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Pré-visualização | Página 24 de 29por seu foco apenas no indivíduo e por não funcionar a partir de uma programação 83 AnDRAgOgIA E HEuTAgOgIA • CAPÍTULO 5 social crítica ou debater a relação d educação de adultos para a sociedade. Cross (1981) concluiu que “ainda é necessário provar-se se a andragogia pode ser a base para uma teoria de educação de adulto unificadora” (p. 227). Outros insistem que a teoria de aprendizagem de adulto vá além do procedimento de ensino/aprendizagem para abranger alguns elementos dos resultados desejados. (...) Pratt (1993) também critica a andragogia por não adotar um paradigma crítico da aprendizagem de adultos. Ele conclui: “Claramente, a andragogia está saturadados ideais de individualismo e democracia empresarial. A mudança da sociedade pode resultar da mudança individual, mas esse não é o objetivo principal da andragogia” (p. 21) Os críticos da andragogia estão corretos ao dizer que ela não abrange explícita e exclusivamente os resultados como a mudança social e a teoria crítica, mas eles estão errados ao achar que deveria. Essa citação deixa claro que a andragogia não tem a dimensão social, tendo em vista não possuir a perspectiva crítica. As críticas não são só essas, pois outros teóricos destacam que a andragogia está fundamentada em bases teóricas do humanismo (autorrealização individual) por influência de Maslow e Rogers e da filosofia pragmática, em função do pensamento de Dewey e Lindeman. Jamais foi sonho de Knowles que a andragogia fosse uma teoria da educação de adultos, embora a teoria crítica tenha se tornado um paradigma da educação de adultos. Os objetivos e os propósitos da andragogia geram uma visão particular que implica a educação de adultos com propósito específico e neutro. A concepção da Andragogia na Prática Knowles, Holton III e Swanson (2009, p. 158)) afirmam que a andragogia tem três dimensões na prática e que podem ser vistas como anéis e descrevem: Objetivos e propósitos para a aprendizagem, (2) diferenças individuais e situacionais, e (3) andragogia: princípios fundamentais da aprendizagem de adultos. Essa abordagem integra conceitualmente as influências adicionais com os princípios fundamentais da aprendizagem de adultos. Os três anéis do modelo interagem, permitindo que o modlo ofereça um processo tridimensional de compreensão de situações para a aprendizagem de adultos. O resultado é um modelo que reconhea falta de homogeneidade entre aprendizes e situações de aprendizagem, e lustra que o procedimento de aprendizagem é uma atividade multifacetada. 84 CAPÍTULO 5 • AnDRAgOgIA E HEuTAgOgIA Figura 3. Andragogia na prática ANDRAGOGIA Princípios Fundamentais 1. A necessidade do aprendiz de saber. 2. Autoconceito do aprendiz. 3. Experiência anterior do aprendiz. 4. Prontidão para aprender. 5. Orientação para a aprendizagem. 6. Motivação para aprender. Diferenças individuais Diferenças relacionadas a temas Crescimento institucional Crescimento da sociedade Objetivos e propósitos para a aprendizagem Crescimento individual Diferenças situacionais Diferenças individuais do aprendiz Fonte: Adaptado de Knowles, Holton III O anel externo (objetivos e propósitos para a aprendizagem) descrito pelos autores tem três categorias de crescimento: » individual; » institucional; » social. A educação de adultos tem nessas categorias de crescimento a sua essência e busca. Entretanto, outros autores, como Bryson, aponta cinco categorias e não três (liberal, ocupacional, relacional, remedial e política). Entretanto, não se pode ignorar que as categorias apontadas por Knowles et al podem ser ajustadas às categorias de Bryson. A tabela a seguir apresenta a comparação: Quadro 8. Categorias de crescimento do Anel de Objetivos e Propósitos Categorias ou partes de Bryson Categorias ou partes de Knowles Liberal IndividualRelacional Remedial Ocupacuional Institucional Político Social Fonte: Adaptado de Knowles et al (2009, p. 159-160). 