A importância da educação empreendedora para solucionar o desemprego no país

Introdu��o

Os estudos sobre o empreendedorismo que t�m sido divulgados nas �ltimas duas d�cadas demonstram que a tem�tica avan�a quanto ao aprofundamento da compreens�o o que concerne aos fatores que d�o contorno ao constructo. Inobstante haver pesquisas sugerindo que n�o h� consenso sobre o conceito de empreendedorismo (MORAIS et al., 2016; BURG; ROMME, 2014; ZAHRA; WRIGHT, 2011; SHORT et al., 2010), indicadores apontam que o campo de pesquisa sobre a mat�ria tem evolu�do nos �ltimos anos (LANDSTR�M; HARIRCHI, 2018). Embora considerando a polissemia do termo (GUIMAR�ES et al., 2021), a partir da constata��o da diversidade da origem e da din�mica corrente para a forma��o do esp�rito empreendedor, h� o reconhecimento de que a Educa��o Empreendedora (KURATKO, 2005; GUIMAR�ES; SANTOS, 2020; MATOS et al., 2020) contribui substancialmente para a constru��o de modelos que estimulam o discente a pensar na possibilidade de enveredar no segmento empreendedor.

No Brasil, estudos acerca do empreendedorismo se tornaram um importante e f�rtil campo das investiga��es cient�ficas a partir dos anos 2000 (BARRAL; RIBEIRO; CANEVER, 2018). Cabe ressaltar que estes estudos t�m destacada relev�ncia, uma vez que podem influenciar na gera��o de novos empreendimentos, especialmente em pa�ses emergentes, representando, por assim dizer, fator fundamental para impulsionar a economia de uma na��o. Adicionalmente, o empreendedorismo tem contribu�do para “[…] a cria��o de oportunidades de emprego, bem como o aumento de compet�ncias e produtividade para permitir que as popula��es carentes n�o apenas participem como clientes em potencial, mas tamb�m como fornecedores e produtores” (ROSCA; AGARWAL; BREM, 2020, p. 1).

Tendo em vista a admiss�o deste processo evolutivo, conferindo que, de fato, o empreendedorismo contribui para o desenvolvimento social e econ�mico regional e, por vezes, nacional, especialmente em cen�rios de crise, como o vivenciado pela COVID-19 (VINHAS; LOPES, 2021), invariavelmente o sistema empreendedor se expressa como alternativa resultante de situa��es emergentes e inesperadas, tanto quanto por meio de estruturado mecanismo de an�lise cr�tica, vis�o acurada, riscos estrategicamente calculados, inova��o disruptiva e capta��o ou cria��o de oportunidades. Para tanto, em se tratando da imers�o no universo empreendedor a partir de fundamentos t�cnico-te�ricos, a Educa��o Empreendedora surge como processo eficaz na tentativa de estabelecer um marco did�tico-pedag�gico com vistas a estimular a cultura empreendedora, a qual contribui para um ambiente sadio que permite o rompimento de paradigmas e a orienta��o para um comportamento empreendedor (McCLELLAND, 2010), capaz de seduzir os estudantes a compreenderem o seu papel no contexto socioecon�mico local.

Portanto, surgiu a necessidade de analisar o tema sob a perspectiva da Educa��o Empreendedora, considerando que no ambiente universit�rio h� uma processo crescente e sistematizado na abordagem, tendo em vista que n�o apenas nos Cursos de Bacharelado em Administra��o, mas tamb�m em outras Gradua��es – Bacharelados e Licenciaturas – (TROTTE et al., 2021) o empreendedorismo tem se tornado objeto de pr�ticas e metodologias docentes, com o fito de prover os graduandos e egressos de condi��es capazes de permitir o ingresso no segmento, tendo como mola propulsora um conjunto de atributos composto de conhecimentos, habilidades, atitudes, valores e �tica – CHAVE. Como sinalizam

Silveira, Nascimento e Riboldi (2018), as institui��es de ensino representam espa�os que conseguem habilitar e forjar as compet�ncias dos estudantes, promovendo nestes a capacidade de apreender o seu papel na composi��o das rela��es sociais, econ�micas, pol�ticas e culturais, contribuindo para o desenvolvimento regional.

Assim, fixando o objetivo do estudo como ponto de partida – descrever como os estudantes de Administra��o percebem e avaliam a Educa��o Empreendedora no processo de forma��o acad�mica – a presente pesquisa tenta desvelar, nas falas dos participantes, se h� influ�ncia do docente quanto � forma��o empreendedora discente, e tamb�m compreender se a prepara��o e a habilita��o do docente podem contribuir para a propens�o ao empreendedorismo na �tica dos participantes do estudo.

Neste aspecto, � relevante contextualizar a abrang�ncia do papel do docente para a forma��o do esp�rito empreendedor. Na vis�o de Greatti e Previdelli, (2004, p. 8),

[...] muitas vezes, � o desemprego e at� mesmo a vontade de deixar de ser empregado que leva o indiv�duo a montar seu pr�prio neg�cio. A ambi��o e a necessidade de “subir na vida” s�o vari�veis que contribuem para isso. Entretanto, para entrar em uma nova atividade, o futuro empres�rio necessita de alguns requisitos que s�o imprescind�veis para quem pretende empreender: conhecimento do ramo do neg�cio que pretende assumir, aptid�es empresariais e sensibilidade administrativa, capacidade de planejamento, capacidade de identificar e conviver com os riscos, entre outras caracter�sticas que em conjunto formam o perfil do empreendedor.

Para superar o desafio de capacitar e qualificar os estudantes de Gradua��o, preparando-os para atuar eficazmente no campo profissional, as Institui��es de Ensino Superior – IES precisam estabelecer diretrizes e pol�ticas consistentes, recorrer a professores preparados e estruturar o espa�o acad�mico – Empresa J�nior, laborat�rios de inform�tica, biblioteca robusta de t�tulos na �rea – a fim de construir um ambiente prop�cio ao empreendedorismo. Muitas IES t�m atuado fortemente na forma��o de jovens para o universo empreendedor, promovendo a forja de idealistas empresariais, isto �, estudantes que tencionam criar as suas pr�prias empresas, a partir das ideias desenvolvidas no espa�o acad�mico. A did�tica desenvolvida pelo professor com o prop�sito de explorar as possibilidades de inova��o, de cogni��o e de percep��o do graduando, consubstancia um ambiente universit�rio capaz de induzir os estudantes a conceberem solu��es para o mercado (O’REILLY; ROBBINS; SCANLAN , 2019).

Estudos desenvolvidos por Garcia et al. (2012) comprovam este exemplo: que as possibilidades de abrir um neg�cio se ampliam quando o estudante reconhece as a��es efetivas dos professores na viabiliza��o de seus projetos profissionais e pessoais. Sob uma perspectiva similar, Paiva, Lima e Rebou�as (2021) afirmam que o modelo adotado pelas universidades influencia diretamente a inten��o empreendedora dos estudantes, concluindo, a partir das vari�veis exploradas na pesquisa, que v�rios s�o os fatores que determinam a inten��o em empreender a partir dos legados did�tico-pedag�gicos adotados pela IES.

