Introdu��o Show No cotidiano profissional, o professor se utiliza da comunica��o como ferramenta indispens�vel no desempenho de suas atividades. Dentre estas, a fun��o de educador, bem como elo de liga��o entre promover os diversos conhecimentos humanos e a habilidade de comunicar-se. Conforme Rector e Trinta (1986, p. 16), sabe-se que �[...] o corpo humano, decomposto em signos n�o verbais, � descrit�vel por meio de signos lingu�sticos, equivalentes aos seus diversos movimentos�. Desta maneira, o uso consciente da linguagem corporal, tende a facilitar o professor no alcance de seus objetivos na transmiss�o de conte�dos em sala de aula. Nessa perspectiva, n�o h� d�vida de que as salas de aula s�o espa�os de comunica��o e que as palavras e as n�o palavras (sil�ncios, aus�ncias, sons articulados ou n�o) orientam as rela��es entre os indiv�duos e permitem uma constela��o de mensagens que s�o capitadas de forma consciente ou inconsciente (PAREJO, 1995). Assim sendo, pode-se dizer que apenas o movimento do corpo n�o traduz o significado da mensagem, havendo necessidade de inseri-lo num contexto, permitindo que um mesmo gesto tenha diferentes significados nas diversas sociedades. Habilidades associadas ao conhecimento de assuntos da �rea de comunica��o n�o verbal s�o importantes para o desenvolvimento da compet�ncia social dos indiv�duos, quer na sua atua��o profissional, quer na sua vida di�ria (MESQUITA, 1997, p. 160). Em vista disso, entende-se que a linguagem corporal deva ser encarada como uma necessidade a mais na conjuntura de atividades da vida do educador profissional, o que, segundo Vargas (1998), permite os seres humanos encontrarem suas necessidades presentes diariamente. Desta maneira, neste estudo e por meio de uma pesquisa-bibliogr�fica e literatura discutida sobre a tem�tica, pretendeu-se proporcionar reflex�es sobre a import�ncia da percep��o da linguagem corporal na educa��o profissional. Movimento corporal: um conte�do dotado de comunica��o e linguagem Marone (1999, p. 39) parte de que �[...] somente em Deus a palavra antecedeu o gesto, porque Deus em princ�pio era o Verbo�. Ou seja, antes do surgimento da palavra (fase verbal) existe outra fase, a �pr�-verbal�, em que a linguagem predominante � a do gesto. Segundo este mesmo autor, gra�as a esses gestos que os sons podem ter significado. E, por meio da express�o corporal, s�o manifestados sentimentos de alegria, dor, tristeza, amor, �dio, desprezo e outros que s�o, naturalmente, uma representa��o das atitudes e a��es que se pretendem interpretar, pois est�o relacionados ao indiv�duo, sofrendo, geralmente, a influ�ncia da ci�ncia, da tecnologia e do desenvolvimento econ�mico e da sociedade (VARGAS, 1998). Todo ser humano tem no movimento uma necessidade natural e espont�nea, indispens�vel � vida (VARGAS, 1998). Tamb�m, sabe-se que as primeiras manifesta��es do ser humano emergem do ato motor e, segundo Capitanio (2004), o movimento humano faz parte do dom�nio motor, contudo, no comportamento humano se fazem presentes, tamb�m, o dom�nio cognitivo e o dom�nio afetivo-social. No entanto, para Gagn� (1974):
Mowrer (1960, apud GAGN�, 1974, p. 75) acredita que a aprendizagem dos movimentos naturais � um requisito pr�vio para as demais aprendizagens. O que, de acordo com Vargas (1998, p. 34), possibilita no processo de forma��o do indiv�duo como meio de melhorar a qualidade de assimila��o da sensa��o e percep��o de estimula��es inter e intrapessoais que comp�em o mundo, e, que, para ser entendida a realiza��o do movimento, faz-se necess�rio o conhecimento da inten��o, que oferece ao movimento um conte�do de consci�ncia. Al�m disso, Vargas (1998) afirma que o ato motor possui car�ter cognitivo e envolve as percep��es cinest�sicas, estando unido � linguagem. Nesse sentido, a forma��o do pensamento n�o somente est� vinculada � aquisi��o da linguagem como tamb�m ao movimento. Reis (1969, p. 199) complementa isso, ressaltando que todas as a��es humanas s�o motivadas por uma finalidade e o que se faz, faz-se tendo em conta determinado objetivo. Para Laban (1978) o movimento do homem tem um objetivo: satisfazer uma necessidade ou atingir algo que lhe � valioso. Da mesma forma que:
Com isso, o movimento e o pensamento integram-se ao trabalho global do corpo, atuando como meio de rela��o e dotado de comunica��o atrav�s dos gestos e movimentos em total integra��o do indiv�duo com o meio. Assim sendo, segundo Rector e Trinta (1986), a comunica��o �, ao mesmo tempo, fen�meno e fun��o social. Fen�meno, inicialmente, como uma necessidade dos nossos prim�rdios na busca de compreenderem a si e os demais. Fun��o social como processo de intera��o, de compartilhar os modos e os comportamentos de vida, estabelecidos de um conjunto de normas pelo homem e para o homem. Por isso, cada movimento deve ser visto como um ve�culo pelo qual o sujeito pode dizer aos outros sobre o seu pensar, reescrevendo o que foi escrito por outros, mas de forma pessoal e �nica. Davis (1979) afirma que muito al�m das palavras est� a comunica��o n�o verbal. Elas n�o representam a mensagem total e nem parcial, embora sejam importantes. Sabe-se que a comunica��o ajuda o homem a estabelecer rela��es com o grupo a que pertence enquanto fen�meno social e, em cada cultura, os gestos e os movimentos s�o percebidos como express�o e manifesta��o corporal, revelando formas de comunica��o n�o verbal. Desse modo, para esta autora, as rela��es humanas se constroem atrav�s da comunica��o n�o verbal, de uma linguagem corporal. Neste contexto, �h� consenso no campo de que o corpo n�o est� submetido ao texto. Os gestos n�o s�o usados apenas para preencher os sil�ncios, as lacunas do discurso� (PUJADE-RENAUD, 1990, p. 65). Pelo contr�rio, o corpo � constitutivo da comunica��o e n�o somente o aparato fisiol�gico. Nesse sentido, estudos sobre a comunica��o n�o verbal ganharam novo impulso nas �ltimas d�cadas (SILVA, 1987). Por isso, conceituar o que � linguagem corporal seja um dos assuntos muito de grande enfoque e discuss�o na literatura por diversos autores. A comunica��o n�o verbal, segundo Corraze (1982), � o conjunto dos meios de comunica��o existente entre os seres vivos que n�o usam a linguagem humana ou seus derivados n�o sonoros (escritos, linguagem dos surdos, etc.). De acordo com Mesquita (1997), a comunica��o n�o verbal pode ser dividida em dois grupos:
Corraze (1982) afirma que a comunica��o n�o verbal pode ser sonora e o que seu conceito exclui � o sistema lingu�stico humano (este que � verbal). O termo comunica��o n�o verbal � aplicado a gestos, as posturas, a orienta��o do corpo, a organiza��o de objetos, a rela��o de dist�ncias entre os indiv�duos, significando uma linguagem corporal. Este autor op�e-se a Birdwhistell (1952, apud DAVIS, 1979), porque ele afirma que a comunica��o n�o � constitu�da exatamente como a linguagem, e que atualmente este conceito � amplamente rejeitado. A partir deste trecho, percebe-se que:
� poss�vel afirmar na express�o acima que os movimentos corporais modificam os padr�es de comunica��o, de coordena��o f�sica e de reconhecimento conceitual de novos gestos. Sabe-se, ainda, que eles s�o modificados pelas adapta��es feitas pelo corpo, o qual percebe e age com essa informa��o. Corraze (1982) afirma que a comunica��o se efetua atrav�s da transfer�ncia de informa��o, sob duas condi��es principais: a primeira � a presen�a de dois sistemas: um emissor e um receptor; a segunda � a transmiss�o de mensagens. Os indiv�duos t�m uma forma diferenciada de se comunicar corporalmente, que se modifica de cultura para cultura. O indiv�duo, portanto, aprende a fazer uso das express�es corporais, de acordo com o ambiente onde ele est� inserido, ou seja, todo movimento do corpo tem um significado correspondente ao contexto (BRASIL, 1999). Com isso, entende-se que o corpo emprega a gesticula��o como um modo de se comunicar, de construir met�foras, articular pensamentos, abrindo espa�o para repensar qual movimento adotar, chamada de linguagem corporal. Educa��o F�sica e a linguagem corporal Conforme Rector e Trinta (1986, p. 25), a Programa��o Neurol�ng�istica (PNL), a l�ngua, os usos ling��sticos, os h�bitos fon�ticos individuais e coletivos t�m, at� aqui, sido objeto de estudo da ling��stica e mesmo de outras disciplinas cient�ficas, que se ocupam, de uma ou outra forma, a linguagem humana. Segundo os Par�metros Curriculares Nacionais do Ensino M�dio - PCNEM (BRASIL, 1999):
