Qual o valor que a Neo Química paga pro Corinthians?

Corinthians chega a acordo com a Caixa para pagar Neo Química Arena em 18 anos e a partir de 2025

20 de junho de 2022 21:22

• Por Letícia Beppler, Levi Natan e Caio Coelho / Redação da Central do Timão

O acordo entre o Corinthians e a Caixa Econômica Federal sobre a dívida envolvendo a Neo Química Arena está cada vez mais perto de se concretizar. Segundo apurado pela Central do Timão, o contrato será assinado por ambas as partes em 4 de julho deste ano.

Em reunião entre as partes, ficou acordado que o valor total que o Corinthians terá de pagar para a Caixa é de R$ 611 milhões. Deste montante, R$ 400 milhões serão pagos pela Neo Química, que adquiriu o naming rights do estádio em 2020. E os 211 milhões restantes, o Timão deverá pagar parcelado em 18 anos, a partir de 2025.

Internamente, a diretoria trabalha com uma receita de R$ 400 milhões referente ao acordo do naming rights com a Neo Química pela cessão do nome por 20 anos. A quantia é baseada no cálculo do valor inicial do acordo (R$ 300 milhões) mais a correção do IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado).

Os números do acordo já tinham sido apresentados e aprovados pela Comissão de Finanças do clube e também pela Comissão do Estádio. Nesta segunda-feira (20), houve uma reunião no Parque São Jorge e o acordo também foi aprovado pelos membros do Conselho de Orientação (CORI). No próximo dia 27, haverá uma reunião para apresentá-lo aos conselheiros, para que finalmente, na semana seguinte, dia 4 de julho, o contrato com a Caixa seja assinado.

O acordo acontece após a Caixa notificar o Corinthians de que executaria a dívida de R$ 1 bilhão envolvendo o estádio. Após reuniões, o valor foi reduzido a R$ 611 milhões, ou 38,9%.

Há uma semana, o presidente do Corinthians, Duilio Monteiro Alves, havia dito que o acordo envolvendo a Neo Química Arena entre Corinthians e a instituição financeira estava encaminhado.

“O acordo está nos finalmentes. Nos próximos dias, não, se eu falar dias fica ruim… Então nos próximos meses estaremos com tudo assinado e explicado para vocês. Não vou colocar prazo, mas acontecerá bem rápido“, afirmou o dirigente corinthiano ao GE.

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O Corinthians já recebeu da Hypera Pharma duas parcelas referentes ao naming rights da Arena. O grupo farmacêutico acertou a compra do nome do estádio alvinegro em setembro de 2020 e o utiliza com uma de suas empresas, a Neo Química. Até o momento, cerca de R$ 36 milhões foram pagos pelo grupo.

Segundo apuração do Meu Timão, a primeira parcela foi quitada em duas partes. A primeira metade na assinatura do contrato em 2020. Posteriormente, com a retração da pandemia, os outros 50% em setembro de 2021. O valor total desse primeiro pagamento foi de cerca de R$ 16 milhões.

A segunda parcela referente ao nome do estádio alvinegro foi honrada este ano, mais precisamente no começo de 2022. O valor depositado diretamente ao fundo que administra o estádio foi de cerca de R$ 20 milhões. Somadas, então, as parcelas já garantiram cerca de R$ 36 milhões aos cofres da Arena.

O Corinthians e o fundo que administra o estádio ainda vão receber outras 18 parcelas anuais durante a parceria com a Hypera Pharma. Em 2020, o acordo foi fechado por 20 anos e um total de R$ 300 milhões. O anúncio, aliás, foi feito no dia do aniversário do Timão, 1º de setembro, com grande festa no estádio que passou a se chamar, desde então, Neo Química Arena.

O acordo com a Hypera Pharma previa inicialmente pagamentos anuais de R$ 15 milhões. O valor, porém, possui reajuste previsto em contrato com base no IGP-M (Índice Geral de Preços - Mercado). Por conta disso, os dois valores já quitados foram acima dos R$ 15 mi.

Também por causa desse cálculo, o Corinthians já trabalha internamente com a possibilidade de o naming rights do estádio render uma receita total acima dos R$ 400 milhões após o término do acordo de 20 anos.

Essa não é a única notícia boa envolvendo os valores da Neo Química Arena na semana. O Corinthians confirmou, na última segunda-feira, que assinou o acordo com a Caixa Econômica Federal para a quitação da dívida do estádio. O banco foi responsável pelo empréstimo, via BNDES, para a construção da casa alvinegra.

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