A partir de um estudo cient�fico, cujo prop�sito foi relacionar o impacto da Educa��o Superior na inten��o do graduando em empreender, Passaro, Quinto e Thomas (2018) afirmam que caracter�sticas espec�ficas da Educa��o Empreendedora s�o os fatores-chave para o desenvolvimento da inten��o empreendedora (ZHANG; WANG; OWEN, 2015), assim como na elabora��o do capital humano, destacando o papel da Educa��o Empreendedora tanto para os estudantes – os quais os autores chamam de primeira miss�o – como para os aspirantes a empres�rios – denominados de terceira miss�o – visando ao est�mulo destes na meta de promover a inten��o empreendedora no ambiente acad�mico. Em outra frente, h� estudos que indicam a import�ncia do empreendedorismo e da Educa��o Empreendedora na forma��o de servidores p�blicos (ARNOLD; 2019). Conforme desvelou a pesquisa de Paula Neto, Emmendoerfer e Corr�a (2020), os resultados apontaram uma:

Configura��o de diretrizes de educa��o para o empreendedorismo no setor p�blico pautada nos construtos do contexto (macro, meso e micro), no perfil do servidor (aluno), na educa��o empreendedora, no marco jur�dico e regulat�rio, na adequa��o da infraestrutura e na compet�ncia do facilitador (professor) (PAULA NETO; EMMENDOERFER; CORR�A, 2020, p. 405)

No pr�ximo cap�tulo, ser�o discutidos os conceitos e as imbrica��es relacionados ao empreendedorismo, � Educa��o Empreendedora (EE) e � autonomia do sujeito a partir da imers�o no universo empreendedor – educa��o formal e atua��o em campo –, cujos debates avan�am em dire��o a uma composi��o densa do papel da academia na constru��o de modelos did�tico-pedag�gicos capazes de fomentar a participa��o estimulante e de transformar os graduandos em protagonistas no processo de ensino-aprendizagem no campo sob an�lise.

Referencial Te�rico

Breves apontamentos sobre o Empreendedorismo

O empreendedorismo abrange um conjunto de acontecimentos que se relacionam � pr�tica de empreendedores, os quais auxiliam na compreens�o do progresso e nas particularidades de seus neg�cios. Quando se aborda o tema empreendedorismo, remete-se � ideia de um conjunto de costumes, de atitudes e de pr�ticas que constitui e delimita conceitualmente todas as possibilidades de manifesta��o. O empreendedorismo � uma demanda t�o urgente quanto a necessidade de desenvolver a dimens�o econ�mica de um pa�s, por esta raz�o, inicialmente, os empreendedores foram vinculados �s Ci�ncias Econ�micas. Posteriormente, o empreendedorismo foi justificado a partir de uma perspectiva comportamental do indiv�duo (McCLELLAND, 2010). De todo modo, era corrente que criar e potencializar novos neg�cios, desenvolvendo meios que permitissem a gera��o de lucro era tido como uma a��o conduzida por um economista (WERLANG; FAVRETTO; FLACH, 2017).

Atualmente, o empreendedorismo � uma ci�ncia com mais de 80 anos, a qual tem evolu�do rapidamente em v�rios pa�ses, avan�ando a partir de uma forte base emp�rica e te�rica. Neste aspecto, a figura do empreendedor pode ser vista como um criador: aquele que transforma uma troca em potencial em uma troca real, aquele sem o qual a transa��o poderia nunca ocorrer (ARA�JO et al. 2005). A habilidade de cria��o de novos empreendimentos depende do est�mulo de cada empreendedor, ou seja, o importante � que esteja em permanente busca pelo �xito do neg�cio. Al�m de tudo � de suma import�ncia que os empreendedores contem com variadas habilidades sociais, abrangendo uma consistente bagagem de compet�ncias empreendedoras. Com efeito, o componente comportamental � essencial no processo de forma��o do sujeito empreendedor e representa um elo significativo no desenvolvimento do marco empreendedor na atualidade. Ou seja, n�o basta estar preparado, � preciso ter atitude firme para tornar a ideia ou a oportunidade em algo cristalino. A execu��o da ideia do neg�cio, neste particular, torna-se a raz�o de ser da oportunidade.

Assim, fica claro que o ponto forte de um empreendedor �, al�m da atitude, o seu conhecimento, cujas ramifica��es para o sucesso perpassam por um sistem�tico processo de aprendizado e rearranjo cognitivo, a fim de se colocar sempre na frente dos concorrentes, garantindo uma melhor prepara��o para atuar com firmeza no mercado econ�mico (ZAMPIER; TAKAHASHI; TEIXEIRA, 2011). Sob o contexto da forma��o empreendedora no ambiente acad�mico, o comportamento esperado do estudante vai ao encontro dos conhecimentos, habilidades e atitudes que comp�em o sujeito empreendedor, conforme acentuam Rocha e Freitas (2014), acrescidos dos valores e do componente �tico na consagra��o dos pilares que sustentam a iniciativa empreendedora.

Neste movimento, o ensino do empreendedorismo, como processo formativo do estudante, precisa impulsionar formatos que permitam estimul�-lo a pensar nas possibilidades reais de atuar no segmento. Assim desenvolvido, o ambiente acad�mico constituir� um l�cus diferenciado, onde ser� poss�vel construir caminhos para a abertura de novos neg�cios e tamb�m a propositura de pol�ticas p�blicas que incrementem o ingresso das pessoas no empreendedorismo e que, nesta seara, desenvolva mecanismos para gerar emprego e renda, etc. Por outro lado, a dificuldade de acesso ao capital e o excesso de burocracia imp�em barreiras para o desenvolvimento de novos empreendimentos, o que pode afugentar muitas das promessas de transforma��o da realidade socioecon�mica local.

Diante desta realidade, as institui��es de ensino devem oferecer as oportunidades necess�rias para o aprendizado dos alunos, as quais precisam promover a inten��o em empreender, utilizando formatos pedag�gicos modernos que transportem os estudantes para o universo de possibilidades, n�o obstante as limita��es que s�o impostas pelas condi��es tribut�rias, fiscais e econ�micas atuais.

Nos estudos sobre empreendedorismo, as caracter�sticas do empreendedor � um dos temas centrais. No entanto, uma defini��o de empreendedor que parece ser mais compreensiva � “a pessoa que conduz o processo de cria��o de riqueza e de agrega��o de valor atrav�s do desenvolvimento de ideias, da obten��o e aloca��o de recursos e da realiza��o de coisas - fazendo as coisas acontecerem” (ARA�JO et al., 2005). No Quadro 1 constam algumas caracter�sticas de empreendedores de sucesso que se destacam no estudo de Ara�jo et al. (2005).

Quadro 1 –

Algumas caracter�sticas de empreendedores de sucesso

● Vision�rios, cultivam a imagina��o e aprendem a definir vis�es;
● Senso de oportunidade, explorar ao m�ximo as oportunidades;
● Otimistas e apaixonados pelo que fazem, sonhadores realistas que traduzem pensamentos em a��o;
● Formam as redes de contatos e as utilizam intensamente para alcan�ar os objetivos;
● Criam valor para a sociedade.

Fonte: Ara�jo et al., 2005, p. 20.

Segundo a teoria vision�ria de Filion (1999), tamb�m analisada no artigo de Ara�jo et al. (2005), o empreendedor � uma pessoa que tem a capacidade de imaginar, fomentar e construir vis�es, desenvolver a energia, a lideran�a e o conhecimento de um determinado setor, al�m de ser capaz de formar um sistema de rela��es sociais, pol�ticas, econ�micas e culturais, como forma de ampliar as possibilidade de sucesso. Neste aspecto, o envolvimento com as nuances da educa��o formal se torna relevantes para uma melhor compreens�o da din�mica empreendedora.

