A), (D) e
(E).
Note que o termo "aos grandes autores da nossa literatura" é o objeto
indireto, o qual nunca poderá ser separado por vírgula. Isso elimina a
alternativa (B).
A quarta vírgula é obrigatória, haja vista que o pronome demonstrativo
"o" é empregado como um aposto recapitulativo, isto é, ele retoma toda a
informação da oração anterior.
A quinta e sexta vírgulas separam o advérbio "certamente", o qual se
encontra intercalado e, por ser um adjunto adverbial de pequena extensão, a
dupla vírgula é facultativa.
Assim, temos certeza de que a alternativa correta é a (C).
Gabarito: C

Questão 40: TRT 2ªR 2014 Analista Judiciário (banca FCC)
Quanto à colocação das vírgulas, a frase inteiramente correta é:
(A) Num de seus textos a que deu o título de "Do justo e do injusto", Voltaire
aborda com a propriedade de sempre, a questão da natureza mesma do
sentimento da justiça que, segundo ele, foi-nos concedido por Deus que
também nos deu um cérebro para contrabalançar os impulsos do coração.
(B) Num de seus textos, a que deu o título de "Do justo e do injusto",
Voltaire aborda, com a propriedade de sempre, a questão da natureza
mesma do sentimento da justiça, que, segundo ele, foi-nos concedido por
Deus, que também nos deu um cérebro para contrabalançar os impulsos
do coração.
(C) Num de seus textos, a que deu o título de "Do justo e do injusto" Voltaire
aborda, com a propriedade de sempre a questão da natureza mesma do
sentimento da justiça, que segundo ele foi-nos concedido por Deus que,
também, nos deu um cérebro para contrabalançar os impulsos do
coração.
(D) Num de seus textos a que deu o título de "Do justo e do injusto", Voltaire
aborda com a propriedade de sempre, a questão da natureza mesma do
sentimento da justiça, que segundo ele foi-nos concedido por Deus, que
também nos deu um cérebro, para contrabalançar, os impulsos do
coração.
(E) Num de seus textos, a que deu o título de "Do justo e do injusto",
Voltaire aborda, com a propriedade de sempre, a questão da natureza
mesma, do sentimento da justiça, que segundo ele foi-nos concedido por
Deus que, também nos deu um cérebro, para contrabalançar os impulsos
do coração.

Comentário: Ao resolvermos a alternativa (B), que é a correta, as demais
naturalmente são respondidas.
A alternativa (B) é a correta. Considerou-se a oração subordinada
adjetiva "a que deu o título de 'Do justo e do injusto'" como explicativa. Como
ela está intercalada, está separada por dupla vírgula. Naturalmente, você
poderia ter ficado na dúvida se caberia o valor de restrição e com isso tal
oração não seria precedida de vírgula. Isso até poderia acontecer, pois
conseguimos entender um valor restritivo, sim.
Porém, analisar profundamente a interpretação do texto e saber se a
oração é efetivamente explicativa ou restritiva é a última coisa que você fará
neste tipo de questão, tudo bem? Isso ocorre porque a banca FCC quer
apenas que você marque uma alternativa com pontuação correta e para isso
ela coloca erros grosseiros, como vírgula entre sujeito e verbo, uma só vírgula
separando o adjunto adverbial intercalado, dentre outras.
É fato que podemos entender desta oração o valor de explicação de
"um" dos textos, por exemplo, se, anteriormente, o autor já tivesse se
referido a um desses textos e consequentemente tal texto já teria a
característica de possuir o título de "Do justo e do injusto".
Apesar de não haver uma ampliação do contexto para entendermos
melhor o valor de explicação, o que importa é eliminar as alternativas com
erros grosseiros. Por exemplo, note o erro grosseiro nas alternativas (A), (C) e (D) com apenas uma vírgula separando o adjunto adverbial intercalado "com
a propriedade de sempre". Além disso, veja o erro grosseiro na alternativa (E)
com apenas uma vírgula separando o advérbio intercalado "também".
Bom, nesta alternativa os adjuntos adverbiais intercalados "com a
propriedade de sempre" e "segundo ele" estão corretamente separados por
dupla vírgula. O advérbio "também" é de pequena extensão, por isso pode
ficar sem nenhuma vírgula.
Além disso, note que as orações "que, segundo ele, foi-nos concedido
por Deus" e "que também nos deu um cérebro" são subordinadas adjetivas
explicativas, por isso são separadas por vírgulas.
Na primeira oração adjetiva explicativa, entendemos que todo
sentimento de justiça foi-nos concedido por Deus. Se não houvesse a vírgula,
entenderíamos que nem todo sentimento de justiça foi-nos concedido por
Deus. Esta última interpretação também é possível, por isso até caberia a
omissão da vírgula.
Já a última oração adjetiva só pode ter sentido explicativo, pois
entendemos que há apenas um Deus e este único Deus também nos deu um
cérebro para contrabalançar os impulsos do coração. Assim, esta vírgula é
obrigatória.
Também note que a oração "para contrabalançar os impulsos do
coração" é subordinada adverbial de finalidade e se encontra após a oração
principal, por isso a vírgula é facultativa.
Num de seus textos, a que deu o título de "Do justo e do injusto", Voltaire
aborda, com a propriedade de sempre, a questão da natureza mesma do
sentimento da justiça, que, segundo ele, foi-nos concedido por Deus, que
também nos deu um cérebro para contrabalançar os impulsos do coração.
Agora, basta comparar com as demais alternativas e perceber os erros
no emprego da vírgulas.
Gabarito: B

