Quais são os determinantes no estudo da epidemiologia da atividade física?

Autores

  • Virgílio Ramires Universidade Federal de Pelotas
  • Leonardo Becker Universidade Federal do Paraná
  • Ana Sadovsky Universidade Federal do Espirito Santo
  • Adriana Zago Universidade Federal do Espirito Santo
  • Renata Bielemann Universidade Federal de Pelotas
  • Paulo Guerra Universidade de São Paulo

DOI:

//doi.org/10.12820/rbafs.v.19n5p529

Palavras-chave:

Atividade motora, Estilo de vida sedentário, Estudos epidemiológicos, Brasil

Resumo

O objetivo desta revisão foi atualizar a evolução da produção científica em epidemiologia da atividade física no Brasil. Também buscamos verificar a distribuição geográfica das pesquisas e a evolução do conhecimento conforme os principais domínios que caracterizam a pesquisa em atividade física e saúde. Foi realizada uma busca sistemática da literatura nas bases de dados PubMed, LILACS e SciELO, além de buscas manuais por autores e referências cruzadas. Artigos originais publicados entre 2005 e 2013 foram incluídos contendo um ou mais domínios da atividade física, conhecimento sobre atividade física e/ou comportamento sedentário, com amostra igual ou maior a 500 participantes. Após a síntese descritiva, os estudos foram estratificados conforme localização geográfica, delineamento e domínios de pesquisa na área da atividade física e saúde. A análise final foi feita com 276 estudos. Os dados obtidos demonstraram crescente publicação científica brasileira na área de epidemiologia da atividade física (de 7 para 49 artigos/ano), sendo 82,2% delineados para analisar os determinantes, níveis e tendências temporais e as consequências à saúde da prática regular da atividade física e/ou do prolongamento do comportamento sedentário. No plano regional, houve concentração das pesquisas nas regiões Sul (43,5%) e Sudeste (22,1%) do país e crescimento das publicações provindas da região Nordeste (18,5%), e dos trabalhos com representatividade nacional, ou que envolvem cidades de regiões distintas (12,3%). Foi evidenciada grande evolução no número de publicações brasileiras em epidemiologia da atividade física, apesar de importantes limitações regionais, tipo de delineamento utilizado e dos domínios de pesquisa desenvolvidos.

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Biografia do Autor

Paulo Guerra, Universidade de São Paulo

Como Citar

1.

Ramires V, Becker L, Sadovsky A, Zago A, Bielemann R, Guerra P. Evolução da pesquisa epidemiológica em atividade física e comportamento sedentário no Brasil: atualização de uma revisão sistemática. Rev. Bras. Ativ. Fís. Saúde [Internet]. 16º de setembro de 2014 [citado 5º de novembro de 2022];19(5):529. Disponível em: //rbafs.org.br/RBAFS/article/view/3732

Edição

Seção

Artigos de Revisão

FATORES EPIDEMIOLÓGICOS ENVOLVIDOS NAS ATIVIDADES FÍSICAS E ESPORTIVAS (AFES)

RELATÓRIO INTERDISCIPLINAR:

FATORES EPIDEMIOLÓGICOS ENVOLVIDOS NAS ATIVIDADES FÍSICAS E

ESPORTIVAS (AFES)

Relatório Interdisciplinar de Atividade Prática

Supervisionada (APS), elaborado para avaliação no

semestre letivo, na habilitação de Graduação Plena

(Bacharelado) no curso de Educação Física

apresentado à Universidade Paulista – UNIP

ORIENTADOR: Prof. Iury Feres Abrão

RESUMO

O presente trabalho de Atividade Prática Supervisionada aborda o tema: “FATORES EPIDEMIOLÓGICOS ENVOLVIDOS NAS ATIVIDADES FÍSICAS E ESPORTIVAS (AFES)”

A presente atividade prática supervisionada trata sobre fatores epidemiológicos na área que abrange a Educação Física, seus comportamentos na prática e as doenças envolvidas; em meio a uma abordagem descritiva, qualitativa e reflexiva, a fim de aprimoramento nos estudos sobre o tema proposto.