Por outro lado – e isto importa considerar para conceber o devido espa�o a quem pensa de forma diversa – h� correntes que entendem o universo empreendedor apenas como um modelo, cujo efeito direto � a fragiliza��o nas rela��es de trabalho, uma utopia, portanto, na medida em que desconsidera o processo hist�rico-social-dial�tico do indiv�duo e, adicionalmente, adota um recorrente discurso de est�mulo � conquista, ao �xito e ao enriquecimento material pela a��o her�ica de poucos (COSTA; BARROS; MARTINS, 2012). Ou seja, n�o se trata de uma constru��o em escala, sociologicamente falando, mas a implementa��o de medidas paliativas e de pouco alcance pr�tico, porque apenas poucos se superam, quando se deparam com a dif�cil jornada de enfrentamento �s desigualdades sociais, culturais, �tnicas e econ�micas que persistem no pa�s.

Na mesma linhagem conceitual de Costa, Barros e Martins (2012), pensam Carmo et al. (2021), para quem os discursos que remetem ao empreendedorismo s�o deposit�rios da ideologia neoliberal, as quais n�o consideram, na voz dos autores, as implica��es sociol�gicas que o modelo capitalista imp�e �s pessoas, assim como n�o contemplam uma an�lise mais cr�tica acerca das repercuss�es que o sistema – envolvente, midi�tico, acess�vel e libert�rio – provoca no ambiente social de uma regi�o, muito em raz�o dos modismos gerenciais da modernidade.

Entendem os autores (CARMO et al., 2021) que o empreendedorismo e, como reflexo, a Educa��o Empreendedora (EE), n�o consideram valores e costumes sociais historicamente estruturados e, portanto, n�o podem ser apontados como a salva��o dos problemas econ�micos e sociais do mundo moderno, nem podem ser o caminho exitoso e seguro no processo de migra��o do desemprego ao sucesso empresarial. Para os autores, o empreendedorismo se dissemina “[…] por meio de discursos, imperativos e normas de conduta, acaba por naturalizar sua forma de domina��o. A racionalidade neoliberal destr�i regras, institui��es e direitos para produzir certas formas de viver e de se relacionar com os outros e, por meio disso, fabricar um novo sujeito” (CARMO et al., 2021, p. 19-20).

De todo modo, aqui se entende o empreendedorismo como um instrumento leg�timo de transforma��o e de mudan�a socioecon�mica do sujeito – emancipado ou ainda n�o – a partir da convic��o de que uma educa��o universit�ria – inclusiva socialmente, gratuita em toda a sua extens�o formativa e abrangente nos aspectos relacionados � etnicidade do homem brasileiro – voltada para a ado��o de desenhos pedag�gicos ativos, integrativos, solid�rios e participativos no campo do empreendedorismo promovem a autonomia do sujeito, torna-o emancipado criticamente, estimula-o permanentemente � ades�o de movimentos revolucion�rios e vision�rios no campo e permitem que, desprendido e deliberadamente, tome as decis�es que entender necess�rias para conduzir o seu destino. Assim, a Educa��o Empreendedora (EE) se torna uma a��o relevante na forma��o do gestor contempor�neo, a despeito das incont�veis cr�ticas que s�o feitas visando a justificar a eventual aus�ncia de pol�ticas p�blicas que deveriam proporcionar renda e emprego para todos.

Fun��o da Educa��o Empreendedora (EE) na Forma��o do Administrador

O interesse pela Educa��o Empreendedora teve um crescimento na �ltima d�cada e com as pesquisas realizadas sobre o tema foi poss�vel perceber novas formas de contribui��o para o desenvolvimento do indiv�duo empreendedor, sendo as universidades um local importante para a dissemina��o de uma cultura empreendedora que seja integrada, interdisciplinar e transversal (SCHAEFER; MINELLO, 2016; IPIRANGA; FREITAS; PAIVA, 2010). Estudos demonstram que a Educa��o Empreendedora pode representar “[…] um esfor�o para impulsionar o esp�rito empreendedor, projetar instrumentos de pol�tica eficazes e, em �ltima an�lise, melhorar o bem-estar da sociedade”, conforme entende Fellnhofer (2019, p. 28), em ampla pesquisa bibliom�trica realizada.

Andrade J�nior e Sato (2019) apontam que a Educa��o Empreendedora pode contribuir para o desenvolvimento de compet�ncias e habilidades comportamentais que podem ajudar na identifica��o de oportunidades de neg�cios. Com os m�todos da Educa��o Empreendedora que levam os estudantes a vivenciarem experi�ncias empreendedoras reais, seria poss�vel aprimorar as suas habilidades tornando-os mais aptos e preparados para a cria��o de novos empreendimentos no futuro. Andrade J�nior e Sato (2019) tamb�m citam que a Educa��o Empreendedora pode melhorar a capacidade de fazer an�lises, de resolver problemas individuais e de revelar o potencial empreendedor, cujos fatores podem impactar todas as atividades do dia a dia.

Para Oliveira, Melo e Muylder (2016, p. 37) “al�m do desenvolvimento do empreendedorismo tradicional, voltado para a cria��o, abertura e gest�o de novos neg�cios, a Educa��o Empreendedora deve abranger o empreendedorismo e a inova��o social, que possuem foco em alcan�ar tamb�m resultados e benef�cios que contribuam com a esfera social, econ�mica e cultural”. Na vis�o de Dolabela e Filion (2013), a Educa��o Empreendedora deve colocar o desejo de contribuir socialmente e deve aumentar mais do que antes o empreendedorismo humanit�rio em neg�cios com ou sem fins lucrativos. Andrade J�nior e Sato (2019), pontuam que a Educa��o Empreendedora al�m de ser importante para os empreendedores pode ajudar na gera��o de valor, tecnologia e inova��o dos pa�ses.

Adicionalmente, Schaefer e Minello (2016, p. 77) afirmam que “A Educa��o Empreendedora possui uma natureza e especificidades pr�prias que a distinguem dos modelos tradicionais de ensino. Sua �nfase est� no processo de aprendizagem do aluno, com foco na a��o e no aprender a aprender”. Na Educa��o Empreendedora, s�o utilizadas novas metodologias e instrumentos de ensino que al�m das li��es te�ricas em sala de aula v�o ser aliadas tamb�m no que diz respeito �s abordagens pr�ticas, as quais permitem aos alunos ter experi�ncias mais reais, interativas e din�micas (SCHAEFER; MINELLO, 2016). Os autores comentam que:

Para al�m das salas de aula e laborat�rios pr�ticos, a Educa��o Empreendedora complementa se por meio de atividades extracurriculares como incubadoras de empresa e parques tecnol�gicos, empresas juniores, c�lulas empreendedoras, clubes e centros de empreendedorismo, competi��es e eventos relacionados �s pr�ticas empreendedoras, parcerias com empreendedores, arranjos produtivos, cooperativas e organiza��es do terceiro setor, al�m da liga��o com os centros de pesquisa e transfer�ncia de tecnologia, envolvendo desse modo as diferentes dimens�es de uma institui��o de ensino superior definida como universidade empreendedora (SCHAEFER; MINELLO, 2016, p. 78).

Algumas caracter�sticas e elementos da Educa��o Empreendedora podem ser conferidos na Figura 1.

A importância da educação empreendedora para solucionar o desemprego no país

Figura 1 -
Caracter�sticas da Educa��o Empreendedora
Fonte: Schaefer; Minello, 2016, p. 77.