Questão 41: TCE AM 2013 Analista-Técnico de Controle Externo (banca FCC)
Está plenamente adequada a pontuação do seguinte período:
(A) Diante da TV, assistindo à transmissão da chegada do homem à Lua, os
adultos, se emocionavam, ao passo que uma criança alheia, à
importância do evento, manifestava seu desejo, de assistir a um desenho
animado que ela, certamente, achava muito mais interessante.
(B) Diante da TV, assistindo à transmissão, da chegada do homem à Lua, os
adultos se emocionavam ao passo que uma criança, alheia à importância
do evento manifestava seu desejo de assistir a um desenho animado, que
ela certamente achava muito mais interessante.
(C) Diante da TV, assistindo à transmissão da chegada do homem à Lua, os
adultos se emocionavam, ao passo que uma criança, alheia à importância
do evento, manifestava seu desejo de assistir a um desenho animado,
que ela certamente achava muito mais interessante.
(D) Diante da TV assistindo à transmissão da chegada do homem à Lua, os
adultos, se emocionavam, ao passo que, uma criança alheia à
importância do evento, manifestava seu desejo de assistir a um desenho animado, que ela certamente, achava muito mais interessante.
(E) Diante da TV assistindo à transmissão da chegada do homem à Lua, os
adultos se emocionavam, ao passo que, uma criança alheia, à
importância do evento, manifestava seu desejo, de assistir a um desenho
animado, que ela certamente achava muito mais interessante.

Comentário: Vamos observar nas alternativas se há algum vício para partir
para a próxima alternativa, se for o caso.
Veja que, na alternativa (A), não pode haver vírgula entre o sujeito "os
adultos" e o predicado "se emocionavam...". Nem precisamos verificar mais
nada nesta alternativa. Já podemos partir para a próxima.
Na alternativa (B), não pode haver vírgula entre o substantivo
"transmissão" e o complemento nominal "da chegada". Já podemos partir para
a próxima.
A alternativa (C) é a correta. Ao comentarmos esta, já temos noção dos
erros das demais alternativas.
As duas primeiras vírgulas separam a oração subordinada adverbial
temporal reduzida de gerúndio e intercalada "assistindo à transmissão da
chegada do homem à Lua"¹.
A terceira vírgula precede a oração subordinada adverbial temporal
iniciada pela locução conjuntiva "ao passo que"².
A quarta e quinta vírgulas separam o predicativo deslocado "alheia à
importância do evento"³. Tal predicativo se encontra num predicado verbonominal.

A quinta vírgula separa a oração subordinada adjetiva explicativa "que
ela certamente achava muito mais interessante"
4
.
Diante da TV, assistindo à transmissão da chegada do homem à Lua¹, os
adultos se emocionavam, ao passo que uma criança², alheia à importância do
evento³, manifestava seu desejo de assistir a um desenho animado², que ela
certamente achava muito mais interessante4
.
Gabarito: C