Neste estudo, levantamos questões sobre procedimentos em vista às epidemiologias na educação física, como são tratadas e estudadas nesse meio, bem como as causas, precauções, prevenções e cuidados.

Palavras-chave: AFES, epidemiologias, estudos, saúde.

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 4

2. DESENVOLVIMENTO .......................................................................................... 6

2.1 Pandemia de inatividade.....................................................................................8

2.2 Questionário.........................................................................................................9

3. CONCLUSÃO ...................................................................................................... 10

4. FICHAMENTO .................................................................................................... 11

Anexo - Questionário................................................................................................14

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 15

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1. INTRODUÇÃO

Esta Atividade Prática Supervisionada (APS) objetiva realizar pesquisas sobre os fatores epidemiológicos na área que abrange a Educação Física, seus comportamentos na prática e as doenças envolvidas.

A atividade física é praticada desde os primórdios da humanidade, mas com o passar do tempo ela se tornou um ato de escolha quando envolto em determinados aspectos, como estética ou saúde, já não mais como uma necessidade para a sobrevivência. A prática regular de atividades físicas ajuda na prevenção de muitas doenças, como as cardiovasculares, pois reduz a tensão arterial e o colesterol, aumenta a energia e melhora qualidade do sono, além de ajudar a manter o peso saudável e controlar o estresse.

Retornando aos primórdios da humanidade, podemos dizer que durante o período que se convencionou pré-histórico, o homem dependia de sua força, velocidade e resistência para sobreviver. Suas constantes migrações em busca de moradia faziam com que realizasse longas caminhadas ao longo das quais lutava, corria e saltava, ou seja, era um ser extremamente ativo fisicamente. (Francisco Pitanga, 2002).

[...] Mais tarde, na antiga Grécia, a atividade física era desenvolvida na forma de ginástica que significava “a arte do corpo nu”. Estas atividades eram desenvolvidas com fins bélicos (treinamento para guerra), ou para treinamento de gladiadores. (Francisco Pitanga, 2002).

O termo saúde também tem evoluído e gerado discussões sobre seu verdadeiro significado e importância para os seres humanos. O dicionário Houaiss a define como “estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital”, porém hoje existem mais alternativas do que somente o aspecto físico do organismo.

Na atualidade, saúde tem sido definida não apenas como a ausência de doenças. Saúde se identifica como uma multiplicidade de aspectos do comportamento humano voltados a um estado de completo bem-estar físico, mental e social. (Pitanga, 2002).

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A compreensão do conceito saúde exige uma visão de conjunto, ou seja, precisamos consultar diversas fontes. Leon Kass (1981) propôs saúde como o “bom funcionamento do organismo como um todo”, ou, “a atividade do organismo vivo de acordo com suas excelências específicas”. Mais tarde, Lennart Nordenfelt (2001) sugeriu saúde como o “estado físico e mental em que é possível alcançar todas as metas vitais, dadas as circunstâncias”. De acordo com a Enciclopédia Britânica: “saúde é a medida de um indivíduo em manter a habilidade física, emocional, mental e social de lidar com o ambiente.” Enquanto por um lado, inúmeras doenças contam com conceitos e definições bem específicas, por outro lado, saúde é um conceito aberto, relacionados com diversos estados possíveis e imensuráveis. Considerando-se que a ideia de um estado de bem-estar permanente não pareça viável, então saúde precisa incluir a capacidade de lidar, e quando possível, de superar dificuldades e doenças.

A ciência que estuda o processo saúde-doença em coletividades humanas, também conhecida como epidemiologia pode abranger em diversos aspectos, ferramentas e áreas para o tratamento e prevenção e entendimento da relação entre ambos.