Como exposto na Figura 1, na Educa��o Empreendedora os professores assumem um novo papel, s�o facilitadores e apoiam os alunos a aprenderem novas formas de pensar, n�o atuando simplesmente como reposit�rios de conte�dos enviados aos alunos. Precisam, enfim, forjar os estudantes a pensarem como empreendedores (DOLABELA; FILION, 2013). Schaefer e Minello (2016) complementam que ao assumir esse papel, o professor combinar� os objetivos do aprendizado de acordo com os desejos e metas definidos pelos alunos e que para esse novo papel � conveniente os professores terem uma forma��o acad�mica aliada �s experi�ncias profissionais, pr�ticas no empreendedorismo e tamb�m possu�rem um perfil vision�rio, sonhador e assertivo.

Conv�m pontuar que na leitura de Fellnhofer (2019, p. 29), empreendedorismo “[…] � um conceito mais amplo que compreende o desenvolvimento das qualidades pessoais, atitudes e habilidades cruciais para o empreendedorismo e o outro [Educa��o Empreendedora] � dedicado a treinamento espec�fico para estrutura��o do empreendimento […]”, da� se depreendendo a import�ncia do papel do professor na condu��o cir�rgica dos procedimentos did�tico-pedag�gicos com vistas a fomentar o esp�rito empreendedor dos estudantes. Nesta era digital, especialmente, novos modelos de media��o pedag�gica precisam ser estruturados, � luz do contexto societ�rio contempor�neo, notadamente em raz�o da forte imers�o da mulher no universo empreendedor (UGHETTO et al., 2020; CRITTENDEN; CRITTENDEN; AJJAN, 2019; MELO; SILVA; ALMEIDA, 2019; BRESCOLL, 2016; BRUSH et al., 2019; WINKLER; MEDEIROS, 2012; TEIXEIRA; BOMFIM, 2016).

De acordo com Schaefer e Minello (2016), o aluno assume o papel principal no processo de aprendizagem. Como protagonista neste processo, � quem procura o conhecimento e a autodetermina��o para alcan�ar a sua autonomia (ZHANG; WANG; OWEN, 2015), busca o saber e o fazer empreendedor, assim como procura buscar um autodirecionamento visando a desenvolver as habilidades e compet�ncias do sujeito empreendedor. O ser empreendedor n�o � somente um ac�mulo de conhecimentos, mas um indiv�duo que re�ne um conjunto de valores, atitudes, comportamentos, boa capacidade de percep��o de si e da realidade, acurada intui��o para correr riscos, vis�o inovadora, senso de organiza��o, sensibilidade para conseguir tirar proveito das situa��es e, tamb�m, entender e aprender com os erros, tendo resili�ncia diante de momentos bons ou ruins (SCHAEFER; MINELLO, 2016).

� importante destacar que os encontros cient�ficos – regionais, nacionais e internacionais – no �mbito da Gradua��o e da P�s-Gradua��o em Administra��o, t�m se configurado em l�cus privilegiados para a discuss�o do ensino do empreendedorismo no Brasil. Neste sentido, estes eventos se transformam em espa�os para o avan�o das discuss�es sobre a tem�tica, formando uma ampla teia acad�mica que envolve a Educa��o Empreendedora e a Ci�ncia da Administra��o desde o seu princ�pio (RIBEIRO; OLIVEIRA; ARA�JO, 2014). Para Rocha e Freitas (2014) a inclus�o do ensino de empreendedorismo em associa��o com o ensino de Administra��o pode ser um fator positivo, j� que alguns tra�os do perfil do empreendedor tamb�m s�o trabalhados na forma��o do perfil do administrador.

Em raz�o de diversas mudan�as que t�m ocorrido no mercado de trabalho, o novo modelo de emprego tem exigido dos indiv�duos caracter�sticas que antes n�o eram cobradas e que, atualmente, s�o fundamentais para se alcan�ar os resultados que as organiza��es almejam. Dito isto, observa-se que a Educa��o Empreendedora tem import�ncia no contexto de variados cursos e forma��es, e mais especificamente para o Curso de Administra��o (OLIVEIRA; MELO; MUYLDER, 2016). O ensino do empreendedorismo utilizando boas pr�ticas did�tico-pedag�gicas ajuda a formar administradores capazes de gerenciar grandes organiza��es, buscando inova��es e formas de alcan�ar resultados que permitam o crescimento das empresas em que trabalham, como tamb�m com compet�ncias para abrir um empreendimento (HENRIQUE; CUNHA, 2008). Garcia et al. (2012) destacam o papel das universidades na propens�o dos estudantes em constituir empresas.

Em um estudo realizado por Kalyoncuoğlu, Aydıntan e G�ksel (2017) verificou-se que houve um aumento significativo nas inten��es empreendedoras dos alunos que recebem a educa��o para o empreendedorismo, o que mostra que a educa��o pode aumentar o interesse de um discente universit�rio desenvolver o esp�rito empreendedor. Percebeu-se tamb�m que a Educa��o Empreendedora pode aumentar a perseveran�a, a determina��o, diminuir os medos de como administrar os pr�prios neg�cios, al�m disso, aumenta a inova��o e a a��o da inten��o empreendedora. Nesse sentido, Vieira et al. (2013) afirmam que:

As Institui��es de Ensino Superior precisam estar voltadas para a forma��o de profissionais que, al�m do conhecimento t�cnico e te�rico, sejam capazes de lidar com os diversos atores da sociedade, como governo, empresas, consumidores e entidades sociais. � justamente nesse ponto que a Educa��o Empreendedora parece surgir como solu��o para o desenvolvimento em v�rios n�veis (VIEIRA et. al., 2013, p. 100).

De acordo com Lucena, Centuri�n e Valad�o (2014) � relevante educar os profissionais da �rea da Administra��o para que, com as compet�ncias adquiridas – te�rica e praticamente – tornem-se aptos a atuar de forma t�cnica e social, com um ponto de vista institucional nos setores da economia – ind�stria, com�rcio, servi�os, agroneg�cio. A Educa��o Empreendedora tem como prop�sito a constru��o sistem�tica de um processo de ensino que associa teoria � pr�tica, o qual contribui para melhorar a forma��o dos futuros profissionais e aspirantes a empres�rios. Dito isto, reconhece-se a sua relev�ncia na forma��o do administrador, pois muitas caracter�sticas necess�rias ao empreendedor tamb�m s�o requeridas ao administrador e, assim, a educa��o contribui para formar um profissional com habilidades e compet�ncias, tanto para atuar nas organiza��es quanto para enveredar em empreendimentos pr�prios.

Papel da Educa��o Empreendedora (EE) como Instrumento de Est�mulo � Autonomia

Inobstante a sua incipi�ncia epistemol�gica, reconhece-se o crescimento do interesse pela Educa��o Empreendedora nos �ltimos anos, estimulando estudos sobre novas abordagens pr�ticas e te�ricas, bem como novos m�todos implementados visando � formata��o do esp�rito empreendedor. Ultimamente, pesquisas sobre empreendedorismo avan�aram em termos de visibilidade e import�ncia, por�m o tema da Educa��o Empreendedora ainda carece de uma discuss�o mais s�lida, que auxilie no seu amadurecimento, norteamento e dissemina��o de forma mais eficaz (ROCHA; FREITAS, 2014; SCHAEFER; MINELLO, 2017).

Para que sejam definidos modelos capazes de preparar os estudantes com conhecimentos e habilidades exigidos para desenvolver a atividade empreendedora � necess�rio o uso apropriado de metodologias ativas de ensino-aprendizagem (SILVA; PENA, 2017; ARA�JO; DAVEL, 2019). Filion e Lima (2010) notaram que o indiv�duo empreendedor deve ser preparado para a a��o e que suas caracter�sticas e necessidades de forma��o exigem particularidades no sistema de ensino voltado � a��o empreendedora (FILION; LIMA, 2010; SCHAEFER; MINELLO, 2019).