Questão 42: TRT 1ª R 2013 Analista Judiciário (banca FCC)
Está inteiramente correta a pontuação do seguinte período:
(A) Não é fácil − confessemos logo − estabelecer uma clara linha divisória
entre o que há de virtuoso na confiança, reconhecida como atividade
positiva e criativa, e o que há de meritório em desconfiar, quando isso
significa problematizar uma decisão.
(B) Não é fácil, confessemos logo, estabelecer uma clara linha divisória: entre
o que há de virtuoso na confiança reconhecida como atividade positiva, e
criativa, e o que há de meritório em desconfiar, quando isso significa
problematizar uma decisão.
(C) Não é fácil, confessemos logo: estabelecer uma clara linha divisória, entre
o que há de virtuoso na confiança reconhecida, como atividade positiva e
criativa, e o que há de meritório em desconfiar quando, isso, significa
problematizar uma decisão.
(D) Não é fácil, confessemos logo estabelecer, uma clara linha divisória, entre
o que há de virtuoso, na confiança reconhecida, como atividade positiva e
criativa, e o que há de meritório em desconfiar, quando isso significa
problematizar uma decisão.
(E) Não é fácil − confessemos logo − estabelecer uma clara linha divisória,
entre o que há de virtuoso, na confiança reconhecida como atividade
positiva e criativa, e o que há de meritório, em desconfiar quando isso
significa problematizar uma decisão.

Questão 43: TRT 1ª R 2013 Analista Judiciário (banca FCC)
Está plenamente adequada a pontuação do seguinte período:
(A) Acredita-se sobretudo entre os estudiosos da linguagem, que por não
haver dois sinônimos perfeitos, há que se empregar com toda a precisão
os vocábulos de uma língua, ainda que com isso, se corra o risco de
passar por pernóstico.
(B) Acredita-se, sobretudo entre os estudiosos da linguagem que, por não
haver dois sinônimos perfeitos há que se empregar, com toda a precisão,
os vocábulos de uma língua ainda que com isso, se corra o risco de
passar por pernóstico.
(C) Acredita-se sobretudo entre os estudiosos da linguagem que, por não
haver dois sinônimos perfeitos, há que se empregar com toda a precisão,
os vocábulos de uma língua ainda que, com isso, se corra o risco de
passar por pernóstico.
(D) Acredita-se, sobretudo, entre os estudiosos da linguagem, que, por não
haver dois sinônimos perfeitos, há que se empregar com toda a precisão,
os vocábulos de uma língua, ainda que com isso, se corra o risco de
passar por pernóstico.
(E) Acredita-se, sobretudo entre os estudiosos da linguagem, que, por não
haver dois sinônimos perfeitos, há que se empregar com toda a precisão
os vocábulos de uma língua, ainda que com isso se corra o risco de
passar por pernóstico.

Questão 44: TRE-SP 2012 Técnico Judiciário (banca FCC)
Está inteiramente correta e adequada a pontuação da seguinte frase:
(A) Mesmo nas obras modernistas que, por um motivo ou outro, parecem
hoje datadas, pode-se reconhecer a importância que tiveram, na época,
para a busca da liberdade de criação e expressão, conquista que Mário de
Andrade não se cansou de acentuar.
(B) Mesmo nas obras modernistas, que por um motivo, ou outro, parecem
hoje datadas pode-se reconhecer a importância que tiveram na época,
para a busca da liberdade de criação e expressão, conquista que Mário de
Andrade não se cansou, de acentuar.
(C) Mesmo nas obras modernistas, que por um motivo ou outro, parecem
hoje datadas, pode-se reconhecer a importância que tiveram, na época,
para a busca da liberdade de criação e expressão: conquista, que Mário
de Andrade não se cansou de acentuar.
(D) Mesmo nas obras modernistas que, por um motivo ou outro, parecem
hoje datadas pode-se reconhecer, a importância que tiveram na época,
para a busca da liberdade de criação e expressão, conquista que, Mário
de Andrade, não se cansou de acentuar.
(E) Mesmo nas obras modernistas que por um motivo ou outro, parecem hoje
datadas, pode-se reconhecer a importância que tiveram, na época para a
busca da liberdade de criação e expressão; conquista que Mário de
Andrade não se cansou de acentuar.

