Após a leitura do texto 1 e do texto 2 explique qual é a semelhança e qual é a diferença entre ambos


Após a leitura do texto 1 e do texto 2 explique qual é a semelhança e qual é a diferença entre ambos

Professora licenciada em Letras

Qual a diferença entre texto literário e texto não-literário?

As principais diferenças entre os textos literários e não-literários estão no objetivo e no modo como são construídos.

Os textos literários são textos narrativos e/ou poéticos e sua principal função é entreter. Os textos não-literários são textos cujo principal objetivo é transmitir informações, e não contém os mesmos elementos narrativos e artísticos dos textos literários.

Texto literárioTexto não-literário
O que é Textos narrativos e/ou poéticos que possuem elementos artísticos e tendem a causar emoção. São textos informativos e objetivos.
Função Estética. Destinam-se ao entretenimento, à arte e à ficção. Utilitária. Sua função é informar, convencer, explicar, comunicar.
Linguagem Subjetiva e conotativa. Objetiva e denotativa.
Características Utiliza elementos como a musicalidade, figuras de linguagem, multissignificação e possuem liberdade na criação. Linguagem objetiva e clara.
Normas gramaticais Costuma subverter a gramática normativa. Geralmente adota a gramática normativa.
Elemento de composição Ficção, baseada na imaginação do artista. Utiliza fatos e informações.
Análise

A leitura de um texto literário inclui a busca de metáforas e simbolismos.

Analisar um texto não-literário requer confirmação dos fatos, conhecimento, desenvolvimento de habilidades e realização de tarefas.

Exemplos Poesias, novelas, histórias e dramas. Diários pessoais, notícias, receitas, jornais e artigos.

O que é texto literário?

Os textos literários são baseados na imaginação do escritor/artista e, portanto, são subjetivos. Com a função de entreter o leitor, esse tipo de texto está intimamente relacionado com a arte. Por ser um texto artístico, não tem compromisso com a objetividade e com a transparência das ideias.

O texto literário possui carácter estético e não somente linguístico, cuja interpretação e significação variam de acordo com a subjetividade do leitor. É comum o uso de figuras de linguagem, assim como a subversão à gramática normativa.

Exemplos de textos literários

  • Novelas;
  • Contos;
  • Fábulas;
  • Dramas;
  • Poemas.

O que é texto não-literário?

Os textos não-literários são informativos. Sua composição utiliza fatos para comprovar um ponto e a escrita é feita de forma objetiva.

A informação nos textos não-literários deve ser passada de modo a facilitar a compreensão da mensagem. Por isso, o texto deve ser escrito de forma clara, de modo que o leitor não tenha dificuldades para compreender as informações.

Exemplos de textos não-literários

  • Documentos;
  • Receitas;
  • Livros didáticos;
  • Artigos acadêmicos;
  • Manuais de instrução.

Veja também a diferença entre:

  • Tipos textuais
  • Compreensão e interpretação de texto
  • Linguagem formal e informal
  • Charge e cartum
  • Prosa e poesia
  • Notícia e reportagem
  • Gêneros e tipos textuais
  • Página e lauda

Após a leitura do texto 1 e do texto 2 explique qual é a semelhança e qual é a diferença entre ambos

Licenciada em Letras pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) em 2008 e Bacharelada em Produção Cultural pela Universidade Federal Fluminense (UFF) em 2014. Amante das letras, artes e culturas, desde 2012 trabalha com produção e gestão de conteúdos on-line.

A intertextualidade é a presença textual de elementos semânticos e/ou formais que se referem a outros textos produzidos anteriormente. Ela pode se manifestar de modo explícito, permitindo que o leitor identifique a presença de outros textos, ou de modo implícito, sendo identificada somente por quem já conhece a referência.

Por meio dessa relação entre diferentes textos, a intertextualidade permite uma ampliação do sentido, na medida em que cria novas possibilidades e desloca sentidos. Desse modo, ela pode ser utilizada para melhorar uma explicação, apresentar uma crítica, propor uma nova perspectiva, produzir humor etc.

Leia também: Texto de divulgação científica – gênero que apresenta ao público leigo informações de cunho científico

Tópicos deste artigo

  • 1 - O que é intertextualidade?
  • 2 - Tipos de intertextualidade
  • 3 - Diferenças entre intertextualidade implícita e intertextualidade explícita
  • 4 - Exemplos de intertextualidade

O que é intertextualidade?