Mesmo reconhecendo que “A maioria dos programas de n�vel universit�rio s�o destinados para aumentar a consci�ncia empreendedora e preparar os aspirantes a empreendedores” (BAE et al., 2014), � importante destacar o que defende Dolabela (2003), para quem a Educa��o Empreendedora deve iniciar nos primeiros anos da educa��o b�sica, precisamente porque � o per�odo em que se inicia a forma��o da cultura do indiv�duo, a qual tem o poder de induzir ou inibir a capacidade empreendedora. Para isso, Dolabela e Filion (2013) destacam que � necess�rio haver uma mudan�a radical em rela��o aos m�todos tradicionais de ensino, havendo uma aprendizagem centrada no aluno, ao inv�s de ser no professor, promovendo o protagonismo do aluno, o qual ser� capaz de pensar e agir de modo independente e proativo.

O relevo e a repercuss�o pragm�tica da Educa��o Empreendedora se desvela na medida em que enfoca a experi�ncia como uma viv�ncia, na qual o indiv�duo interage com o meio em que est� inserido, desenvolvendo habilidades pessoais, aprendendo com as suas a��es e participando de situa��es do cotidiano, tornando-se uma pessoa melhor, mais assertiva, detentora de dom�nios decis�rios e competente. Na pr�tica mediada pelo professor, para al�m da mera transposi��o did�tica, ser� poss�vel ao graduando apreender novos significados, compreender a din�mica concorrencial, atentar-se para os modelos negociais e estrat�gicos utilizados pelas empresas, assimilar a import�ncia da �tica no contexto empresarial, reconhecer novas formas de entender o p�blico-alvo, desenvolver novas possibilidades e oportunidades de neg�cio, desconstruir paradigmas econ�micos, construir modelos mentais avan�ados e conectados com a Era Digital, atentar para a engenharia social que se estabelece no espectro empreendedor, evoluir com a intensidade e com a densidade das simula��es, criar consci�ncia sobre os desafios que precisam ser enfrentados, assumir riscos inerentes aos projetos elaborados, imergir com ousadia e destemor no mundo dos neg�cios, entre outros aspectos conectados com a atitude empreendedora.

Considerando esta concep��o de experi�ncia, os estudantes podem ter uma compreens�o mais ampla, em que o empreendedorismo envolve os neg�cios e a vida para al�m dos neg�cios. Ou seja, a experi�ncia ultrapassa as simula��es e experimentos controlados em sala de aula. Esta apreens�o ajuda a avan�ar no entendimento do ensino e da aprendizagem do empreendedorismo. (ARA�JO; DAVEL, 2019). Segundo Schaefer e Minello (2020) na Educa��o Empreendedora o aluno � quem desenvolve as a��es, tomando suas pr�prias atitudes. Ao inv�s de esperar s� pelo professor, o aluno tem toda autonomia para realizar atividades a partir de estrat�gias did�ticas culminadas com a ado��o de pr�ticas prototipadas.

Com efeito, por meio da aprendizagem experiencial, da resolu��o de problemas, do incentivo � idealiza��o, da participa��o em desafios e da conviv�ncia em cont�nuos processos de a��o e de reflex�o pela experi�ncia vivenciada, o aluno constantemente � encorajado a assumir responsabilidades e autodirigir a sua forma��o (SILVA; PENA, 2017). Neste percurso, os alunos passam a desenvolver a pr�pria autonomia, descobrir naturalmente as suas tend�ncias, interesses e inclina��es. Segundo os resultados obtidos no estudo conduzido por Schaefer e Minello (2020), � consider�vel como prioridade no processo de aprendizagem que o aluno aprenda por si s�, que no processo de aprendizagem o professor opte por sempre deixar que o aluno chegue �s suas pr�prias conclus�es, ao inv�s de dar as respostas diretamente a eles. Sem d�vida, isto faz com que os alunos coloquem em pr�tica a sua criatividade, seja por meio de atividades, din�micas ou discuss�es em sala de aula, alcan�ando as respostas pelo pr�prio entendimento e m�rito.

Andrade Junior e Sato (2019) mencionam que a Educa��o Empreendedora pode possibilitar um aumento da capacidade anal�tica e da resolu��o de problemas do indiv�duo e potencial futuro empreendedor, as quais podem impactar em todas as suas atividades di�rias, como na gest�o do or�amento familiar. Segundo Barbosa et al. (2020) a Educa��o Empreendedora promove a criatividade e a aprendizagem, torna os empreendedores capazes de usar o conhecimento existente para abordar os problemas e, consequentemente, encontrar diferentes solu��es. � esperado que empreendedores possuam um comportamento mais individualista, tendo em vista que, muitas vezes, operam com menos acesso � prote��o legal e com pouca margem financeira, devido � limita��o de recursos (BARBOSA et.al. 2020).

Segundo Lizote et. al (2020), � preciso formar pessoas que sejam mais aut�nomas, criativas e capazes de liderar a partir do desenvolvimento de suas compet�ncias. Barbosa et al. (2020), por sua vez, enfatizam que quando a Educa��o Empreendedora promove a criatividade dos estudantes, torna-os capazes de usar o conhecimento existente para abordar os problemas e, consequentemente, encontrar diferentes solu��es. Para Marcon, Silveira e Frizon (2021), a atitude a respeito do comportamento empreendedor refere-se ao grau em que a pessoa realiza uma avalia��o positiva ou negativa do comportamento.

Assim, de acordo com Sousa (2020), uma atitude favor�vel estar� associada a uma maior inten��o de agir, ou seja, a propens�o ao empreendedorismo tem estreita rela��o com o est�mulo promovido e, tamb�m, com o desejo do sujeito em realizar uma revers�o da situa��o, por meio de um comportamento ativo e assertivo e esta possibilidade, conforme apontam os estudos de Cortez e Veiga (2019), pode ser constru�da em qualquer campo do conhecimento, n�o apenas na �rea da Administra��o.

Procedimentos Metodol�gicos

O presente estudo foi desenvolvido com o objetivo de descrever como os alunos dos per�odos 7� e 8� e os egressos do Curso de Administra��o do Campus Am�lcar Ferreira Sobral, instalado na cidade de Floriano, percebem e avaliam a Educa��o Empreendedora no processo de forma��o acad�mica. A ideia central � desvelar como estes alunos caracterizam e definem a rela��o ensino-aprendizagem no contexto do empreendedorismo.

A op��o por pesquisar os discentes do dois �ltimos per�odos letivos do Curso (Bacharelado com 4 anos de dura��o) e de um grupo de egressos se justifica face � disciplina Empreendedorismo, com carga hor�ria de 90 (noventa) horas, ser ofertada no 7� per�odo do Curso de Administra��o e, portanto, o p�blico-alvo do estudo j� teria maturidade para apreender a din�mica da disciplina, compreender as estrat�gias de media��o pedag�gica e uma poss�vel propens�o ao empreendedorismo.

A pesquisa tem abordagem quantitativa e natureza descritiva. Para Richardson (2010, p. 146), um estudo descritivo, com o uso da t�cnica de levantamento, tem “[…] o prop�sito de fazer afirma��es para descrever aspectos de uma popula��o ou analisar a distribui��o de determinadas caracter�sticas ou atributos”. Cooper e Schindler (2011, p. 153) afirmam que o objetivo de um estudo desta natureza � descrever “[…] fen�menos ou caracter�sticas associadas com a popula��o-alvo”.