Comentário: A alternativa (A) é a correta.
O adjunto adverbial de grande extensão e intercalado "por um motivo ou outro" deve ficar entre vírgulas.
A expressão denotativa de inclusão "Mesmo nas obras modernistas" foi
estendida pela oração subordinada adjetiva restritiva "que, por um motivo ou
outro, parecem hoje datadas". Tal expressão denotativa tem valor próximo ao
de adjunto adverbial, por isso recebe vírgula. Naturalmente, tal vírgula só
pode ocorrer após a oração adjetiva.
O adjunto adverbial de pequena extensão e intercalado "na época" pode
ficar entre duas vírgulas ou não receber nenhuma.
O termo "conquista" é o aposto explicativo, por isso é iniciado por
vírgula. Note que a oração "que Mário de Andrade não se cansou de acentuar"
é subordinada adjetiva restritiva, por isso não é antecipada de vírgula.
"Mesmo nas obras modernistas que, por um motivo ou outro, parecem hoje
datadas, pode-se reconhecer a importância que tiveram, na época, para a
busca da liberdade de criação e expressão, conquista que Mário de Andrade
não se cansou de acentuar."
Gabarito: A

Questão 45: TRE-SP 2012 Técnico Judiciário (banca FCC)
Esta cidade que está acabando, que já acabou com a garoa, os bondes, o trem
da Cantareira, as cantigas do Bexiga, Adoniran não a deixará acabar...
Mantendo-se, em linhas gerais, o sentido original, uma redação alternativa
para a frase acima, em que se respeitam as regras de pontuação, é:
(A) Adoniran não deixará acabar, a cidade que está acabando, e que já
acabou com a garoa, os bondes, o trem da Cantareira, as cantigas do
Bexiga...
(B) Adoniran não deixará acabar a cidade, que está acabando e que já
acabou, com a garoa, os bondes, o trem da Cantareira, as cantigas do
Bexiga...
(C) Adoniran, não deixará acabar a cidade, que está acabando − e que já
acabou − com a garoa, os bondes, o trem da Cantareira, as cantigas do
Bexiga...
(D) Adoniran não deixará acabar a cidade que está acabando e que já acabou
com a garoa, os bondes, o trem da Cantareira, as cantigas do Bexiga...
(E) Adoniran, não deixará acabar a cidade que está acabando e que, já
acabou, com a garoa, os bondes, o trem da Cantareira, as cantigas do
Bexiga...

Comentário: Note que não pode haver vírgula entre o verbo "acabar" e o
objeto direto "a cidade".
Também não pode haver vírgula antes da conjunção "e", pois os sujeitos
das orações são iguais.
Não pode haver vírgula entre o verbo "acabou" e o objeto indireto "com
a garoa".
Não pode haver vírgula entre o sujeito "Adoniran" e o predicado "não
deixará acabar a cidade".
Assim, a alternativa (D) é a correta, pois ocorre vírgula apenas para
separar os substantivos enumerados "a garoa, os bondes, o trem da Cantareira, as cantigas do Bexiga".
Note que a oração "que está acabando" é subordinada adjetiva restritiva
e está coordenada com a posterior. Por isso, não há vírgula antes do pronome
relativo "que". Veja:
"Adoniran não deixará acabar a cidade que está acabando e que já acabou
com a garoa, os bondes, o trem da Cantareira, as cantigas do Bexiga..."
Gabarito: D

Questão 46: TJ-RJ 2012 Técnico Judiciário (banca FCC)
Está plenamente adequada a pontuação da seguinte frase:
(A) Embora ansioso, por aposentar-se, o autor não parece convicto de que, o
ócio lhe fará bem; tanto assim que vez ou outra imagina atividades, que
passará a exercer.
(B) Embora ansioso por aposentar-se o autor, não parece convicto, de que o
ócio lhe fará bem, tanto assim que vez ou outra, imagina atividades que
passará a exercer.
(C) Embora ansioso por aposentar-se, o autor, não parece convicto de que o
ócio lhe fará bem, tanto assim que, vez ou outra, imagina atividades, que
passará a exercer.
(D) Embora ansioso por aposentar-se, o autor não parece convicto de que o
ócio lhe fará bem, tanto assim que, vez ou outra, imagina atividades que
passará a exercer.
(E) Embora ansioso, por aposentar-se, o autor não parece convicto de que o
ócio lhe fará bem: tanto assim, que vez ou outra, imagina atividades que
passará a exercer.

Questão 47: TCE AM 2012 Analista de Controle Externo (banca FCC)
Está plenamente adequada a pontuação do seguinte período:
(A) O cronista, já no início do texto, deixa claro que o sentido das palavras,
tal como o estabelecem os dicionários, não vem explorado em suas
múltiplas nuances, que somente o uso vivo dos vocábulos é capaz de
contemplar.
(B) O cronista já no início do texto, deixa claro que, o sentido das palavras,
tal como o estabelecem os dicionários, não vem explorado em suas
múltiplas nuances que somente o uso vivo, dos vocábulos, é capaz de
contemplar.
(C) O cronista, já no início do texto deixa claro, que o sentido das palavras,
tal como o estabelecem os dicionários, não vem explorado em suas
múltiplas nuances que, somente, o uso vivo dos vocábulos é capaz de
contemplar.
(D) O cronista já no início do texto deixa claro, que o sentido das palavras tal
como o estabelecem, os dicionários, não vem explorado em suas
múltiplas nuances que, somente o uso vivo dos vocábulos, é capaz de
contemplar.
(E) O cronista já no início, do texto, deixa claro, que o sentido das palavras
tal como o estabelecem os dicionários, não vem explorado, em suas
múltiplas nuances, que somente o uso vivo dos vocábulos é capaz de
contemplar.