A intertextualidade se refere à presença de elementos formais ou semânticos de textos, já produzidos, em uma nova produção textual. Em outras palavras, refere-se aos textos que apresentam, integral ou parcialmente, partes semelhantes ou idênticas de outros textos produzidos anteriormente.

Essa intertextualidade pode ser indicada explicitamente no texto ou pode vir “disfarçada” pela linguagem do autor. Em todo caso, para que o sentido da relação estabelecida seja compreendido, o leitor precisa identificar as marcas intertextuais e, em alguns casos, conhecer e compreender o texto anterior.

Em trabalhos científicos, como artigos e dissertações, é comum haver citação de ideias ou informações de outros textos. A citação pode ser direta, cópia integral do trecho necessário, ou indireta, quando se explica a informação desejada com suas próprias palavras. As duas formas compreendem a intertextualidade, pois aproveitam ideias já produzidas para contribuir com as novas informações.

A intertextualidade também pode ocorrer no nível formal, quando o autor repete elementos da estrutura anterior, mas altera outros aspectos, construindo, com isso, um novo texto, com ligações explícitas com a produção anterior. É muito comum nos gêneros artísticos, como poesia e música, em textos publicitários etc.

Tipos de intertextualidade

Após a leitura do texto 1 e do texto 2 explique qual é a semelhança e qual é a diferença entre ambos
A intertextualidade também ocorre com textos visuais, como nesta releitura de “A Última Santa Ceia”.

  • Alusão – é o ato de indicar ou insinuar um texto anterior sem, no entanto, aprofundar-se nele. Esse método de intertextualidade apresenta de forma superficial e objetiva informações, ideias ou outros dados presentes em texto ou textos anteriores.

Exemplo: Como diria o poeta, amanhã é outro dia.

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  • Paródia – é o tipo de intertextualidade em que se apresenta uma estrutura semelhante à de um texto anterior, mas com mudanças que interferem e/ou subvertem o sentido do texto, o qual passa a apresentar forte teor crítico, cômico e/ou sátiro. Desse modo, além de construir-se um novo texto, com semelhanças a um anterior, procura-se também evidenciar uma mudança de sentido.

Exemplo:

“Minha terra tem macieiras da Califórnia
onde cantam gaturanos de Veneza.
Os poetas da minha terra
são pretos que vivem em torres de ametista,
os sargentos do exército são monistas, cubistas,
os filósofos são polacos vendendo a prestações.
A gente não pode dormir
com os oradores e os pernilongos.
Os sururus em família têm por testemunha a Gioconda
Eu morro sufocado
em terra estrangeira.
Nossas flores são mais bonitas
nossas frutas mais gostosas
mas custam cem mil réis a dúzia.
Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade
e ouvir um sabiá com certidão de idade!”

Murilo Mendes
Paródia da “Canção do Exílio”, de Gonçalves Dias

  • Paráfrase – é o processo de intertextualidade no qual o sentido do texto original é reafirmado, porém com pouca ou nenhuma semelhança estrutural. Nesse tipo, o intuito é reescrever o assunto do texto original, aproveitando principalmente os elementos semânticos já existentes, para produzir uma nova linguagem com o mesmo tema.

Exemplo:

“Meus olhos brasileiros se fecham saudosos
Minha boca procura a ‘Canção do Exílio’.
Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’?
Eu tão esquecido de minha terra…
Ai terra que tem palmeiras
Onde canta o sabiá!”

Carlos Drummond de Andrade
Paráfrase da “Canção do Exílio”, de Gonçalves Dias

  • Epígrafe – é a reprodução de um pequeno trecho do texto original no início de um novo texto. Ela, comumente, vem alocada no início da página, no canto direito e em itálico. Apesar de ser um trecho “solto”, a epígrafe sempre tem uma relação com o conteúdo do novo texto.

“Apesar de você

amanhã há de ser

outro dia.”

Chico Buarque

  • Citação – é quando o autor referencia outro texto por ter pertinência e relevância com o conteúdo do novo texto. A citação pode ocorrer de forma direta, quando se copia o trecho na íntegra e o destaca entre aspas, ou pode ser indireta, quando se afirma o que o autor do texto original disse, mas explicando os conceitos com novas palavras, relacionando a abordagem com o novo conteúdo.

Exemplo:

Segundo Sócrates, “Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância”, logo, de nada adianta ter acúmulo de informações, quando não se aplica a autocrítica e a reflexão como ferramentas de reconhecimento das potências e limites do nosso conhecimento.