Levando em consideração a atividade física e esportiva como uma importante ferramenta de prevenção podemos relacionar a epidemiologia com a mesma, como uma importante maneira de compreender a ciência de tratar e prever doenças diversas através dessa ferramenta. Levando em consideração, o Brasil e sua população, começamos a entender sua importância.

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2. DESENVOLVIMENTO

O Ministério da Saúde em seu Boletim Epidemiológico (Secretaria de Vigilância em Saúde Ministério da Saúde, vol22), realizou uma pesquisa sobre as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como as doenças cardiovasculares, cânceres, doenças respiratórias crônicas e diabetes, elas sendo a maior causa de morte em todo o mundo.

No Brasil, em 2016, 74% dos óbitos em pessoas com idade entre 30 e 69 anos foram em decorrência das DCNT. Esse cenário poderia ser amplamente evitado, uma vez que essas doenças estão ligadas a fatores de risco comportamentais que são comuns entre si e passíveis de prevenção, principalmente, como o uso de tabaco, a alimentação não saudável, a inatividade física e o consumo abusivo de bebidas alcoólicas.

Algumas doenças tiveram um aumento em um determinado tempo, a diabetes foi de 5,5% (2006) a 7,4% (2019). Hipertensão arterial de 22,6% (2006) foi a 24,5% (2019). Excesso de peso foi de 42,6% (2006) a 55,4% (2019). Obesidade teve um aumento de 72%, indo de 11,8% (2006) a 20,3% (2019). O consumo excessivo de álcool foi de 15,7% (2006) a 18,8% (2019) sendo indicado que as mulheres passaram a consumir mais. Dados do estudo Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) mostram que, em 2019, 9,8% da população entrevistada declarou que ainda é fumante. O índice é 0,5% mais alto que o valor apurado há um ano. O Vigitel é uma pesquisa telefônica realizada com maiores de 18 anos, nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal, sobre diversos assuntos relacionados à saúde.

Por mais que as DCNT’s tenham aumentado, não devemos deixar de mencionar as melhoras conquistadas. O número de fumantes diminuiu de 15,7% (2006) para 9,8% (2019), outra diminuição foi o número de adultos inativos, eram 15,9% (2006) e passaram a ser 13,9% (2019). Alguns aumentos que devem ser levados em consideração são o de consumo de frutas e hortaliças, 20,0% (2008) 22,9% (2019) e o de praticantes de atividade física, contando com os que praticam 150 minutos de

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atividade moderada ou 75 minutos de atividade intensa por semana, os números foram de 30,3% (2009) a 39,0% (2019).

Podemos apontar também outras doenças como depressão e ansiedade que está ligado com aspectos de saúde e bem estar, podendo assim utilizar como ferramenta de tratamento a atividade física e esportiva de maneira que estimule hormônios presentes nos remédios não só eles como uma forma de tratar e gerar bem estar.

Levando em consideração esses dados podemos ver que as doenças apontadas mostram que a prevenção e tratamento está diretamente ligada a atividade física e esportiva. Como uma ferramenta primordial, extremamente necessária e essencial a vida de todos, pois previne e pode ser também uma forma de tratamento, mostrando que está diretamente ligado a saúde e manutenção da mesma para todos.

Tem-se observado um crescimento do campo de epidemiologia da atividade física no Brasil, especialmente a partir do ano 2000, que coincide com a maior inserção de profissionais de Educação Física nos programas de pós-graduação em saúde coletiva e epidemiologia.

Nossa experiência de aproximação com a metodologia "qualitativa" é ainda recente e limitada. As dicas de atuação no campo da atividade física são oriundas de nossas impressões, resultantes de carências latentes percebidas com a pesquisa na área de epidemiologia da atividade física. A possibilidade de inclusão de diferentes formas de compreender os resultantes dos estudos de atividade física depende também da contundência da produção do conhecimento da área qualitativa. Acreditamos em uma produção compartilhada e propositiva, fazendo o campo de atividade física e saúde prosperar e ampliar sua forma de compreensão dos desfechos em saúde. (Hallal, Pedro; Knuth, Alan – 2011).