Questão 48: TRT 11ªR 2012 Analista Judiciário (banca FCC)
Está plenamente adequada a pontuação da seguinte frase:
(A) As fotografias, por prosaicas que possam ser, representam um corte
temporal, brecha no tempo por onde entra nosso olhar, capturado que foi
pela magia da imagem e por ela instado a uma viagem imaginária.
(B) As fotografias, por prosaicas que possam ser representam um corte
temporal; brecha no tempo, por onde entra nosso olhar capturado, que
foi pela magia da imagem, e por ela instado a uma viagem imaginária.
(C) As fotografias por prosaicas, que possam ser, representam um corte
temporal: brecha no tempo por onde entra nosso olhar, capturado que foi, pela magia da imagem, e por ela instado a uma viagem imaginária.
(D) As fotografias por prosaicas, que possam ser representam, um corte
temporal, brecha no tempo por onde entra nosso olhar capturado, que foi
pela magia da imagem e por ela instado a uma viagem imaginária.
(E) As fotografias por prosaicas que possam ser, representam um corte
temporal, brecha no tempo por onde entra nosso olhar, capturado, que
foi pela magia da imagem e, por ela, instado a uma viagem imaginária.

Comentário: A expressão intercalada "por prosaicas que possam ser" é
constituída do adjunto adverbial "por prosaicas", seguido da oração
subordinada adjetiva restritiva "que possam ser". Assim, esta estrutura deve
ficar entre vírgulas e devemos eliminar as alternativas (B), (C), (D), (E),
restando como correta a alternativa (A).
O termo "brecha no tempo" é um aposto explicativo, o qual é estendido
pela oração subordinada adjetiva restritiva "por onde entra nosso olhar".
Assim, tal estrutura deve ficar entre vírgulas, por estar intercalada.
As orações "capturado que foi pela magia da imagem" e "por ela instado
a uma viagem imaginária" são subordinadas adjetivas explicativas e
coordenadas entre si, por isso estão precedidas de vírgula.
"As fotografias, por prosaicas que possam ser, representam um corte
temporal, brecha no tempo por onde entra nosso olhar, capturado que foi pela
magia da imagem e por ela instado a uma viagem imaginária."
Gabarito: A

Questão 49: TST 2012 Analista Judiciário (banca FCC)
Está plenamente adequada a pontuação da seguinte frase:
(A) O texto é polêmico, de vez que, busca estabelecer um equilíbrio de
julgamento, num terreno em que via de regra dominam as paixões, já
que tanto a religião como a ciência advogam para si mesmas, o estatuto
do conhecimento verdadeiro.
(B) O texto é polêmico, de vez que busca estabelecer, um equilíbrio de
julgamento, num terreno em que via de regra dominam as paixões; já
que tanto a religião como a ciência advogam para si mesmas, o estatuto
do conhecimento verdadeiro.
(C) O texto é polêmico, de vez que: busca estabelecer um equilíbrio de
julgamento num terreno em que, via de regra, dominam as paixões já
que tanto a religião, como a ciência, advogam para si mesmas o estatuto
do conhecimento verdadeiro.
(D) O texto é polêmico, de vez que busca estabelecer um equilíbrio de
julgamento num terreno em que, via de regra, dominam as paixões, já
que tanto a religião como a ciência advogam para si mesmas o estatuto
do conhecimento verdadeiro.
(E) O texto é polêmico de vez, que busca estabelecer um equilíbrio de
julgamento, num terreno em que via de regra, dominam as paixões já
que, tanto a religião como a ciência, advogam, para si mesmas, o
estatuto do conhecimento verdadeiro

