Ouça este artigo:
Muitos casais gostariam de ter filhos gêmeos, mas este tipo de gestação consome muita energia da mãe e gera um cansaço para o corpo dela, maior que quando a gravidez é de apenas um bebê. Normalmente esses bebês nascem prematuros e menores que os bebês que nascem sozinhos. A pressão sobre os ossos, músculos e articulações da mãe também é maior.
Como os gêmeos são formados?
Os gêmeos podem ser formados de duas maneiras, pois existem dois tipos de gêmeos: univitelinos, também chamados de gêmeos idênticos, que sempre são do mesmo sexo, e os chamados gêmeos fraternos, que podem ou não ser de sexos diferentes e nem sempre são parecidos.
Gêmeos idênticos
Foto: Svetlana Fedoseyeva / Shutterstock.com
Os gêmeos idênticos são formados quando um óvulo fecundado por um espermatozoide se divide em duas células completas. Estas duas células continuam seu desenvolvimento embrionário, formando dois gêmeos idênticos, que possuem genoma. Por isso têm o mesmo sexo, dividem a mesma placenta e são morfologicamente idênticos. Esse tipo de gêmeos é mais raro que os fraternos.
Durante a vida, apesar de possuírem o mesmo genótipo, os gêmeos univitelinos começam apresentar algumas diferenças em seus fenótipos. Isso ocorre pela interferência de fatores externos, como alimentação, atividades físicas, cigarro, álcool e estresses.
Gêmeos fraternos
Os gêmeos fraternos não são idênticos, pois são provenientes de óvulos diferentes. Durante a ovulação, a mulher libera dois ou mais óvulos e cada um é fecundado por um espermatozoide. Os zigotos formados vão se desenvolver independentes um do outro, em placentas diferentes. A constituição genética destes gêmeos é diferente, como de dois irmãos que nasceram em épocas diferentes.
Este tipo de gestação pode ocorrer quando o casal faz tratamentos para ter filhos. Em alguma técnicas, vários óvulos fertilizados in vitro são implantados no útero, para que tenha uma maior chance de sucesso. Por isso casais que obtêm sucesso nestas técnicas têm filhos gêmeos, trigêmeos e até quadrigêmeos!
Parto
Normalmente o parto de gêmeos é feito por cesariana, pois é mais recomendado.
Texto originalmente publicado em //www.infoescola.com/biologia/gemeos/
O comportamento da sociedade moderna e a sua relação com o nascimento de gêmeos, cada vez mais comum no Brasil e no mundo, são abordados nesta quinta-feira (8), na reportagem de biologia do Projeto Educação. Mas antes de analisar como isso acontece, é preciso entender o que são gêmeos e como eles se formam.
Gêmeos são irmãos que nasceram de uma mesma gestação e que podem ser idênticos ou não. "Pode ser o gêmeo monozigótico e o dizigótico. Quando é formado apenas um zigoto, é o monozigótico. A mulher libera um óvulo e o espermatozóide penetra neste óvulo, são os gêmeos idênticos. Mas tem aqueles gêmeos que é menino e menina ou dois meninos não parecidos; é o gêmeo dizigótico, quando a mulher libera mais de um óvulo durante aquela ovulação. Se a mulher liberou dois óvulos e houver duas fecundações, vão se formar dois zigotos", explica o professor Fernando Beltrão.
saiba mais
- História das constituições brasileiras é tema da aula do Projeto Educação
- Obras de poetas pernambucanos são exemplos sobre modernismo
- Professor de matemática ensina a relação entre volume e capacidade
- Mudanças de gênero do português para espanhol são abordadas em aula
- Força, peso, rotação e energia do trabalho são temas da aula de física
- Professor de história explica como se deu o avanço da comunicação
- Professor explica a diferença entre protetor solar químico e físico
É importante saber que uma gravidez só acontece quando um óvulo recebe um espermatozóide. "Vários espermatozóides no mesmo óvulo não formam bebês, formariam um ser anômalo, triplóide, que não desenvolve. Quando acontece o gêmeo é o que a gente chama de poliembrionia, não poliespermia. Poliembrionia é quando eu tenho mais de um embrião, a partir de um zigoto. O gêmeo monozigótico chamamos de poliembrionia", diz o professor.
Podemos dizer que um gêmeo é clone do outro. "Um gêmeo monozigótico é clone do outro, clone perfeito, natural. Essa história de que o homem aprendeu a fazer clone do outro, aprendeu... Mas a natureza sempre fez e fará. O clone natural é o gêmeo monozigótico ou univitelino", comenta Fernando Beltrão.
Afinal, porque esse tipo de gravidez é cada vez mais comum? "A fertilidade diminui a partir de certa idade e esse aumento na infertilidade faz com que muitos casais só resolvam ter filhos quando a mulher já tem mais de 30, 35, 40 anos, e isso dificulta. Às vezes vem o caso da reprodução assistida, que é quando o médico entra para dar uma mãozinha", conta o professor.
A reprodução assistida pode ser feita de três formas: coito programado, a inseminação intra-uterina e a fertilização in vitro, o famoso bebê de proveta. "Pode ser desde ajudar implantando espermatozóide no útero para promover a fecundação natural, estimulando a ovulação através de medicação. Mas também tem o caso do bebê de proveta, que é pegar o espermatozóide do marido, pegar o óvulo da mulher, tirar o óvulo do ovário e no laboratório juntar os dois", informa Beltrão.
"Fertilização in vitro já é um procedimento de alta complexidade. Ela induz também com medicações diferentes e os folículos são aspirados com ultrassom. Pegamos o óvulo, levamos para o laboratório e aí a fecundação ocorre no laboratório, in vitro. Aí depois transferimos os embriões para o útero", acrescenta a médica Gabriella Collier.
A busca cada vez maior por esses métodos de fertilização faz com que o número de nascimentos de gêmeos aumente. "Como vai ser implantado, existe uma possibilidade de não vingar, de não desenvolver dentro do útero, ser rejeitado e sair. Normalmente, implanta dois fica um, implanta três fica um, mas podem ficar dois, podem ficar três. É possível haver gravidez gemelar nesse caso de gêmeos dizigóticos, é bem mais comum isso, por múltipla implantação", conta o professor de biologia.
Para ler mais notícias do G1 Pernambuco, clique em g1.globo.com/pernambuco. Siga também o G1 Pernambuco noTwitter e por RSS.