“É importante lembrar que a atividade física é fundamental para a saúde, contribuindo para promover a saúde cardiovascular, controlar o peso e prevenir e tratar doenças crônicas, e que mesmo pequenas quantidades de exercício podem ser benéficas. Quem precisa melhorar o sono, se puder, deve preferir a manhã ou a tarde”, alerta a pesquisadora Andréa Wendt em seu estudo - “Efeito da atividade física no

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sono: um estudo de base populacional”, sobre estudo epidemiológico no congresso nacional de educação física,2019.

Todas essas doenças crônicas citadas, aumentam o risco de desenvolver complicações da infecção pela Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, que afeta gravemente a população na atualidade. Além disso, sobrepeso, obesidade e ganho de peso na fase adulta são fatores de risco para 13 tipos de câncer. Já o tabagismo é a principal causa de mortes evitáveis em todo o mundo e está na origem de diversos tipos de câncer. (INCA – Instituto Nacional do Câncer, Brasil, Abril,20).

2.1 PANDEMIA DE INATIVIDADE Houve uma queda brusca de atividade física causada pela pandemia. Dados mostram uma grande redução média do número de passos dados em junho de 2020 em comparação com o mesmo mês do ano 2019, estudiosos temem que essa queda brusca nos níveis de condicionamento físico possa ser seguida por um aumento nas doenças crônicas associadas à falta de exercícios físicos, como obesidade e problemas cardíacos. Algumas dessas condições também tornam as pessoas mais propensas a sofrer os efeitos graves da covid-19, em meio a relatos de segundas ondas de contágio em várias partes do globo. Uma análise publicada pelo Banco Mundial em 26 de agosto apontou que a obesidade não só aumenta o risco de morte em pacientes com covid-19 em quase 50%, mas também pode limitar a eficiência de uma vacina contra o novo coronavírus. Os mais jovens de faixa dos 18 aos 29 anos foram os que apresentaram menor nível de atividade. "Quando não nos exercitamos, fazemos escolhas alimentares piores intuitivamente, o que nos prende em um ciclo negativo que acaba afetando nossa saúde física e nosso bem-estar emocional e mental." Relata Punam Krishan, diretor da Sociedade Britânica de Medicina de Estilo de Vida.

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Vários países relataram que medidas de isolamento levaram ao ganho de peso em sua população em algum momento — no Brasil, por exemplo, uma pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais mostrou que quase quatro em cada dez pessoas engordaram durante o pandemia. Itália, França, Reino Unido e Israel também relataram aumentos no peso de sua população durante o período de isolamento. Mas o aumento do risco de desenvolver doenças e se tornar mais vulnerável à covid-19 não parece motivar muitas pessoas a se levantarem do sofá. Esta foi uma conclusão a que chegou Nina Rogers, epidemiologista da University College London, no Reino Unido, que trabalhou ao lado de colegas da University of Bath para entrevistar mais de 5,8 mil britânicos com 20 anos ou mais durante a pandemia. O sedentarismo impulsionado pela pandemia é uma preocupação da Organização Mundial da Saúde (OMS), que criou uma campanha com a hashtag #HealthyAthome (#SaudávelEmcasa), com informações sobre exercícios simples e a quantidade de atividade necessária para diferentes faixas etárias. 2.2 QUESTIONÁRIO

Foi realizado um breve questionário sobre fatores epidemiológicos com voluntariados.

A faixa etária da investigação girou em torno da faixa dos 15 a 20 anos, sendo 4 indivíduos de 15 anos a 20 e 6 colaboradores de 20 a 30. Entre as pessoas, já na segunda questão consideram que são fisicamente ativas,5 delas, tendo a mesma quantidade já praticado algum esporte, indicando que a inatividade é menor.