Comentário: A oração subordinada adverbial causal "de vez que busca
estabelecer um equilíbrio de julgamento num terreno" encontra-se após a oração principal "O texto é polêmico". Assim, a vírgula após "polêmico" é
facultativa.
Note que, após a locução conjuntiva "de vez que", não pode haver
pontuação. Assim, eliminamos as alternativas (A), (C) e (E).
Note, ainda, que não pode haver vírgula entre o verbo transitivo direto
"estabelecer" e o objeto direto "um equilíbrio de julgamento". Assim,
eliminamos também a alternativa (B), restando a (D) como a correta.
A oração "em que, via de regra, dominam as paixões" é subordinada
adjetiva restritiva, por isso ela não é precedida de vírgula.
O adjunto adverbial intercalado "via de regra" é considerado de pequena
extensão, por isso a dupla vírgula é facultativa.
"O texto é polêmico, de vez que busca estabelecer um equilíbrio de
julgamento num terreno em que, via de regra, dominam as paixões, já que
tanto a religião como a ciência advogam para si mesmas o estatuto do
conhecimento verdadeiro."
Gabarito: D

Questão 50: TRT 6ªR 2012 Analista Judiciário (banca FCC)
A pontuação está plenamente adequada no período:
(A) Muito se debate, nos dias de hoje, acerca do espaço que o ensino
religioso deve ou não ocupar dentro ou fora das escolas públicas; há
quem não admita interferência do Estado nas questões de fé, como há
quem lembre a obrigação que ele tem de orientar as crianças em idade
escolar.
(B) Muito se debate nos dias de hoje, acerca do espaço, que o ensino
religioso deve ou não ocupar dentro ou fora das escolas públicas: há
quem não admita interferência do Estado, nas questões de fé, como há
quem lembre, a obrigação que ele tem de orientar as crianças em idade
escolar.
(C) Muito se debate nos dias de hoje, acerca do espaço que o ensino
religioso, deve ou não ocupar dentro ou fora das escolas públicas, há
quem não admita interferência do Estado nas questões de fé, como há
quem lembre a obrigação: que ele tem de orientar as crianças em idade
escolar.
(D) Muito se debate, nos dias de hoje, acerca do espaço que o ensino
religioso deve, ou não, ocupar dentro, ou fora, das escolas públicas; há
quem não admita interferência, do Estado, nas questões de fé; como há
quem lembre a obrigação, que ele tem de orientar as crianças em idade
escolar.
(E) Muito se debate, nos dias de hoje acerca do espaço que o ensino religioso
deve, ou não, ocupar dentro ou fora das escolas públicas: há quem não
admita interferência do Estado, nas questões de fé, como há quem
lembre, a obrigação, que ele tem de orientar as crianças, em idade
escolar.

Comentário: Ao comentarmos a alternativa (A), que é a correta,
naturalmente as demais alternativas serão eliminadas. O adjunto adverbial de tempo "nos dias de hoje" está intercalado, por
isso está separado por duas vírgulas.
A oração "que o ensino religioso deve ou não ocupar dentro ou fora das
escolas públicas" é subordinada adjetiva restritiva, por isso não é antecipada
de vírgula. Dentro de tal oração, ocorre o adjunto adverbial de lugar "dentro
ou fora das escolas públicas", o qual se encontra no final da oração. Assim, a
vírgula é facultativa. Vale lembrar que as expressões "ou não" e "ou fora"
podem ficar entre vírgulas por também poderem ser consideradas um
comentário do autor.
O ponto e vírgula assinala que a estrutura sintática posterior é
coordenada à primeira e ambas possuem vírgulas internas.
A oração "como há quem lembre a obrigação" é subordinada adverbial
comparativa e está após a principal, por isso a vírgula é facultativa.
A oração "que ele tem de orientar as crianças em idade escolar" é
subordinada adjetiva restritiva, por isso não é precedida de vírgula.
"Muito se debate, nos dias de hoje, acerca do espaço que o ensino religioso
deve ou não ocupar dentro ou fora das escolas públicas; há quem não admita
interferência do Estado nas questões de fé, como há quem lembre a obrigação
que ele tem de orientar as crianças em idade escolar."
Gabarito: A

