Quais aspectos favorecem a obtenção de energia solar no Brasil

O Brasil é um país cuja produção de eletricidade baseou-se, historicamente, na dependência de duas principais matrizes: a hidrelétrica, predominante e prioritária, e a termoelétrica, cuja maioria das usinas opera somente em tempos de baixa da primeira matriz citada. Por esse motivo, a expansão da energia eólica no Brasil surge a partir da necessidade de diversificação das fontes energéticas do país para que este fique menos suscetível a crises no setor e também gere menos impactos ao meio ambiente.

Embora a produção de energia a partir dos ventos ainda seja pouco representativa no território brasileiro, é perceptível a evolução do setor no país ao longo dos últimos anos. Em 2014, segundo dados do Governo Federal, o Brasil ultrapassou a Alemanha no que se refere à expansão da energia eólica, atingindo o segundo lugar mundial, atrás apenas da China, que é o país que mais investe em fontes energéticas no mundo em razão de sua alta demanda.

No ano de 2002, o governo brasileiro criou o Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa), cujo objetivo era ampliar as matrizes que geram menos impactos ambientais, dentre elas a eólica, a solar, a geotérmica e outras. A partir daí, a expansão da energia eólica no Brasil ocorreu graças a parcerias entre o poder público e a iniciativa privada por intermédio da realização de leilões e concessões públicas para empresas interessadas durante um período de, geralmente, 20 anos. O primeiro leilão ocorreu no ano de 2009 e envolveu empreendimentos em cinco estados da região Nordeste.

Embora a expansão do setor de energia eólica seja considerável nos últimos anos, os dados revelam que os valores ainda são incipientes para se dizer que há um processo de diversificação energética em curso no Brasil. Afinal, com a concretização de todos os projetos atualmente em curso, essa matriz será responsável por apenas 8% de toda a eletricidade no país em um futuro próximo.

Todavia, alguns dados merecem destaque: em 2003, o Brasil produzia somente 22 MW (megawatts) de eletricidade a partir de fontes eólicas, valor que aumentou para 602 MW em 2009 e aproximadamente 1 GW (gigawatts) em 2011. Recentemente, no ano de 2014, o país atingiu algo em torno de 5 GW, com a expectativa de elevação para 13 GW até 2018. Apesar de relevantes, esses números ainda são muito pequenos perante o potencial que o território nacional possui, que é calculado em aproximadamente 140 GW.

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Quais aspectos favorecem a obtenção de energia solar no Brasil

Parque eólico no município de Osório, Rio Grande do Sul (2008) *

A região do Brasil com o maior potencial de produção de energia elétrica a partir dos ventos é o Nordeste, com 75 GW, a metade da capacidade de todo o país. Não por acaso, a maioria das usinas existentes encontra-se nessa região. Em segundo lugar, fica o sudeste, com 29,7 GW; seguido pelo sul, com 22,8 GW; o norte, com 12,8 GW; e o centro-oeste, com uma capacidade de 3,1 GW.

O estado brasileiro que mais produz energia eólica é o Rio Grande do Norte, que, até 2013, tinha uma capacidade instalada de 1.339,2 MW e uma expectativa de crescimento para 3.654MW até 2018. A seguir, temos uma tabela que sintetiza as principais unidades federativas do país nesse quesito:

Quais aspectos favorecem a obtenção de energia solar no Brasil

Principais estados brasileiros em produção de energia eólica no Brasil

Além de ser importante no processo de diversificação da produção de eletricidade e diminuição da dependência de energia no Brasil, a expansão das fontes eólicas é necessária também por gerar menores impactos ambientais, como aqueles proporcionados na ativação de termoelétricas. Por isso, os investimentos nessa e em outras fontes, embora estejam se intensificando, precisam expandir-se ainda mais a fim de gerar uma maior gama de resultados e garantir um melhor desenvolvimento do país em termos de infraestruturas.

* Créditos da imagem: Eduardo Fonseca/ Wikimedia Commons

A utilização da energia solar para a produção de eletricidade encontra-se no cerne do debate da mudança da matriz energética global. Isso porque essa é considerada uma forma ambientalmente limpa de geração de energia em função do fato de ela não emitir poluentes na atmosfera.

É importante lembrar que a geração de eletricidade a partir do calor do sol ocorre em residências através da utilização de placas específicas, mas a tendência é que esse tipo de energia seja mais aproveitado em usinas solares. Estas se dividem em dois tipos: as fotovoltaicas, que utilizam placas que transformam a energia do sol em elétrica diretamente, e as térmicas, que utilizam o calor do sol para aquecer a água que se transforma em vapor, em um procedimento semelhante ao das termoelétricas.