Como instrumento de coleta dos dados, em raz�o da perman�ncia da COVID-19 que implicou no isolamento social e, portanto, na realiza��o das atividades acad�micas apenas por meio de canais remotos, impedindo que as entrevistas fossem realizadas de forma presencial, o presente estudo utilizou a ferramenta Google Forms, com o uso da Escala de Intensidade Likert de 5 pontos, sendo: 1 para Discordo Totalmente; 2 para Discordo Parcialmente; 3 para Indiferente/neutro; 4 para Concordo Parcialmente, e 5 para Concordo totalmente.

O marco anal�tico � composto 4 constructos, assim dividido: a) No��es de Empreendedorismo (com 6 vari�veis); b) Perfil Empreendedor (com 8 vari�veis); c) Educa��o Empreendedora (com 7 vari�veis), e d) Ensino de Empreendedorismo (com 11 vari�veis), totalizando 32 afirma��es, sendo 29 assertivas submetidas � an�lise de intensidade e 3 assertivas sob condi��o dicot�mica (quest�o fechada).

A pesquisa de campo foi realizada no per�odo de abril a agosto de 2021, com 29 alunos do 7� per�odo, 23 alunos do 8� per�odo e 141 egressos do mencionado curso, estes formados a partir do per�odo letivo 2017.1 conforme o Quadro 2.

Quadro 2 –

Participantes da pesquisa

Per�odo letivo Contingente Respondentes Taxa de resposta
7� (2020.2 – Ensino Remoto) 29 13 44,82%
8� (2020.2 – Ensino Remoto) 23 7 30,43%
Egressos (a partir do per�odo 2017.1) 141 23 16,31%
N�meros agregados 193 43 22,27%

Fonte: Dados da pesquisa, 2021.

Importa mencionar que o estudo � composto por uma amostra por conveni�ncia e n�o probabil�stica e que todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre Esclarecido – TCLE, o qual capeou o formul�rio encaminhado, ocasi�o em que foi apresentado e explicado aos participantes o prop�sito do estudo, de cunho meramente acad�mico, sendo assegurado o sigilo das respostas.

An�lise, Interpreta��o e Contribui��o dos Achados

Com o prop�sito de desvelar como percebem e como avaliam a Educa��o Empreendedora no processo de forma��o acad�mica e em que medida esta rela��o ensino-aprendizagem pode contribuir na decis�o pessoal em empreender, os autores constru�ram algumas assertivas, que est�o dispostas no Quadro 3.

Quadro 3 –

Respostas ao question�rio

NO��ES DE EMPREENDEDORISMO
ASSERTIVAS DT DP N CP CT
O insucesso pode levar a uma oportunidade valiosa para o aprendizado do empreendedor levando-o a obter informa��es e conhecimento 7,0% 0% 2,3% 46,5% 44,2%
O empreendedorismo contribui para a sociedade em aspectos sociais, culturais e econ�micos. 4,7% 0% 0% 2.3% 93,0%
� fato conhecido que empreendedores que n�o possuem nenhum conhecimento pr�vio em gest�o t�m mais dificuldades para gerir suas empresas. 11,6% 7,0% 2,3% 44,2% 34,9%
Empreendedores criam valor para a sociedade. 4,6% 0% 0% 14% 81,4%
No Brasil h� muitos produtos, servi�os de baixa qualidade e nichos que ainda n�o foram explorados. Este cen�rio � estimulante para quem deseja empreender. 7,0% 7,0% 0% 18.6% 67.4%
Ser empreendedor � s� abrir uma empresa. Sim N�o N�o Sei Responder
2,3% 97,7% 0%
PERFIL EMPREENDEDOR
ASSERTIVAS DT DP N CP CT
� desej�vel que o futuro empres�rio possua determinadas qualidades pessoais que possam tornar todo o processo muito mais f�cil, ou seja, estar ligado, atento, ser perceptivo e ter a sensibilidade para perceber significados escondidos em nuances e detalhes, seja nos n�meros ou no comportamento das pessoas. 4,7% 2,3% 4,7% 23,2% 65,1%
Quando o empreendedor decide abrir o seu pr�prio neg�cio, deixando de ser funcion�rio (CLT ou servi�o p�blico), � um indicativo de que esta pessoa est� buscando mais autonomia para ter tempo livre e realizar outras atividades. 18,6% 16,3% 4,7% 37,2% 23,2%
O povo brasileiro � reconhecido por ser muito criativo e esta caracter�stica pode contribuir para o desenvolvimento da atitude empreendedora. 4,7% 2,3% 0% 34,9% 58,1%
Empreendedores s�o vision�rios, cultivam a imagina��o e aprendem a definir vis�es. Tamb�m s�o otimistas e apaixonados pelo que fazem, sonhadores realistas que traduzem pensamentos em a��o. 4,7% 2,3% 0% 32,5% 60,5%
A pessoa j� nasce com o dom de empreender ou essa caracter�stica � desenvolvida com o tempo, paulatinamente aprimorada, inclusive nas universidades. 11,9% 7,1% 11,9% 42,9% 26.2%
Ser empreendedor � a sua principal vontade ao terminar a Gradua��o. 16,3% 7,0% 18,6% 34,9% 23,2%
Eu j� atuo no segmento empreendedor. Sim N�o N�o Sei Responder
35,9% 64,1% 0%
Eu me considero uma pessoa empreendedora. Sim N�o N�o Sei Responder
62,8% 32,5% 4,7%
EDUCA��O EMPREENDEDORA
ASSERTIVAS DT DP N CP CT
A Educa��o Empreendedora pode contribuir para tornar o Brasil uma na��o mais competitiva, se comparada aos grandes centros desenvolvidos mundiais. 4,7% 2,3% 2,3% 25,6% 65,1%
A Educa��o Empreendedora � relevante na forma��o acad�mica dos administradores. 4,7 0% 2,3% 14,0% 79,0%
A Educa��o Empreendedora deve abranger o empreendedorismo e a inova��o social, que possuem foco em alcan�ar tamb�m resultados e benef�cios que contribuam com a esfera social, econ�mica e cultural. 4,7% 2,3% 0% 14,0% 79,0%
A implementa��o da Educa��o Empreendedora no Curso de Administra��o desenvolve nos alunos uma vontade de ser empreendedor. 4,7% 2,3% 7,0% 44,2% 41,8%
A Educa��o Empreendedora favorece o desenvolvimento de compet�ncias e habilidades como capacidade de an�lise, de inovar, de correr risco, de identificar oportunidades. 4,7% 0% 0% 32,5% 62,8%
A Educa��o Empreendedora desenvolvida no Curso de Administra��o contribui para se ter maior �xito tanto na administra��o de neg�cios j� existentes, quanto na possibilidade para criar um novo neg�cio. 7,0% 0% 0% 58,1% 34,9%
Quando se fala em Educa��o Empreendedora, a rela��o entre teoria e pr�tica precisa ser desenvolvida e estimulada visando a inspirar o aluno a desejar empreender. 4,7% 2,3% 0% 14,0% 79,0%
ENSINO DE EMPREENDEDORISMO
ASSERTIVAS DT DP N CP CT
“O mercado � a melhor escola” e que “� na pr�tica que se aprende”. 7,0% 18,6% 9,3% 41,9% 23,2%
A inclus�o da disciplina de Empreendedorismo no Curso de Administra��o contribui para a forma��o de profissionais mais preparados para o mercado de trabalho. 4,7% 2,3% 2,3% 25,6% 65,1%
A experi�ncia pr�tica � uma importante fonte de aprendizado, mas os cursos de Gradua��o e de P�s-gradua��o tamb�m podem ser considerados indutores do esp�rito empreendedor. 4,7% 0% 9,3% 27,9% 58,1%
A din�mica, os ensinamentos e as informa��es apreendidas na disciplina Empreendedorismo t�m a ver com experi�ncias, t�cnicas e metodologias utilizadas em empresas de verdade. 4,7% 4,7% 9,3% 41,8% 39,5%
A participa��o dos estudantes em Projetos de Pesquisa e de Extens�o podem acelerar o desejo de empreender. 4,7% 2,3% 7,0% 34,9% 51,1%
A Gradua��o se torna um diferencial na hora de pensar em abrir uma empresa. 4,7% 11,6% 2,3% 25,6% 55,8%
A utiliza��o de t�cnicas de ensino que propiciem uma viv�ncia pr�tica ao estudante, aliada � base te�rica, aumenta a inten��o em empreender. 4,7% 0% 4,7% 23,2% 67,4%
A disciplina de Empreendedorismo despertou em voc� a inten��o em ser empreendedor. 9,3% 0% 2,3% 44,2 44,2%
Depois de cursar a disciplina de empreendedorismo voc� considera que adquiriu compet�ncias e/ou habilidades relacionadas ao empreendedorismo. 7,0% 9,3% 2,3% 32,6% 48,8%
O professor de Empreendedorismo precisa ter forma��o acad�mica aliada �s experi�ncias profissionais, precisa possuir pr�ticas no empreendedorismo e tamb�m ter um perfil vision�rio e sonhador. 4,7% 4,7% 0% 23,2% 67,4%
O ensino de Empreendedorismo deve ser inserido em todos os Projetos Pedag�gicos dos Cursos de Gradua��o. 4,7% 2,3% 2,3% 11,6% 79,1%

