Que fatores explicam a grande diversidade étnica do continente americano?

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A América do Sul possui uma extensão aproximada de 17,8 milhões de km² e cerca de 6% de toda a população mundial vive nesse território, que somava mais de 418 milhões de habitantes no ano de 2015 – atingindo uma densidade populacional de 23,5hab./km². Sua população encontra-se espalhada pelos diferentes territórios que compõem o subcontinente, destacando-se: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa (pertencente à França), Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.

A principal característica da população sul-americana é o grande desequilíbrio na distribuição geográfica. Enquanto a ampla maioria se concentra nas áreas litorâneas, regiões enormes no seu interior permanecem praticamente desabitadas. Quase metade da população da América do Sul vive no Brasil (209 milhões de habitantes), mas devido à sua grande extensão territorial e as vastas áreas pouco habitadas, o país apresenta uma densidade demográfica bem menor do que em muitos outros, atingindo 25hab./km². Em termos de população, o Brasil é seguido por Colômbia (48 milhões) e Argentina (43 milhões). Os dois países possuem densidades populacionais bem distintas: 16hab./km² na Argentina e 44hab./km² na Colômbia.

Se compararmos o IDH dos países, veremos que Argentina, Chile e Uruguai estão em vantagem (< 0,79), seguidos por Brasil, Venezuela e Peru (0,73 a 0,79), e Equador, Colômbia e Suriname (0,71 a 0,73). Os demais apresentam menos de 0,71.

A partir de meados do século XX, principalmente com o processo de industrialização e o surgimento de empregos e oportunidades nas cidades, a urbanização se intensificou em alguns países sul-americanos. Desse modo, grande parte da população migrou das áreas rurais para as áreas urbanas, praticando o êxodo rural. Em consequência disso, surgiram altíssimas concentrações populacionais em grandes centros urbanos, como São Paulo, Rio de Janeiro, Bogotá, Buenos Aires e Caracas. O massivo e repentino movimento migratório e a fragilidade socioeconômica desses países, ocasionaram a formação de cidades desorganizadas e sem infraestrutura. Assim surgiram os grandes bolsões de pobreza urbana, como subúrbios periféricos e favelas – geralmente áreas de ocupação irregular. Essas localidades, onde faltam serviços básicos como água encanada e saneamento, abrigam uma grande parcela da população sul-americana. Atualmente, mais de 80% da população da América do Sul vive em cidades.

A colonização europeia – protagonizada, sobretudo, por Portugal e Espanha – ocorrida nos países sul-americanos caracterizou-se pela intensa exploração das colônias, extraindo grande parte das riquezas e utilizando o território para produções em larga escala, baseadas na monocultura e trabalho escravo. Isso tudo impactou definitivamente a formação socioespacial desses países e influenciou seu subdesenvolvimento. Esse cenário também ocasionou o extermínio de populações indígenas, principalmente em conflitos por território. Atualmente, as comunidades ameríndias fazem parte das camadas mais pobres da população e têm grandes dificuldades de desenvolver sua cultura.

Os grandes fluxos migratórios ocorridos em direção ao subcontinente, intensificados nos períodos das grandes guerras, possibilitaram uma grande miscigenação entre povos originários e povos provenientes de diversas partes do mundo. Ameríndios, mestiços, europeus, africanos e asiáticos (entre outros) compõem a grande diversidade étnica e cultural da população sul-americana.

Os idiomas mais falados na América do Sul são o espanhol (44,6%) e o português (40,8%). Em terceiro e quarto lugares vêm o Quichua (1,6%) e o Guarani (1,3%). Mas há centenas de outros idiomas que, somados, representam 11,7%, destacando-se as diversas línguas indígenas. Em termos de religião, a grande maioria da população se considera cristã, e a religião católica é a que possui mais adeptos. Nos últimos anos, porém, houve um aumento de protestantes, além das pessoas sem religião ou que preferem não opinar. Há também um grande número de pessoas adeptas de outras religiões, como as de matriz africana, judaísmo, hinduísmo, islamismo, budismo, entre outras.

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Fontes:

ATLAS Geográfico Mundial: para conhecer melhor o mundo em que vivemos. [S.l.]: Sol9o, 2005.

CASTELLAR, Sônia; MAESTRO, Valter. Geografia: uma leitura do mundo. São Paulo: Quinteto Editorial, 2009.

GRANDE Atlas Universal: América do Sul e Central e Antártida. [S.l.]: Sol 90, 2004.

http://noticias.uol.com.br/ultnot/efe/2004/12/08/ult1808u29624.jhtm

http://www.worldometers.info/

http://pt.actualitix.com

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/geografia/populacao-da-america-do-sul/

Os aspectos naturais do continente americano caracterizam-se pela ampla diversidade provocada pelas variações de latitude e pelo tectonismo ativo em algumas áreas.

O continente americano apresenta uma larga extensão territorial no sentido norte-sul, ou seja, possui uma grande variação em suas latitudes. Ao norte, ele é banhado pelo Oceano Glacial Ártico e, ao sul, pelo Oceano Glacial Antártico. A oeste, o referido continente é banhado pelo Oceano Pacífico, e a leste, pelo Oceano Atlântico.