Veja também: Anúncio publicitário – gênero cuja função é de apresentar produtos/marcas para um público amplo

Diferenças entre intertextualidade implícita e intertextualidade explícita

A intertextualidade pode se expressar de dois modos: implícito ou explícito. O modo implícito enquadra as produções que, apesar de referenciarem informações, conceitos e dados já apresentados por textos anteriores, não o farão com cópias integrais nem com indicação explícita.

Assim como a paráfrase de Drummond, a intertextualidade implícita cita sem evidenciar ou anunciar. Caso o leitor não conheça o texto anterior, pode encontrar dificuldades de perceber alguma relação estabelecida.

Já a intertextualidade explícita é aquela que se expressa diretamente na superfície textual, ou seja, apresenta semelhanças ou cópia de trechos do texto original. Nesse processo, mesmo que o autor não conheça o primeiro texto, ele identificará, ao menos, que existe uma referência a outra produção.

Exemplos de intertextualidade

A intertextualidade é presente em diferentes gêneros textuais, mas tem um espaço privilegiado nos gêneros artísticos. Nesses contextos, ela é utilizada, também, como ferramenta de inspiração e criatividade, pois provoca uma ressignificação de textos já conhecidos, em novos contextos. Segue alguns exemplos de intertextualidade em gêneros textuais artísticos:

  • Na música:

“De Jackson do Pandeiro, nem Cremilda
De Michael Jackson, nem a Billie Jean
De Jimi Hendrix, nem a doce Angel
Nem Ângela nem Lígia, de Jobim
Nem Lia, Lily Braun nem Beatriz
Das doze deusas de Edu e Chico
Até das trinta Leilas de Donato
E de Layla, de Clapton, eu abdico
Só você,
Canto e toco só você
Só você
Que nem você ninguém mais pode haver”

(Lenine)

A música do cantor brasileiro Lenine apresenta uma declaração de amor do eu lírico à sua musa inspiradora. Na letra, o poeta faz referência a diferentes musas, já reconhecidas socialmente, que são inspirações de outros, mas não dele, pois a sua única musa é sua amada, verdade confirmada em  “só você”, contrapondo-se à enumeração de musas referenciadas.

  • Na literatura:

“Minha terra tem palmares
onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá

Minha terra tem mais rosas
E quase que mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra”

(Oswald de Andrade)

No segundo exemplo, poema de Oswald de Andrade, encontramos a intertextualidade com o poema “Canção do Exílio”, publicado anteriormente pelo poeta Gonçalves Dias. O segundo texto apresenta elementos que evidenciam essa relação, como a repetição de expressões como “Minha terra”,   "palmares”, “gorjeia”, “daqui”, “lá”.

  • Em textos visuais:

Após a leitura do texto 1 e do texto 2 explique qual é a semelhança e qual é a diferença entre ambos
Após a leitura do texto 1 e do texto 2 explique qual é a semelhança e qual é a diferença entre ambos

A Mona Lisa é um dos textos que mais apresenta releituras, exemplificando a relação de pontos de intertextualidade com a obra original. Nas duas imagens anteriores, é possível reconhecer a referência ao quadro de Leonardo da Vinci — a posição das mãos, a paleta de cores, o cabelo, a posição do corpo, entre outros detalhes. Percebe-se que, mesmo com tantas semelhanças, os dois textos apresentam novos sentidos para a imagem, cada um com sua assinatura específica.

Por Talliandre Matos
Professora de Redação

Quais são as semelhanças entre os textos 1 e 2?

Resposta verificada por especialistas. A semelhança entre os textos 1 e 2 está justamente no contexto que mostra a magia do circo de diferentes aspectos, misturando a ginástica a arte circense por meio de diferentes elementos como corda,arco ,bola ,macas, e fitas.

Qual é a principal diferença entre o texto 1 e 2?

Resposta. Explicação: A)TEXTO 1 TEM A FORMA DE CONTOS E O TEXTO 2 TEM FORMA POÉTICA.

O que há em comum entre os textos fragmento 1 e 2?

Resposta verificada por especialistas O que há de comum entre os textos 1 e 2 é que ambos têm a finalidade de informar algo, guardadas as proporções e complexidades das informações. Por isso, a alternativa correta é a letra A.

Quais são as semelhanças e as diferenças entre o texto 1 e o texto 2 Fernando de Noronha?

O texto 1 informa sobre a inauguração da exposição que tem como acervo o lixo retirado das praias. Já o texto 2 aprofunda-se nos estudos e pesquisa sobre a gravidade da quantidade de materiais plásticos que prejudicam a preservação dos recursos marinhos.