Novamente esses números se repetem mostrando que somente 1 indivíduo não tem a atividade física como algo essencial na vida, a unanimidade aparece na 5° pergunta, onde se especula a importância da atividade física e esportiva para a saúde, todos indicaram que é muito importante.

Na pergunta seguinte novamente houve uma divisão quase equilibrada sobre o motivo da não prática frequente de muitos brasileiros, sendo que a maioria apontou

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ser por “preguiça” e os outros 2 disseram ser por falta de tempo. A harmonia unânime retornou nas perguntas 7 e 8 onde se explanou o conhecimento sobre a prevenção de doenças não transmissíveis como diabetes e as cardiopatias, e sobre os diversos benefícios físicos com a prática cotidiana, todos afirmam positivamente.

Tratando-se do conhecimento sobre os benefícios a vida sexual e ao prazer, 5 pessoas tem a consciência de que os exercícios de sobrecarga a favorecem, em 1 caso não. Apesar da diferença em algumas respostas, todos os indivíduos entrevistados responderam na decima questão que obtiveram novas informações e isso os deixou mais conscientes sobre os benefícios e a importância das AFE's.

3. CONCLUSÃO

A atividade física sempre esteve em meio a humanidade e como tudo ela evoluiu, deixou de ser diretamente ligada à sobrevivência, mas ainda é necessário para prolongar o tempo e qualidade de vida. A evolução se deu também em relação a saúde, seu significado na antiguidade era não ter doenças, porém hoje está relacionada também com o bem estar físico, emocional e mental.

Parecem dois termos distintos, porém ambos estão relacionados com a vida. Educação física é uma profissão que visa a promoção da saúde, fazendo com que a população recorra cada vez menos a médicos e medicações e cada vez mais a atividades físicas e esportivas.

A epidemiologia na atividade física, nas mais variáveis de respostas, normalmente se destacam as doenças crônico degenerativas, taxas de mortalidade ou longevidade, enquanto que atividade física é variável preditora.

Considerando que o sedentarismo já é visto como fator de risco primário para as doenças cardiovasculares, sendo identificada sua prevalência, torna-se fundamental a identificação dos determinantes da atividade física, para em seguida serem propostos modelos para incentivar a adoção e manutenção da prática de atividades físicas, bem como estratégias para incentivar a população a adotar o estilo de vida mais ativo fisicamente.

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4. FICHAMENTO

Assunto: EPIDEMIOLOGIA NAS AFES NO BRASIL

Referencias: Pitanga F.J.G. - Epidemiologia, atividade física e saúde.- Rev. Bras. Ciên. e Mov. Brasília v.10 n. 3 p. julho 2002.

Citações:

“Na atualidade, os principais estudos sobre epidemiologia da atividade física continuam a investigar a relação entre sedentarismo, como fator de risco, ou estilo de vida ativo fisicamente, como fator de proteção, e agravos cardiovasculares (13); hipertensão (19); câncer (11, 25); diabetes (14) e saúde mental (26). Outro aspecto que necessita ser conhecido, é a intensidade ideal da atividade física necessária para provocar associação ou relação dose-resposta em relação às variáveis citadas. “

“[...]a relação entre epidemiologia e atividade física aparentemente tem início na era epidemiológica das doença crônico-degenerativas, com a paradigma da caixa preta, onde entre os elementos que estavam ocultos, como fatores multicausais de risco, o sedentarismo aparece como fator determinante de agravos à saúde. Este momento, normalmente, coincide com a chamada transição epidemiológica, na qual existe uma inversão das causas de morte, de doenças infecciosas para doenças cardiovasculares, fato observado há algum tempo nos países desenvolvidos. No Brasil, inclusive na região Nordeste, apesar de estar acontecendo de maneira lenta, a transição epidemiológica já é uma realidade.”