As grandes variações de latitude são um fator muito importante para a composição dos aspectos naturais do continente americano, que, por isso, apresenta uma grande variabilidade tanto em seus tipos climáticos quanto em sua vegetação. Além disso, o clima é influenciado também em grande parte pelas variações de altitude e pela maritimidade e continentalidade.

Nas porções setentrionais, o clima da América é o polar, uma vez que parte de sua área é recortada pelo círculo polar ártico, que indica as zonas da Terra que recebem em menor intensidade o calor dos raios solares, sobretudo no inverno, quando os solstícios inviabilizam a iluminação natural em várias áreas.

Em várias áreas na América do Norte e na América do Sul, os climas temperado e continental predominam, com a existência também de áreas desérticas e semiáridas graças ao bloqueio das massas de ar pelas formas de relevo, como ocorre no Nordeste brasileiro, no Chile e nos desertos dos Estados Unidos e México.

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Paisagem desértica no Novo México

Na América Central e em boa parte da América do Sul, predomina o clima tropical, por serem áreas que apresentam latitudes entre os trópicos. No continente sul-americano, ainda se registram as variações do clima equatorial, com elevados índices de umidade proporcionados pela Floresta Amazônica. Na porção oeste de todas as Américas, ainda há algumas faixas climáticas do tipo mediterrâneo e de montanha, típicas de elevadas altitudes.

O relevo do continente americano também é bastante diversificado, com uma tendência a apresentar menores latitudes a leste e pontos mais elevados a oeste, onde há zonas de encontro entre placas tectônicas. No norte, o tectonismo proporcionou a formação de relevos como as Montanhas Rochosas, já no sul, a gênese da Cordilheira dos Andes. Outra consequência é a presença de áreas com vulcanismos e terremotos, mais notadamente sentidos em zonas do Alasca, Haiti, Peru e Chile. Nos Estados Unidos, encontra-se um dos mais perigosos vulcões do mundo, o de Yellowstone. O ponto mais alto das Américas é o monte Aconcágua, com 6.960 metros de altitude, consolidando-se como o ponto mais alto do mundo em relação ao nível do mar fora da Cordilheira do Himalaia.

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Monte Aconcágua na fronteira entre Chile e Argentina

Já a vegetação do continente americano costuma acompanhar as variações dos tipos climáticos. Nas áreas de clima mais frio, ao norte, desenvolveu-se a Taiga; nas áreas mais temperadas, alguns tipos de florestas temperadas, mais comuns no norte; nas regiões de clima subtropical, algumas vegetações como as pradarias e algumas formações do pampa sul-americano.

Já nas áreas tropicais, encontram-se algumas florestas típicas, das quais merece destaque o cerrado brasileiro — uma formação vegetal em forma de savanas com áreas bastante degradadas pela atuação agrícola. Mas é na área equatorial que se encontra a principal floresta, a Amazônica, que é responsável pela maior biodiversidade do continente. Existem ainda outros tipos de formações vegetais ao longo das Américas, como a Caatinga, no Brasil, e alguns tipos de vegetação de altitude nas áreas mais elevadas, tanto ao norte quanto ao sul.

Que fatores explicam a grande diversidade étnica do continente americano?

Imagem aérea da Floresta Amazônica

Outro importante aspecto natural do continente americano diz respeito à sua hidrografia. O norte e o sul representam áreas em que se nota uma abundância de bacias hidrográficas, com grande potencial tanto para a navegação e transporte quanto para a produção de energia elétrica. Os principais cursos d'água são os rios Mississipi e Missouri, nos Estados Unidos; o Amazonas, no lado sul-americano; e o Rio da Prata, no Cone Sul. Esse último é alimentado por rios brasileiros, como o Paraná e seus afluentes. Ao todo, os rios da América representam 20% da água doce de todo o planeta. 

Por: Rodolfo F. Alves Pena

Quais fatores explicam as diversidades na América?

Os aspectos naturais do continente americano caracterizam-se pela ampla diversidade provocada pelas variações de latitude e pelo tectonismo ativo em algumas áreas. O continente americano apresenta uma larga extensão territorial no sentido norte-sul, ou seja, possui uma grande variação em suas latitudes.

Quais fatores explicam a diversidade do continente?

Um fator que influência muito esta diversidade é a extensão territorial do continente, que se encontra tanto no hemisfério sul quanto no heminsfério norte, possuindo uma parte considerável próximo a linha do Equador, o que garante que os extremos sejam muito mais frios e o centro mais quente.

Como podemos justificar a grande diversidade étnica do continente americano?

Em virtude do processo de colonização de seus territórios, há uma grande variedade étnica, envolvendo os inúmeros povos nativos que habitavam em tempos pré-colombianos, grupos identitários europeus e as várias etnias africanas, advindas por meio do processo de escravidão colonial.

Quais são os fatores em que a diversidade climática na América influenciada?

A diversidade climática na América é influenciada por diferentes fatores, como latitude, altitude, relevo, massas de ar e correntes marítimas. Esses fatores exercem influência direta sobre os elementos climáticos: temperatura, precipitação e pressão atmosférica.