Questão 51: TRF 5ªR 2012 Analista Judiciário (banca FCC)
Está inteiramente adequada a pontuação da frase:
(A) Como já se disse, poeta é aquele que, ao aplicar-se conscientemente à
difícil arte do desaprender, passa a ver o mundo com olhar infantil,
despido das camadas de preconceitos e prejuízos que, quase sempre à
nossa revelia, acumulamos ao longo da vida adulta.
(B) Como, já se disse, poeta é aquele que ao aplicar-se conscientemente à
difícil arte do desaprender, passa a ver o mundo, com olhar infantil,
despido das camadas de preconceitos e prejuízos, que quase sempre à
nossa revelia, acumulamos ao longo da vida adulta.
(C) Como já se disse poeta é aquele, que ao aplicar-se conscientemente à
difícil arte do desaprender, passa a ver o mundo com olhar infantil
despido das camadas de preconceitos e prejuízos que, quase sempre à
nossa revelia acumulamos, ao longo da vida adulta.
(D) Como já se disse poeta, é aquele que ao aplicar-se conscientemente à
difícil arte do desaprender, passa a ver o mundo com olhar infantil
despido das camadas de preconceitos, e prejuízos, que quase sempre à
nossa revelia acumulamos ao longo da vida adulta.
(E) Como já se disse, poeta é aquele que ao aplicar-se, conscientemente, à
difícil arte do desaprender passa a ver, o mundo, com olhar infantil
despido das camadas de preconceitos e prejuízos que quase sempre, à
nossa revelia, acumulamos ao longo da vida adulta.

Comentário: Ao comentarmos a alternativa (A), que é a correta,
naturalmente as demais alternativas serão eliminadas.
A oração subordinada adverbial de conformidade "Como já se disse"
está antecipada, por isso deve ficar separada por vírgula A oração subordinada adverbial temporal "ao aplicar-se conscientemente
à difícil arte do desaprender" está intercalada, por isso deve ficar isolada por
duas vírgulas.
A oração "despido das camadas de preconceitos e prejuízos" é
subordinada adjetiva explicativa reduzida de particípio, por isso está precedida
de vírgula.
O adjunto adverbial de tempo "quase sempre à nossa revelia" está
intercalado, por isso está entre vírgulas.
As orações "que acumulamos ao longo da vida adulta" e "que ... passa a
ver o mundo com olhar infantil" são subordinadas adjetivas restritivas, por
isso não são precedidas de vírgulas.
"Como já se disse, poeta é aquele que, ao aplicar-se conscientemente à difícil
arte do desaprender, passa a ver o mundo com olhar infantil, despido das
camadas de preconceitos e prejuízos que, quase sempre à nossa revelia,
acumulamos ao longo da vida adulta."
Gabarito: A

Questão 52: TRE SP 2012 Analista Judiciário (banca FCC)
Está inteiramente adequada a pontuação do seguinte período:
(A) Em qualquer escalão do governo costuma haver mais cedo, ou mais
tarde, atritos entre o pessoal técnico-administrativo estabilizado, por
concurso, e o pessoal indicado para cargos de confiança que ficam ao
sabor, das conveniências políticas.
(B) Em qualquer escalão, do governo, costuma haver mais cedo ou mais
tarde, atritos entre o pessoal técnico-administrativo estabilizado por
concurso, e o pessoal indicado para cargos de confiança, que ficam ao
sabor das conveniências políticas.
(C) Em qualquer escalão do governo, costuma haver, mais cedo ou mais
tarde, atritos entre o pessoal técnico-administrativo, estabilizado por
concurso, e o pessoal indicado para cargos de confiança, que ficam ao
sabor das conveniências políticas.
(D) Em qualquer escalão do governo costuma haver, mais cedo ou mais
tarde, atritos, entre o pessoal técnico-administrativo, estabilizado por
concurso e o pessoal, indicado para cargos de confiança, que ficam ao
sabor das conveniências políticas.
(E) Em qualquer escalão do governo costuma haver mais cedo, ou mais tarde
atritos, entre o pessoal técnico-administrativo estabilizado, por concurso,
e o pessoal indicado, para cargos de confiança, que ficam ao sabor das
conveniências políticas.