“[...}foram analisados os modelos multicausais na determinação de agravos sendo identificadas três teorias: a) teoria do germe, bastante utilizada no início do século XIX, durante a era epidemiológica das doenças infecciosas, sendo que, atualmente, observa-se retorno a esta tendência em virtude da possibilidade de microorganismos como causa do câncer, bem como pela recente epidemia de AIDS; b) teoria do estilo de vida, que caracteriza as causas das doenças como comportamental, sendo que as principais hipóteses seriam: estresse, sedentarismo, uso de álcool, hábito de fumar e alimentação inadequada, estando ligadas diretamente às doenças crônico-degenerativas; c) teoria ambiental, que explica o surgimento de diversos problemas de saúde em virtude da poluição do meio ambiente, entre outras formas de modificações ambientais provocadas pela modernidade. A estas teorias podemos acrescentar o atual estudo do genoma humano, que preconiza os aspectos genéticos como possíveis participantes das redes multicausais na determinação das doenças.”

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Considerações: As atividades físicas voltadas à saúde, podem modificar fatores de risco e relação às doenças da população. Existem evidências bastante significativas da influência da atividade física na melhoria da eficiência do sistema imunológico e melhorias na resistência de pacientes com AIDS, por exemplo.

Também foram constatados a influência dos fatores genéticos, não apenas nos níveis de aptidão física, como também no nível de atividade física habitual e participação em exercícios, o que nos levam a acreditar que os atuais estudos sobre o genoma humano podem, também, contribuir para firmar a relação entre atividade física e saúde.

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ASSUNTO: ESTUDOS E LIMITAÇÕES DA ÁREA DE EPIDEMILOGIA

REFERÊNCIA: HALLAL, P. C. - Epidemiologia da atividade física e a aproximação necessária com as pesquisas qualitativas - Rev. Bras. Ciênc. Esporte (Impr.) vol.33 no.1 Porto Alegre Mar. 2011

CITAÇÕES:

“Uma das principais limitações da área de epidemiologia da atividade física se refere à conceituação, visto que existe uma abundância de termos utilizados para classificar os indivíduos de determinado estudo em termos de sua prática de atividade física...”

“No que se refere aos fatores associados à prática de atividade física, alguns autores têm conduzido estudos na área de barreiras percebidas para a prática de atividade física (REICHERT et al., 2007). É evidente que o uso de metodologias de pesquisa "qualitativa" pode nos fornecer informações valiosas para a compreensão dos principais fatores que dificultam a adesão ou manutenção da prática de atividade física.”

CONSIDERAÇÕES: Os autores reforçam no artigo para que se tenham mais estudos sobre a visão de métodos qualitativos e esses serem mais divulgados, para que a união de mais e de melhores estudos, reforcem o entendimento de conceitos ainda vagos e limitados no campo de pesquisas da saúde e da educação física.

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Anexo – Questionário

Questionário elaborado pelos integrantes da atividade supervisionada e realizado por alguns colaboradores da pesquisa, respondidos e entregues conforme recomendação e precauções da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa.

Este questionário que você irá responder faz parte de uma pesquisa feita pelos alunos do curso de Educação Física da UNIP São José do Rio Pardo, com o objetivo de levantar dados epidemiológicos e explorar a prática das Atividades Físicas e Esportes e os fatores que influenciam a prática ou a falta dela, visando a prevenção de doenças crônicas como doenças cardiovasculares, respiratórias, diabetes entre outros.

Obs:Você não será identificado(a), suas respostas serão sigilosas. Apenas o resultado geral da pesquisa será divulgado. Não existe respostas certas ou erradas.

QUESTIONÁRIO.

01 -Qual é a sua idade?

( ) 15 - 20 Anos ( ) 20 – 30 anos ( ) 30 – 40 anos ( ) 40 anos ou mais

02 - Você se considera uma pessoa ativa fisicamente?

( ) Sim ( ) Não

03 - Já participou de algum esporte? (dança, lutas, futebol...)

( ) Sim ( ) Não

04 - Você considera a atividade física essencial na sua vida?

