Fale Conosco Fale ConoscoProfissionais Da SaúdeTermos De UsoPolítica De PrivacidadeSitemap Show HomeNotíciasÚltimas notíciasAntibiótico: a importância de uso racional Antibiótico: a importância de uso racional 17/06/2019 O uso indiscriminado de antibióticos pode alterar a resistência das bactérias que causam doenças e tornar o medicamento ineficaz no seu combate. Além de dificultar o tratamento, isso também pode afetar outras bactérias que ajudam o nosso organismo a funcionar corretamente. O fato das bactérias se tornarem resistentes ao antibiótico é normal e esperado em tratamentos médicos. Mas a maneira como os antibióticos são usados indiscriminadamente pode acelerar o tempo que leva para esses micro-organismos se tornarem resistentes e deixarem de responder ao tratamento. Antibiótico não serve para tudo e nem deve ser usado em excessoOs antibióticos só agem contra infecções causadas pelas bactérias específicas que sejam sensíveis àquele determinado antibiótico. Eles não são efetivos contra infecções causadas por vírus, parasitas ou fungos. Para esses germes, existem drogas específicas, que são os antivirais, antiparasitários e antifúngicos. O uso em excesso faz com que as bactérias sofram alterações e os antibióticos perdem o poder de ação sobre elas. Isso também pode causar o surgimento de “superbactérias”, que são resistentes a vários antibióticos e têm poucas opções de medicamentos para o tratamento. Além disso, quando usados indiscriminadamente, podem afetar as bactérias benignas que contribuem para o bom funcionamento do nosso organismo, como por exemplo, as que equilibram a flora intestinal. Os antibióticos são medicamentos controlados e que requerem retenção de receita, e só devem ser vendidos se houver prescrição de um médico. Só ele pode indicar o medicamento, a dosagem e o tempo de tratamento mais adequados para cada caso. Acontece muito do paciente parar de tomar um medicamento quando começa a se sentir melhor. Mas a interrupção de antibióticos antes do tempo indicado pelo médico pode resultar na necessidade de retomar o tratamento e ajudar a proliferação de bactérias resistentes ao medicamento. Para eliminar de fato a bactéria, é importante seguir a prescrição médica corretamente. Referências
PP-PFE-BRA-1908 A PfizerSua SaúdeNotícias Bulas Responsabilidade Social Fale ConoscoProfissionais da SaúdeTermos de UsoPolítica de PrivacidadeSitemapCopyright© 2008-2019 Laboratórios Pfizer Ltda. Todos os direitos reservados. (PP-UNP-BRA-1142) As informações aqui contidas destinam-se ao público brasileiro. Todas as decisões relacionadas a tratamento devem ser tomadas por profissionais autorizados que levarão em consideração as características individuais de cada paciente. Em caso de dúvidas, fale conosco por meio do Fale Pfizer - DDG 0800-7701575 (de segunda a sexta-feira das 8h às 18h). Para obter informações sobre a Pfizer EUA, clique aqui. Por Laura Maria Andrade de Oliveira e Tatiana de Castro Abreu Pinto Bactérias resistentes a antibióticos, também conhecidas como superbactérias, representam atualmente uma das principais ameaças à saúde pública mundial. Infecções por essas bactérias estão se tornando cada vez mais comuns e algumas delas são resistentes a praticamente todos os antibióticos existentes. Ao mesmo tempo, a velocidade com que os cientistas descobrem novos antibióticos vem sendo cada vez mais lenta. Nesse cenário, a Organização Mundial de Saúde estima que, se nada for feito para controlar essas superbactérias, até 2050 elas serão responsáveis por cerca de 10 milhões de mortes por ano no mundo, tornando-se mais letais que o câncer. Há 3000 anos os seres humanos já utilizavam substâncias naturais como bolores, plantas e sais, para tratar diversos tipos de infecções. No século XVI, com o desenvolvimento da alquimia, as drogas medicinais passaram a ser obtidas por métodos laboratoriais. Nessa época foram desenvolvidos diversos antissépticos e desinfetantes. Foi somente no século XX, entretanto, que os primeiros antibióticos foram descobertos. O primeiro antibiótico a ser amplamente utilizado em seres humanos na década de 1940 – a penicilina – foi descoberto por um pesquisador do Reino Unido chamado Alexander Fleming. Embora rumores sugiram que Fleming tenha feito essa descoberta de forma acidental, não há dúvidas de que a introdução dos antibióticos para tratar diversas doenças infeciosas tenha revolucionado a medicina humana. Entre as décadas de 1940 e 1970, diversos novos antibióticos foram lançados no mercado, como tetraciclina, eritromicina, gentamicina e vancomicina, e esse período foi conhecido como a era de ouro dos antibióticos. Cientistas e médicos chegaram a achar que certas doenças infeciosas graves, como meningite, pneumonia, endocardite e septicemia, não seriam mais uma ameaça à saúde humana. De fato, a própria penicilina foi protagonista durante a Segunda Guerra Mundial, sendo responsável pela redução drástica do número de mortes e amputações entre soldados. No entanto, o presente e o futuro não são tão promissores. Frente ao cenário atual do aumento no número de infecções por superbactérias e a falta de novos antibióticos no mercado, é mais provável que os próximos anos reflitam, na verdade, a era pré-penicilina, ou pós-antibiótico, em que não haverá qualquer tipo de tratamento para combater infecções comuns, como uma simples sinusite. Isso é ainda mais grave em certos grupos de pacientes, como aqueles em tratamento quimioterápico para câncer, em diálise para insuficiência renal e submetidos à transplante de órgãos, para os quais uma simples sinusite bacteriana não tratada adequadamente pode representar uma complicação séria e fatal. De onde vêm os antibióticos? Desde o fim da citada era de ouro, pouquíssimos antibióticos têm sido lançados no mercado. Embora muitos tenham sido descobertos, vários deles não demonstraram utilidade clínica, ou por serem muito tóxicos ou por não serem absorvidos adequadamente pelo organismo humano, por exemplo. Sendo complexo, demorado e muito caro, o processo de descoberta de novos antibióticos passa atualmente por uma crise. A estratégia que vem sendo utilizada para gerar “novos” antibióticos, desde a década de 1990, é modificar a estrutura química dos já existentes, para que eles tenham atividade aprimorada contra as bactérias. De qualquer forma, não podemos esperar que futuros novos antibióticos sejam a salvação da humanidade contra as superbactérias hoje existentes; aparentemente não há possibilidade de novas descobertas em curto prazo. Como surgiram e onde estão as superbactérias? As superbactérias ganharam destaque primeiro dentro dos hospitais, onde o uso de antibióticos é mais intenso e a transmissão de bactérias mais eficiente. Elas ainda são importantes causas de infecções graves entre pacientes hospitalizados. No entanto, atualmente, já sabemos que as superbactérias podem ser encontradas também em indivíduos saudáveis da comunidade, animais, alimentos e no meio ambiente. Entre as principais superbactérias que representam ameaças à saúde pública, atualmente estão incluídas as seguintes: Acinetobacter baumanii e enterobactérias resistentes aos carbapenêmicos, Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (conhecidos como MRSA) e Enteroccus faecium resistentes à vancomicina (conhecidos como VRE). Além de serem utilizados para o tratamento de doenças humanas, os antibióticos são também rotineiramente utilizados na pecuária para prevenção e tratamento de doenças e para promoção do crescimento em animais, potencializando os meios através dos quais superbactérias podem surgir entre nós. Dessa forma, superbactérias poderiam ser transferidas entre animais e homens, através do contato ou pela ingestão de alimentos contaminados. Nesse cenário, o conceito denominado One Health (saúde única) vem ganhando destaque em todo o mundo. Este conceito é baseado na ideia de que a saúde da população humana está conectada à saúde animal e a do meio ambiente; e somente levando em consideração todas essas esferas de saúde poderemos garantir a prevenção adequada de diversas doenças importantes na medicina humana, incluindo as infecções por superbactérias. É um conceito que estimula a ação conjunta de vários setores da sociedade (profissionais da área da saúde, cientistas, políticos, entre outros) para a melhoria das ações de saúde pública e, se colocado em prática da forma correta, pode ser determinante para contermos o avanço da resistência bacteriana. Impactos sociais e econômicos das superbactérias E o cenário é preocupante. Em uma estimativa feita pela Organização Mundial de Saúde, até 2050 as superbactérias podem ser responsáveis por cerca de 10 milhões de mortes por ano no mundo. Além disso, de acordo com estimativas globais, até 2050 as infecções por superbactérias gerarão um custo de aproximadamente 84 trilhões de dólares para a economia global. Medidas de
controle e prevenção Os antibióticos não são a única forma de combater infecções bacterianas. Essas podem ser prevenidas também por vacinação, preparo correto dos alimentos, lavagem das mãos, principalmente entre profissionais da área de saúde; e todas essas medidas podem reduzir a probabilidade de surgimento de bactérias resistentes. Além disso, os antibióticos devem ser usados em seres humanos e animais de forma racional, ou seja, somente quando são realmente necessários e devem ser escolhidos e administrados da forma correta, sempre sob orientação médica. A automedicação é extremamente desaconselhada e representa uma das formas pelas quais os antibióticos são inapropriadamente utilizados pela população, levando ao surgimento de bactérias resistentes. Alguns estudos demonstram que, em até 50% dos casos, os antibióticos são prescritos ou administrados de forma inadequada. Neste sentido, diversos países lançaram políticas de saúde pública que visam a diminuir e racionalizar o uso de antibióticos. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vem atualizando, desde 2010, os regulamentos de venda de antibióticos. Além dessas medidas, esforços devem ser continuamente realizados para o desenvolvimento de terapias alternativas capazes de combater bactérias resistentes para as quais não existe tratamento eficaz hoje em dia e, dessa forma, conter o avanço da resistência e contribuir com a saúde pública. Laura Maria Andrade de Oliveira é doutora em microbiologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Tatiana de Castro Abreu Pinto é professora de microbiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Referências Centers for disease control and prevention. Antibiotic resistance threats in the United States, 2013. World Health Organization. Global priority list of antibiotic-resistant bacteria to guide research, discovery, and development of new antibiotics, 2017. Kraker, Stewardson, Harbarth. “Will 10 million people die a year due to
antimicrobial resistance by 2050?”, Plos Medicine, 2016. Qual o impacto da resistência a antibióticos para a saúde mundial?A resistência antimicrobiana (RAM) compromete a eficácia da prevenção e do tratamento de um número crescente de infecções por vírus, bactérias, fungos e parasitas. A RAM representa uma ameaça crescente à saúde pública mundial e requer ações de todos os setores do governo e da sociedade.
Porque a resistência bacteriana é um problema de saúde pública?Uma das maiores ameaças à saúde global atualmente, a resistência de microrganismos aos antibióticos coloca em risco a saúde humana e animal. O aumento de bactérias resistentes está diretamente relacionado ao uso excessivo e incorreto dos medicamentos disponíveis.
Porque o mau uso dos antibióticos é uma ameaça para a saúde de toda a população?Segundo a OMS, o uso inadequado de antibióticos faz com que as bactérias se alterem, tornando-se resistentes a medicamentos. Infecções como pneumonia, tuberculose e gonorreia, estão se tornando cada vez mais difíceis e, às vezes, impossíveis de tratar.
Qual a relação da resistência bacteriana com o ambiente hospitalar?O meio ambiente hospitalar alberga uma grande variedade de microorganismos, especialmente bactérias. Muitos destes agentes bacterianos, embora normalmente não patogênicos, são capazes de rapidamente sobrepujarem a baixa resistência dos pacientes imunodeprimidos e podem causar doenças infecciosas.
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