Fonte: Dados da pesquisa, 2021.Legenda: DT=Discordo totalmente; DP=Discordo Parcialmente; N=Neutro; CP= Concordo parcialmente; CT=Concordo totalmente.

Considerando as posi��es expressas no Quadro 3, � poss�vel perceber que no que remete ao constructo No��es de Empreendedorismo, uma significativa maioria (acima de 80% das respostas), com exce��o da vari�vel “� fato conhecido que empreendedores que n�o possuem nenhum conhecimento pr�vio em gest�o t�m mais dificuldades para gerir suas empresas” com um percentual total (Concordo Parcialmente + Concordo Totalmente) de 79,1%, apresenta conhecimento sobre os principais pontos relativos a uma m�nima percep��o sobre o que vem a ser o empreendedorismo. � importante pontuar que para 97,7% dos participantes, ser empreendedor n�o apenas abrir uma empresa, pois tal condi��o esbo�a uma ampla teia de conhecimento, habilidades, atitudes e comportamentos. As respostas sinalizam que os participantes t�m no��o do que vem a ser empreendedorismo em seu contexto social, econ�mico e cultural, em refor�o aos estudos feitos por Lopes (2014) e a partir da concep��o de Zhang, Wang e Owen, 2015), para quem o esfor�o pedag�gico constitui um meio eficaz no encaminhamento dos jovens a pensarem na atividade empreendedora como uma forma leg�tima de autonomia pessoal e profissional.

Em rela��o ao construto Perfil Empreendedor, cujas assertivas vinculadas t�m o prop�sito de averiguar o quanto os participantes t�m afinidade com a atitude empreendedora e em que grau h� de fato interesse em empreender (no presente ou no futuro), foi poss�vel constatar que mais de 58% das respostas sinalizam uma proximidade do respondente com a iniciativa empreendedora, significando que, no �mbito do Curso de Administra��o e realizando uma Gradua��o em um Estado cujo perfil econ�mico � essencialmente voltado para o com�rcio e para o servi�o, hipoteticamente h� uma tend�ncia que os participantes empreendem. Perguntados se “Ser empreendedor � a sua principal vontade ao terminar a Gradua��o”, as respostas foram as seguintes: 16,3% para Discordo Totalmente; 7,0% para Discordo Parcialmente; 18,6% se mostraram neutros; 34,9% afirmaram que Concordam Parcialmente e 23,2% Concordam Totalmente. Assim, 58,1% sinalizam a possibilidade de empreender, sendo que alguns dos respondentes j� s�o Bachar�is em Administra��o. Esta condi��o refor�a as an�lises feitas por Paiva, Lima e Rebou�as (2021), Garcia et al. (2012) e Vieira et al. (2013) quanto � percep��o dos estudantes em decidirem, autonomamente, como encaminhar o seu destino a partir de ensinamentos pautados em possibilidades reais de sucesso.

No que se refere ao terceiro constructo – Educa��o Empreendedora – todas as assertivas obtiveram, nas op��es Concordo Parcialmente e Concordo Totalmente, percentuais acima de 86%, com elevada signific�ncia para a afirma��o “A Educa��o Empreendedora favorece o desenvolvimento de compet�ncias e habilidades como capacidade de an�lise, de inovar, de correr risco, de identificar oportunidades”, a qual alcan�ou o percentual de 95,3% de respostas. Este percentual sugere o reconhecimento que os estudantes t�m sobre a relev�ncia da Educa��o Empreendedora no contexto formativo do administrador contempor�neo, mesmo porque, como visto, o empreendedorismo � uma caracter�stica t�pica do Brasil e, em especial, do Estado do Piau�. As posi��es se coadunam com os estudos de Kuratko (2005), Guimar�es e Santos (2020), Holoviak, Ulrich e Cole (1990), e Matos et al. (2020), os quais destacam o papel da Educa��o Empreendedora quanto � incorpora��o de atributos pertinentes ao segmento no processo de ensino-aprendizagem, assim como se torna uma ponte que contribui para o alcance da independ�ncia profissional daqueles que decidem atuar na atividade.

Ainda no que remete ao terceiro constructo, a assertiva que obteve o menor percentual de respostas positivas dentre as vari�veis dispostas foi “A implementa��o da Educa��o Empreendedora no Curso de Administra��o desenvolve nos alunos uma vontade de ser empreendedor”, com 86,0% das respostas (CP+CT). Pelo conjunto das respostas, com percentuais elevados, como mencionado, � poss�vel aferir que a Educa��o Empreendedora no Curso de Administra��o contribui/contribuiu para a forma��o do esp�rito empreendedor dos estudantes (WERLANG; FAVRETTO; FLACH, 2017; ROCHA; FREITAS (2014), buscando refor�ar a convic��o de que empreender � uma forma alternativa de decidir pela trajet�ria profissional e pessoal, muito limitada, no passado, a ideias exclusivamente centradas na realiza��o de concursos p�blicos.

Por fim, analisando o constructo Ensino de Empreendedorismo, p�de-se constatar que a assertiva “O mercado � a melhor escola” e que “� na pr�tica que se aprende” foi a que recebeu o menor percentual de aceita��o (65,1%), considerando Concordo Parcialmente com Concordo Totalmente, indicando que a educa��o formal ainda �, na �tica dos pesquisados, o melhor caminho para uma forma��o s�lida, capaz de desenvolver no futuro administrador as condi��es necess�rias para o desempenho eficaz e eficiente da profiss�o, ampliando, portanto, as oportunidades de atuar no segmento empreendedor. Quanto � nega��o total (DT), a assertiva “A disciplina de Empreendedorismo despertou em voc� a inten��o em ser empreendedor” recebeu 9,3% das respostas, enquanto que, para a mesma afirma��o, 88,4% dos respondentes consignaram afirmativamente. Com 79,1% das respostas, a assertiva “O ensino de Empreendedorismo deve ser inserido em todos os Projetos Pedag�gicos dos Cursos de Gradua��o” foi a que obteve o maior percentual na alternativa Concordo Totalmente, sugerindo a import�ncia do tema na forma��o de qualquer estudante de n�vel superior.