Comentário: O adjunto adverbial de lugar "Em qualquer escalão do governo"
está antecipado, por isso recebe vírgula. Não se pode condenar a falta de tal
pontuação, pois se pode considerá-la de pequena extensão, o que deixa a
vírgula facultativa. Dentro desta estrutura não pode haver vírgula, pois "do
governo" é o adjunto adnominal. Assim, eliminamos a alternativa (B).
O adjunto adverbial de tempo "mais cedo ou mais tarde" está
intercalado, por isso está entre vírgulas. Como se pode entendê-lo como pequena extensão, admite-se o uso das duas vírgulas ou não se usa
nenhuma. Além disso, não pode haver vírgula antes da conjunção "ou", tendo
em vista que esta conjunção não se repete e não inicia oração. Dessa forma,
eliminamos as alternativas (A) e (E).
A oração "estabilizado por concurso" é subordinada adjetiva explicativa
reduzida de particípio, por isso está entre vírgulas. Pode haver a omissão da
dupla vírgula, o que faria com que tal oração passaria ao valor restritivo, mas
não pode haver a exclusão de apenas uma vírgula, o que ocorreu na
alternativa (D), sobrando a (C) como correta.
A oração "que ficam ao sabor das conveniências políticas" é subordinada
adjetiva explicativa, por isso está precedida de vírgula.
"Em qualquer escalão do governo, costuma haver, mais cedo ou mais tarde,
atritos entre o pessoal técnico-administrativo, estabilizado por concurso, e o
pessoal indicado para cargos de confiança, que ficam ao sabor das
conveniências políticas."
Gabarito: C

Questão 53: TRF 5ªR 2008 Técnico (banca FCC)
As abelhas são 3 mil; borboletas e lagartas, 1.800. Em uma única árvore da
Amazônia já foram encontradas 95 espécies de formigas - 10 a menos do que
em toda a Alemanha.
Considere as afirmativas seguintes sobre os sinais de pontuação empregados
no segmento transcrito.
I. O ponto-e-vírgula pode ser substituído por dois-pontos, sem alteração do
sentido original.
II. A vírgula assinala a ausência do verbo na frase, cuja repetição é
desnecessária, por ser o mesmo da frase anterior.
III. Uma vírgula pode ser empregada em substituição ao travessão, sem
alterar o sentido original.
Está correto o que se afirma em
(A) I, apenas. (B) III, apenas. (C) I e II, apenas.
(D) II e III, apenas. (E) I, II e III.

Comentário: O período "As abelhas são 3 mil; borboletas e lagartas, 1.800."
é composto por coordenação aditiva, em que a oração "As abelhas são 3 mil"
é a oração inicial e a oração "borboletas e lagartas, 1.800" é coordenada
assindética aditiva.
Não se pode inserir dois pontos entre as duas orações, tendo em vista
que há uma relação de adição, e não de explicação entre elas. Assim, a frase I
está errada e eliminamos as alternativas (A), (C) e (E).
Note que a segunda oração possui um sujeito composto, isto é, os
substantivos "borboletas" e "lagartas" são adicionados pela conjunção "e".
Além disso, note um caso peculiar de pontuação, em que se omite um verbo
(inserindo-se uma vírgula), para evitar que haja repetição desnecessária do
vocábulo "são". Assim, a frase II está correta e eliminamos a alternativa (B).
Por isso, a alternativa (D) é a correta.
a Alemanha" é um comentário do autor, o qual pode ficar separado por
vírgula, sem alteração de sentido.
Gabarito: D

Questão 54: SABESP 2014 Técnico em Gestão (banca FCC)
Fragmento do texto: Há, finalmente, um outro caso de não leitura do qual
gostaria de lhes falar. Refiro-me aos livros que foram escritos e publicados,
mas estão − talvez para sempre − à espera de serem lidos. Eu conheço − e
cada um de vocês, eu acredito, poderia citar − livros que mereciam ser lidos e
não foram lidos, ou foram lidos por pouquíssimos leitores. Eu penso que, se
esses livros eram verdadeiramente bons, não se deveria falar de uma espera,
mas de uma exigência. Esses livros não esperam, mas exigem ser lidos,
mesmo que não o tenham sido ou não o serão jamais.
Os travessões são utilizados para
(A) destacar uma correção.
(B) citar um depoimento.
(C) isolar uma enumeração.
(D) intercalar um comentário.
(E) fornecer uma definição.

Comentário: O travessão normalmente é empregado para isolar um
comentário do autor com diversos valores semânticos, como explicação,
contrastes, justificativas, etc. No caso em tela, o autor fez uma inserção com
sua apreciação, observação, isto é, um dado opinativo sobre o crescimento da
porcentagem referida no texto. Por isso a frase I está correta.
Por observarmos que o comentário do autor se refere ao crescimento da
porcentagem, entende-se que a frase II está incorreta. Perceba que a banca
ainda reforça o erro inserindo o vocábulo "diretamente".
O comentário do autor pode ser separado por vírgula, travessão ou pode
ficar entre parênteses. No caso deste excerto, o comentário pode ser separado
por vírgula sem incorrer em desvio gramatical.
Portanto, as frases corretas são I e III (alternativa D).
Gabarito: D

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