A seguir, iremos considerar as vantagens e desvantagens da energia solar, no sentido de compreender quais são as suas principais contribuições, bem como as suas limitações.

Vantagens da energia solar

A maioria das vantagens da energia solar está relacionada com os seus benefícios ambientais. Dentre os principais pontos, podemos destacar:

a) É renovável: a energia advinda do sol pode ser considerada inesgotável. As tecnologias atuais, inclusive, permitem o armazenamento de calor durante certo tempo, de forma que, quando não há sol, a produção de eletricidade não é prejudicada.

b) É gratuita. A energia advinda do sol não possui custos, haja vista que é um recurso oferecido pela natureza. A correta localização das usinas solares permite o máximo aproveitamento.

c) Ocupa pouco espaço. Ao contrário, por exemplo, das hidrelétricas, a produção de energia solar não demanda a ocupação de grandes áreas, com processos de desocupação de regiões naturais.

d) Não emite poluentes. Ao contrário de outras fontes produtoras de energia, como as termoelétricas, as usinas solares não emitem poluentes na atmosfera.

e) Baixa necessidade de manutenção. Apesar de ser uma tecnologia cara, os painéis ou placas utilizados na produção de energia são resistentes e praticamente não oferecem custos de manutenção.

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f) Acessível em lugares remotos. Por não demandar grandes investimentos em linhas de transmissão, as usinas solares ou placas fotovoltaicas conseguem beneficiar aquelas comunidades mais afastadas dos grandes centros urbanos.

Desvantagens da energia solar

Todo sistema de produção de energia possui o seu lado B, isto é, os seus efeitos colaterais. Com a energia solar não é diferente. Dentre as suas desvantagens, podemos citar:

a) Custo elevado. Atualmente, a tecnologia de produção de energia solar é muito cara. As placas residenciais, por exemplo, são exclusividades da população economicamente mais rica, exceto nos casos em que o governo custeia ou financia o equipamento para lares mais humildes. No entanto, a tendência é que esse equipamento fique mais barato nos próximos tempos.

b) Dependência climática. As variações climáticas interferem rapidamente sobre a produção de eletricidade. Nas usinas solares, por exemplo, a produção interrompe-se quando o sol fica encoberto por mais de 23 horas seguidas, que é o tempo máximo de armazenamento de energia nessas unidades.

c) Baixa capacidade de armazenamento. Apesar de a energia produzida ter o seu armazenamento viável e possível, ele não acontece em grandes quantidades em comparação a outras fontes de energia.

d) Baixo rendimento. Os painéis e usinas solares de tecnologia fotoelétrica ou fotovoltaica possuem uma capacidade de rendimento muito baixa. Já nas usinas solares térmicas, esse problema é um pouco menor, a exemplo da Ivanpah Solar Electrict Generating System, a maior usina solar do mundo, localizada nos Estados Unidos.

Quais aspectos favorecem a obtenção de energia solar no Brasil

Vista aérea da Usina de Ivanpah, nos Estados Unidos, a maior do mundo! ¹

e) Prejuízos ambientais. As usinas solares não são tão ambientalmente corretas quanto se imagina. Apesar de não emitirem poluentes, elas são responsáveis por uma grande mortalidade de pássaros, que literalmente queimam em função do calor gerado no local de produção. Os espelhos das placas das usinas atraem-nos, fazendo com que morram.

Quais aspectos favorecem a produção de energia solar no Brasil?

No Brasil, alguns fatores específicos podem favorecer esse cenário, transformando a energia solar fotovoltaica na bola da vez: a disrupção do setor elétrico e a entrada em vigor do Preço de Liquidação das Diferenças (PLD) Horário.

Quais aspectos favorecem a obtenção de energia solar?

Fonte renovável e inesgotável de energia. Para ser fabricado, um painel solar consome grande quantidade de energia, que, às vezes, é maior do que a própria energia gerada por ele. Não poluente. Preços elevados em relação à produção de energia por meio de fontes não renováveis.

Quais os aspectos que favorecem a obtenção de energia hídrica eólica e solar no Brasil?

O Brasil possui extensos rios planálticos que favorecem a geração de hidreletricidade. Atualmente, 67% da energia gerada no país são oriundos das usinas hidrelétricas. O mundo conta atualmente com mais de 60 mil usinas. Das maiores do mundo, três ficam no Brasil: Itaipu, Belo Monte e Tucuruí.

Por que o Brasil se destaca como um bom produtor de energia solar?

Energia solar e seus impactos Outra fonte bastante rentável e que vem ganhando destaque no Brasil e no mundo é a gerada a partir do sol. O potencial brasileiro também é elevado para a geração de energia solar fotovoltaica, graças aos altos índices de irradiação solar presentes o ano todo em boa parte do país.