Em Educa��o F�sica, segundo PCNEM (BRASIL, 1999), os conceitos estruturantes e as compet�ncias mais diretamente relacionadas a cada um deles podem traduzir-se, de acordo com os tr�s eixos que organizam a disciplina, dentre elas a linguagem corporal:
Deste modo, pode-se entender que gestos s�o textos, movimentos comunicativos do corpo impressos por uma determinada cultura. Da mesma forma que:
Tamb�m, segundo PCNEM (BRASIL, 1999, p. 145), uma das compet�ncias a serem alcan�adas a partir das aulas de Educa��o F�sica refere-se � utiliza��o das linguagens como meio de express�o, informa��o e comunica��o em situa��es intersubjetivas que exijam graus de distanciamento e reflex�o sobre os contextos e estatutos de interlocutores. Mais ainda, refere-se � capacidade de o aluno situar-se como protagonista dos processos de produ��o e recep��o de textos constru�dos em linguagem corporal. Para tanto, os professores poderiam propor atividades nas quais os in�meros textos corporais fossem investigados. J� que em algumas �reas [...] (consequentemente os professores) vem colecionando diversas cr�ticas � sua atua��o na escola (BRASIL, 1999, p. 146). Outro aspecto a ser considerado � que, segundo Ayoub (2001, p. 58), muitas vezes, por existir um espa�o espec�fico para um trabalho corporal nas aulas de educa��o f�sica, nos demais tempos da jornada cotidiana, acentua-se um trabalho de natureza intelectual no qual a dimens�o expressiva por meio da linguagem corporal � praticamente esquecida. Conforme os Par�metros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998a) recomenda-se que o aluno deva adotar h�bitos saud�veis para si e para a coletividade, utilizar as diferentes formas de linguagem dentre elas a corporal, compreender a cidadania atuando de forma cr�tica respons�vel e construtiva. Bem comoobservam os conte�dos de Educa��o F�sica para o Ensino Fundamental como express�o de produ��es culturais, conhecimentos historicamente acumulados e socialmente transmitidos, vendo a �Educa��o F�sica como uma cultura corporal� (BRASIL, 1998b, p. 10). Para fins de discuss�o, Borges (1992) entende que Educa��o F�sica � uma pr�tica pedag�gica desenvolvida na Escola e que se ocupa de uma �rea de conhecimento chamada cultura corporal que s�o todas as manifesta��es corporais social e historicamente constru�das. Deste modo, para este mesmo autor, o movimento � percebido como express�o e manifesta��o corporal e � tema a ser desenvolvido nas aulas de Educa��o F�sica. Assim sendo, percebe-se que a linguagem corporal � aquilo que o sujeito transmite atrav�s de sua postura, de seu t�nus muscular, de cada gesto na dire��o de outro gesto. De acordo com Reis (1969, p. 175), a linguagem corporal se torna um complemento da voz, uma linguagem por natural, onde todos entendem. Logo, entende-se que gesticula��o � a moldura que se aplica � manifesta��o oral, para refor�ar per�odos, conferindo ao discurso maior expressividade. Dessa forma, para Reis (1969), os gestos representam para o movimento o que configura a l�ngua para a linguagem, elos de comunica��o, uma ponte que liga um objeto a um destino, um entendimento dependente dos comportamentos humanos. Em vista disso, �o corpo � ve�culo e meio de comunica��o. O relacionamento interpessoal s� � poss�vel pela comunica��o e pela linguagem que o corpo � e possui� (BRASIL, 1999). Da mesma forma, o sujeito pode dizer aos outros sobre o seu pensar, reescrevendo o que foi escrito por outros, mas de forma pessoal e �nica, impregnando, as a��es e mensagens emitidas, com a sua personalidade. Portanto, em meio de outras informa��es do corpo, como possibilidades de investiga��o do movimento e a sua necessidade, para Well e Tompakow (2000), o gesto se faz mais que uma probabilidade, �, indubitavelmente, indispens�vel para compor a comunica��o. A import�ncia da comunica��o n�o verbal na educa��o profissional Dentre as v�rias maneiras com que o homem pode exprimir seus pensamentos, sentimentos e anseios, o gesto ocupa lugar de destaque pela sua eloqu�ncia, simplicidade e rapidez. [...] Para a linguagem gesticulada, pode-se valer de todo o corpo (atitude e postura) ou de uma das partes (m�mica das m�os, da face, dos olhos, dos l�bios, etc.). (MARONE, 1999, p. 15). Com isso, tem-se em mente que a express�o corporal � uma proje��o de pensamento exprimidos em a��es por meio da sele��o e adequa��o de gestos e movimentos e da inter-rela��o de determinadas situa��es em que o meio oferece. Segundo Reis(1969, p. 174): �n�o adianta, mesmo que n�o queira, o corpo fala e, �s vezes, grita. Ele trai o que a palavra insiste muitas vezes em esconder, ele tira os v�us e desnuda quem realmente somos�. Nesse sentido, considera-se que a compet�ncia de ouvir e entender o outro inclui n�o apenas a fala, mas tamb�m �s express�es e manifesta��es corpo�rais. Estes aspectos, segundo Cotes e Ferreira (2001), devem ser enfrentados como elementos fundamentais no processo de comuni�ca��o e, por isto, acredita-se que o estudo da comu�nica��o n�o verbal (linguagem corporal) deveria assumir um papel importante na decodifica��o das mensagens vivenciadas durante o processo de intera��o. Complementando com isso, o reconhecimento da exist�ncia e do valor de um modo n�o verbal, que se expressa atrav�s do corpo e do movimento do ser humano, ao lado do verbal expresso atrav�s do corpo e do movimento do ser humano, ao lado do verbal (MACHADO e MIRANDA, 2006), � de capital import�ncia para profissionais que interagem com pessoas no seu dia a dia, principalmente para aqueles cuja a��o est� mais diretamente relacionada ao corpo e ao movimento como os psic�logos, m�dicos e os profissionais de Educa��o F�sica (MESQUITA, 1997, p. 160). A riqueza de possibilidades da linguagem corporal revela um universo a ser vivenciado, conhecido, desfrutado, com prazer e alegria (AYOUB, 2001, p. 57). Desta forma, pode entender que:
Knapp (1982), ao discutir os trabalhos sobre a habilidade de profissionais como m�dicos, professores, psic�logos e estudantes de Belas Artes, Biologia, Qu�mica, Matem�tica e F�sica de perceberem sinais n�o verbais, comenta que os profissionais e os estudantes que se ocupam de condutas n�o verbais obtiveram maior pontua��o nesta habilidade do que os demais. Entretanto, para Sousa, Leal e Sena (2010, p. 2) no cotidiano escolar, alguns alunos se queixam de que a comunica��o n�o verbal do professor favorece a desaten��o em sala de aula, tornando a comunica��o pouco efetiva. � poss�vel que isto aconte�a porque poucos professores sabem da import�ncia da sua linguagem n�o verbal no processo de transmiss�o de conhecimentos. Nesse sentido, sup�e-se que poucos profes�sores t�m consci�ncia da import�ncia de sua comunica��o n�o verbal para o pleno exerc�cio de sua profiss�o, e acredita-se que se esta comu�nica��o n�o ocorrer de modo efetivo poder�, de fato, comprometer a aten��o que o aluno dar� ao conte�do transmitido. Por este motivo, de acordo com Sousa, Leal e Sena (2010), uma adequada comunica��o n�o verbal � fundamental, pois pode contribuir para melhorar o desempenho do docente em sala de aula. Sabe-se que o aluno n�o pode existir por si mesmo, por isso, ele necessita da aquisi��o e troca de experi�ncias posteriores como um impulso ao processo de aprendizagem. Al�m do mais, o professor deve ter em mente que ele n�o trabalha o corpo do aluno, mas sim com o seu corpo. Isso condiz com pesquisa realizada por Sousa, Leal e Sena (2010), onde resultados mostraram que todos os entrevis�tados consideraram que a comunica��o n�o verbal do professor � um importante fator para a trans�miss�o das mensagens. Desta maneira, conforme Mesquita (1997, p. 160), conhecimentos te�ricos sobre a comunica��o n�o verbal, bem como a habilidade de emitir ou receber sinais n�o verbais, podem estar intimamente relacionados � atua��o profissional do indiv�duo na sociedade. Assim, estudos e pesquisas desenvolvidos por estudiosos de diferentes �reas colocam em evid�ncia a import�ncia e o interesse com que a expressividade humana vem sendo estudada. Do mesmo modo que:
Segundo Knapp (1982), a habilidade de emitir e receber sinais n�o verbais � decorrente da aprendizagem e da pr�tica no decorrer da vida cotidiana. Assim sendo, no in�cio de sua jornada acad�mica, o jovem n�o tem consci�ncia de seu corpo como ato de movimentos determinados de uma situa��o de comportamentos ou parte integrante de mecanismos neuropsicofisiol�gicos, pois sua identidade corporal, ainda, n�o se encontra formada. Em vista disso, com o aux�lio de um docente preparado e que trabalhe o corpo do alunado como objeto interdisciplinar, portanto, o aluno se apropriar� de seu corpo e dele se adaptar�, aprendendo de sua exist�ncia, sua individualidade, passando a se ver como pessoa �nica e indivis�vel. Sabe-se que conhecimentos te�ricos sobre a comunica��o n�o verbal, bem como a habilidade de emitir ou receber sinais n�o verbais, podem estar intimamente relacionados � atua��o profissional do indiv�duo na sociedade (KNAPP, 1982). No entanto, trabalhar com esse corpo significa, tamb�m, para o educador, trabalhar com o seu pr�prio corpo. Dois corpos, duas pessoas, implicadas numa rela��o de troca de informa��o cognitiva, mas tamb�m numa rela��o t�nico-emocional. Al�m do mais, isso significa que as percep��es da imagem corporal de ambas, atrav�s do di�logo corporal, entram em comunica��o e sintonia, j� que toda e qualquer interfer�ncia pode influenciar na educa��o profissional. E, a a��o docente deve ser mediadora do est�mulo dos alunos por meio de atividades propostas e de desafios que os levem ao imagin�rio sempre ativo, ao desenvolvimento da capacidade criativa �s pr�ticas r�tmicos que propiciem n�o somente o imagin�rio e a criatividade, mas tamb�m as no��es de atividades prazerosas em grupo, despertando o social atrav�s de todas as disciplinas. � visto que �o corpo humano � um conjunto de comportamentos som�ticos altamente organizado e portador de signos explicitamente convencionais, pass�veis de tradu��o para o c�digo verbal.� (RECTOR e TRINTA, 1986, p. 17). Portanto,nada mais justo salientar sobre a import�ncia do gesto como exteriorizador da linguagem corporal e a essencial fun��o que ele desempenha na transmiss�o de conte�dos. Assim, introduzido no campo da comunica��o n�o verbal, a linguagem corporal pode tornar-se um grandefacilitador nas perspectivas e leituras do aprendizado. Mesquita (1997) desenvolveu uma pesquisa sobre a percep��o da psicodin�mica do movimento expressivo e a atua��o de profissionais das �reas da Educa��o F�sica, Medicina e Psicologia. Os resultados permitiram evidenciar que os profissionais destas �reas acreditam que atrav�s de sinais n�o verbais do corpo e movimento podem constituir um instrumental importante para tornar o profissional mais habilidoso em sua percep��o e decodifica��o de estados subjetivos, contribuindo desta forma para melhorar a efici�ncia e a compet�ncia profissionais. Corroborando com essa quest�o, em estudo realizado por Sousa, Leal e Sena (2010), foi observado tamb�m que 77% dos alunos entrevistados consideraram que a comunica��o n�o verbal do professor interfere em seu aprendi�zado, enquanto 23% mencionaram n�o interferir. Dos que consideram interferir, houve coment�rios de que �o corpo fala� e que este demonstra o inte�resse do professor no assunto. Assim, esses autores acreditam que os gestos complementam a fala, ajudando na inter�preta��o do que � dito. Em institui��es de �mbitos educacionais, ainda, h� limita��es sociais e culturais a respeito do seu uso, por�m o mais simples como um aperto de m�o e um �tapinha� nas costas s�o algumas das aproxima��es mais permitidas que, normalmente, revelam apoio, confian�a e solidariedade (MARONE, 1999). No entanto, segundo Rector e Trinta (1986), as formas de comunica��o humana, no quadro de diferentes culturas, est�o longe de esgotar-se na troca di�ria de mensagens sejam elas verbais ou n�o verbais. Pois, de acordo com estes autores:
Desta forma, permanece evidente que em determinadas esferas os sinais n�o verbais s�o de capital import�ncia, a fim de conscientizar com grande relev�ncia e significa��o o uso da comunica��o n�o verbal na sociedade. Principalmente, segundo Mesquita (1997), para aqueles profissionais cuja a��o est� mais diretamente relacionada ao corpo e ao movimento. Considera��es finais Este estudo teve como finalidade nortear o docente e alunado � conscientiza��o, valorizando e elevando, com alguns subs�dios significativos, a possibilidade de investiga��o da linguagem corporal e a sua necessidade na compreens�o de propostas e atividades corp�reas em campos profissionais da educa��o. Sendo assim, pode-se perceber a import�ncia da lapida��o do corpo como agente expressivo-comunicacional � necessidade primordial da integridade e coer�ncia da mensagem. Com isso, v�-se a comunica��o n�o verbal como um importante fator para uma comunica��o efetiva, podendo intervir positivamente no desem�penho do docente em sala de aula a fim de fortalecer, ainda mais, o processo da ensino/aprendizagem e a intera��o aluno/professor. Espera-se que at� aqui, as literaturas tenham contribu�do para despertar, com maior aten��o aos educadores, acreditando que o conhecimento, a experi�ncia, os instrumentos n�o verbais do corpo e o movimento possam construir uma ferramenta indispens�vel para tornar estes profissionais mais habilidosos e preparados em sua percep��o, decodifica��o e transmiss�o de estados subjetivos. Desta maneira, na medida em que estudos contribuem de forma relevante para melhor percep��o da linguagem corporal, n�o somente nas aulas de Educa��o F�sica, pode-se evidenciar que essa linguagem do corpo humano se torna uma aliada na educa��o profissional, � aquisi��o de habilidades associadas ao conhecimento de assuntos da �rea de comunica��o n�o verbal, os quais s�o importantes para o desenvolvimento da compet�ncia social dos indiv�duos, quer na sua atua��o profissional, quer na sua vida di�ria. Refer�ncias
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Qual a importância de trabalhar a expressão corporal na educação infantil?A Expressão Corporal possibilita à criança desenvolver uma consciência de si mesmo como um ser íntegro: sensível, material e espiritual, com uma rica capacidade de sentir e expressar suas idéias e emoções por intermédio do seu corpo, o que torna ests prática essencialmente psicomotora (Schinca, 1991, p.
Qual a importância da linguagem corporal na educação?Nesse contexto, a linguagem corporal positiva em um ambiente de sala de aula tem a capacidade de motivar, inspirar e envolver. Isso pode não apenas dar a você a confiança de que precisa para ensinar, mas também pode tranquilizar seus alunos de que você realmente sabe do que está falando.
O que é linguagem corporal na educação infantil?A linguagem corporal está diretamente ligada aos processos de aprendizagem que vão se construindo ao logo da vida. Está para além de um simples ato motos, é uma das vias que o indivíduo tem para expressar sentimentos, emoções e pensamentos.
Qual é a importância da linguagem corporal?Tão ou até mais importante do que as palavras que utilizamos, os gestos, a postura e a expressão facial revelam mais do que podemos supor ou pretendemos demonstrar. Ter o controle destes movimentos é conseguir passar a mensagem das emoções e pensamentos de forma equilibrada, reforçando as palavras com o gestual.
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