De uma forma geral, as posi��es contidas nas respostas dos quatro constructos indicam que os graduandos, assim como os egressos do Curso de Administra��o, entendem que os debates sobre o empreendedorismo na forma��o acad�mica constituem um fato ineg�vel de fomento ao esp�rito empreendedor, assim como uma forma de melhor preparar os futuros administradores para atuar no campo com condi��es t�cnicas, te�ricas e pr�ticas capazes de torn�-los diferenciados e destacados no contexto do mercado. A propens�o ao empreendedorismo, ent�o, estabelece-se a partir da conforma��o de procedimentos did�ticos capazes de estimular a apreens�o dos estudantes, permitindo que eles percebam, por si s� e via fluxo natural, a relev�ncia do empreendedorismo no contexto societ�rio.

Considera��es Finais

O presente estudo desenvolveu uma pesquisa de campo discutindo a import�ncia da Educa��o Empreendedora na perspectiva do discente e do egresso do Curso de Administra��o de uma Universidade Federal, de um campus localizado no interior do Piau�. A ideia se apoiou na percep��o de que os brasileiros, naturalmente, t�m propens�o ao empreendedorismo, tendo em vista que pelo menos 1/3 deles est� envolvido com algum tipo de empreendimento – MEI EPP, ME.

O objetivo da pesquisa foi descrever como os estudantes e os egressos de Administra��o percebem e avaliam a Educa��o Empreendedora no processo de forma��o acad�mica e em que medida esta rela��o ensino-aprendizagem pode contribuir na decis�o em empreender. Para atender ao objetivo proposto, realizou-se uma pesquisa de abordagem quantitativa, de natureza descritiva, com a aplica��o de um survey (via Google Forms), com a utiliza��o da Escala de Intensidade Likert, de 5 pontos. A partir das assertivas sugeridas, distribu�das entre quatro constructos que reuniram o conjunto dos pontos mais relevantes para descrever e analisar a percep��o e a avalia��o dos participantes, foi poss�vel desvelar que a grande maioria dos respondentes afirma a import�ncia da Educa��o Empreendedora em seu processo formativo, contribuindo para o desenvolvimento da profiss�o de administrador.

Adicionalmente, constatou-se que afirma��es como “A utiliza��o de t�cnicas de ensino que propiciem uma viv�ncia pr�tica ao estudante, aliada � base te�rica, aumenta a inten��o em empreender”, “A disciplina de Empreendedorismo despertou em voc� a inten��o em ser empreendedor” e “Depois de cursar a disciplina de empreendedorismo voc� considera que adquiriu compet�ncias e/ou habilidades relacionadas ao empreendedorismo” obtiveram percentuais elevados, na �tica dos participantes, refor�ando, portanto, a necessidade de que o tema empreendedorismo seja intensificado nos Curso de Gradua��o de uma forma geral, conforme afirmam 90,7% dos respondentes.

Portanto, ficou evidenciado na amostra em estudo que a Educa��o Empreendedora constitui um fator relevante na forma��o do profissional de Administra��o. Al�m disso, foi poss�vel revelar que os professores da disciplina empreendedorismo t�m um importante papel no contexto formativo do estudante, seja no que remete � capacidade te�rica, �s habilidade no trato explicativo dos exemplos reais, �s t�cnicas aplicadas, ao dom�nio do assunto e � media��o pedag�gica que adota para estimular os discentes a pensarem nas possibilidades de empreender, seja no permanente est�mulo para que os discentes apreendam o valor do tema em sua dimens�o acad�mico-profissional.

Desta forma, a atitude do professor � determinante no desenvolvimento da propens�o ao empreendedorismo dos estudantes, raz�o pela qual se reconhece a import�ncia do tema no contexto n�o apenas do Ensino Superior, mas mesmo no Ensino M�dio, espa�o em que os jovens j� come�am a esbo�ar o interesse em ter o pr�prio neg�cio. O papel do professor, portanto, � de mediador, de conciliador, e de cativador, acima de tudo, a fim de que, por meio das estrat�gias pedag�gicas adotadas e adaptadas � realidade digital impregnada no ambiente acad�mico, desenvolva no corpo discente o desejo de atuar no universo empreendedor.

O estudo evidenciou, tamb�m, que a maioria dos participantes reconhece que tem o perfil desejado do sujeito empreendedor, a partir do envolvimento com a disciplina de empreendedorismo. Importa mencionar que para al�m da educa��o formal na universidade, o empreendedorismo requer o elemento comportamental para permitir a realiza��o dos projetos de vida, isto �, a atitude do candidato a empreendedor � um ingrediente indispens�vel � execu��o da ideia ou da oportunidade percebida, precisando, portanto, atuar ativamente na consecu��o da proposta de cria��o de um neg�cio, uma empresa, um produto, um servi�o, uma performance.

O presente estudo cont�m limita��es. Pode-se apontar o car�ter essencialmente quantitativo da pesquisa, recomendando-se, portanto, uma abordagem qualitativa, uma vez que esta pode desvelar outras caracter�sticas e sentimentos n�o presentes em uma pesquisa puramente quantitativa. A abordagem qualitativa tem como fator de destaque a an�lise de situa��es com profundidade, facilitando a compreens�o da percep��o e da avalia��o dos estudantes e dos egressos de Administra��o no que se refere � Educa��o Empreendedora, explorando o fen�meno em toda as suas dimens�es.

Para futuras pesquisas, recomenda-se a continuidade dos estudos do campo envolvendo um contingente maior de participantes. Al�m disso, conv�m trazer para o contexto da pesquisa estudantes de outros Cursos de Gradua��o, considerando que muitos PPC – Projeto Pedag�gico do Curso, das Ci�ncias Humanas, Ci�ncias Tecnol�gicas, Ci�ncias da Sa�de, Ci�ncias Agr�rias, etc., j� cont�m a disciplina empreendedorismo na matriz curricular, manifestando, assim, o interesse dos cursos no est�mulo dos graduandos ao universo empreendedor.

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Qual a importância de ter uma educação empreendedora?

Alinhado com o objetivo de formação integral, a educação empreendedora possibilita ao estudante desenvolver algumas competências essenciais para o dia a dia e para a vivência em sociedade. São elas: a autonomia, o pensamento crítico, a cooperação, o autoconhecimento, entre outras.

Qual é a importância do empreendedorismo para o desenvolvimento do país?

A importância do empreendedorismo é incontestável para impulsionar a economia do país, pois fomenta a geração de novos trabalhos, cria produtos e serviços para o mercado e estimula o surgimento de soluções inovadoras para diversos setores.

Qual a importância da atividade empreendedora no país em tempos de crise?

No cenário atual da pandemia, o empreendedorismo torna-se ainda mais essencial não só como forma de garantir o sucesso dos negócios, movimentando a economia como em outros períodos de crise, mas também como um meio de impactar positivamente a sociedade.

Qual a importância da educação empreendedora para o crescimento econômico?

A educação empreendedora permite o desenvolvimento das habilidades necessárias para as pessoas atuarem em um mercado cada vez mais dinâmico e competitivo. Como consequência da globalização e do avanço de novas tecnologias, vivemos em um ambiente de constantes mudanças e desafios que requerem preparação específica.