85 AnDRAgOgIA E HEuTAgOgIA • CAPÍTULO 5 A andragogia trabalha para o crescimento individual do aprendiz e o crescimento institucional na qual é desenvolvida a educação no sentido da melhoria de performance na educação corporativa. Entretanto, os autores fazem o seguinte registro com relação ao crescimento social: Os objetivos e propósitos sociais que podem ser associados à experiência de aprendizagem podem ser ilustrados por meio do trabalho de Freire. Esse educador brasileiro vis os objetivos e propósitos da educação de adultos como uma transformação social e afirmava que a educação é um processo criador de consciência. Desse ponto de vista, o objetivo da educação é auxiliar os participantes a colocar o conhecimento em prática e o resultado da educação é a transformação social. Freire acreditava na habilidade do ser humano de recriar um mundo social e estabelecer uma sociedade dinâmica; acreditava também que o objetivo mais importante da educação é ajudar as pessoas a colocar o conhecimento em ação. Assim, de acordo com Freire, agir dssa maneira permitiria que as pessoas mudassem o mundo e o humanizassem. Freire está claramente preocupado com a criação de mundo melhor e o desenvolvimento e a liberação das pessoas. (KNOWLES, 2009, p.162) O segundo anel (Diferenças Individuais e Situacionais) apresenta as diferenças de: » tema; » situacionais; e » individuais. A diferença de temas, das situações/ambientes e individuais gera a necessidade de uso de estratégias específicas e diferentes, de acordo com os objetivos e propósitos de aprendizagem traçados. O último anel refere-se efetivamente à aplicação dos princípios da andragogia à aprendizagem propriamente dita. Princípios Fundamentais da Aprendizagem para a Andragogia Entre os princípios fundamentais da Andragogia estão: » A necessidade do aprendiz de saber: a definição da razão da necessidade deve ser avaliado em função de três questões básicas: » O porquê. » O quê. » Como. 86 CAPÍTULO 5 • AnDRAgOgIA E HEuTAgOgIA O porquê busca identificar a justificativa para a estudar a necessidade; o o quê tem o propósito de delimitar exatamente o que será estudo e o como consiste na definição dos procedimentos e modos de “como” o problema será atacado. O papel do educador é mediar com o educando as respostas para as questões postas acima. No primeiro momento, trabalhar na conscientização do educando da “necessidade do saber”, ou seja, da importância e o uso da vivência dos educandos para que eles se descubram e se motivem. » Autoconceito do aprendiz: como reforçar o aspecto da autonomia e de ser autodirigido? O ideal é desenvolver e incentivar o educando a tomar as decisões não só para o trabalho, como na vida. Assim, é importante incentivar a autonomia (a independência) para agir e ser autodirigo (responsável) pelas suas ações. É importante lembrar que tal postura a ser incentivada no educando se justifica pelo fato de que adultos que tiveram experiências negativas anteriores da escola tenderão a tomar uma posição passiva e esperarão do educador que “ensine”, que explique e não desenvolverão autonomia, bem como, provavelmente, ficarão desmotivado. A postura se assemelha ao caso do tratamento do educando (que é um adulto) como criança. » Experiência anterior do aprendiz: como trabalhar tais recursos e construir os modelos mentais necessários? Um aspecto fundamental corresponde ao fato de que o adulto se envolverá muito mais na atividade educacional do que um jovem, em vitude de sua vivência. Considerando que essa experiência servirá de base para a atividade de aprendizagem, pode-se constatar que a turma é mais heterogênea, o que torna mais motivador, desafiador e complexo o papel do educando. Os recursos para usos educacionais são mais ricos para cada tipo de aprendizagem. Do mesmo modo a motivação, o interesse e o objetivo dos alunos são maiores. Em função do exposto, as técnicas (como discussões em grupo, exercícios de simulação, atividades de resolução de problemas, Qual o objetivo do professor da EJA?Sua tarefa é estimular jovens e adultos lhes proporcionando acesso à sala de aula. O professor da EJA deve redirecionar concepções e conceitos em sua organização pedagógica, considerando as especificidades desse segmento.
Quais são as metas para a EJA?Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional. Fazer com que, no mínimo, 25% dos alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) tenham oportunidade de também cursar, de forma integrada, a Educação Profissional até 2024.
Quais são os objetivos de aprendizagem no ensino fundamental?Os objetivos de aprendizagem são descrições concisas, claramente articuladas do que os alunos devem saber e compreender, e do que sejam capazes de fazer numa fase específica de sua escolaridade.
Qual a importância e a relação dos objetivos do ensino com o processo de aprendizagem?A utilização correta dos objetivos com as consequentes melhorias da aprendizagem é, portanto, facilitada quando o professor deixa claro o que os alunos estão a aprender. Contudo, a investigação conclui que em muitas salas de aula, os alunos não têm certezas sobre o que o professor pretende com a sua aprendizagem.
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