( ) Sim ( )Não

05 - O quanto você acha importante a atividade física para a saúde?

( ) Pouco importante

( ) Médio

( ) Muito importante

06 - Para você, qual é o principal motivo pela qual muitos brasileiros não fazem nenhuma atividade física?

( ) Trabalho

( ) Não ter tempo

( ) Local inapropriado

( ) Preguiça

07 – Você sabia que a atividade física previne diversas doenças como doenças cardiovasculares e diabetes?

( ) Sim ( ) Não

08 – Você sabia que o exercício físico regular proporciona diversos benefícios como flexibilidade, força, resistência, além de facilitar as atividades cotidianas diárias?

( ) Sim ( ) Não

09 – Você sabia que o exercício físico com sobrecarga ajuda a produção dos hormônios, aumentando a sensação de prazer e interesse sexual?

( ) Sim ( ) Não

10 - Após responder este questionário, você se considera uma pessoa mais informada em relação a atividade física e os benefícios que ela pode proporcionar?

( ) Sim ( ) Não

Agradecemos a sua participação

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BAGRICHEVSKY, M. et al. - A saúde em debate na educação física -Vol 2. Blumenau: Nova Letra, 2006. BORGES, T. et al. - Conhecimento sobre fatores de risco para doenças crônicas: estudo de base populacional. Cadernos de Saúde Pública - Rio de Janeiro, v. 25, n. 7, p. 1511-20, jul. 2009.

Castanho VS, Oliveira LS, Pinheiro HP, Oliveira HC,Faria EC - Sex differences in risk factors for coronary heart disease: a study in a Brazilian population. BMC Public Health. 2001;1:3.

Farias Jr. JC, Lopes AS. - Comportamentos de risco relacionados à saúde em adolescentes. Rev. Bras. Cien.Mov. 2004;12(1):7-12.

FREITAS, Bruno Peres – Caminhos do Planejamento: alternativas de reflexão e ação na contemporaneidade, (vol5.ed.10,2005).

FITSCH, Rosângela. Planejamento Estratégico: instrumental para a intervenção do Serviço Social, São Paulo: Cortez. Revista Serviço Social & Sociedade. “Mundo do trabalho”. Nº 52. ANO XVII. Dezembro de 1996.

HALLAL, PEDRO CURI; KNUTH ALAN GOULARTE - Epidemiologia da atividade física e a aproximação necessária com as pesquisas qualitativas - Rev. Bras. Ciênc. Esporte (Impr.) vol.33 no.1 Porto Alegre, 2011.

MOREIRA, W. W (org). Século XXI: a era do corpo ativo. Campinas, Papirus, 2006

WERNECK, C. L. G. Lazer e formação profissional na sociedade atual: repensando os limites, os horizontes e os desafios para a área. Licere,v. 1, n. 1, p. 47-65, 1998.

Quais são os determinantes no estudo da epidemiologia?

Determinantes são todos os fatores físicos, biológicos, sociais, culturais e comportamentais que influenciam a saúde. Condições relacionadas à saúde incluem doenças, causas de mortalidade, hábitos de vida (como tabagismo, dieta, atividades físicas, etc.), provisão e uso de serviços de saúde e de medicamentos.

Quais os 4 determinantes primordiais da epidemiologia?

Saúde, Trabalho e Ambiente.

O que é a epidemiologia da atividade física?

Com base nesta perspectiva, podemos considerar a definição de epidemiologia da atividade física como a parte da epidemiologia que se preocupa com a associação entre os comportamentos da atividade física e a doença, com a distribuição e determinantes dos comportamentos da atividade física em populações específicas e ...

Quais são os quatro domínios que a epidemiologia considera para avaliar a prática da atividade física?

Foram incluídos artigos de pesquisa de um ou mais domínios da atividade física (lazer, deslocamentos, atividades domésticas e ocupacionais), conhecimento sobre atividade física ou nível de aptidão física.

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