Artigo escrito por Fabio Favari Show A importância do empreendedorismo é incontestável para o desenvolvimento do país, pois ajuda na geração de novos postos de trabalho formais, criação de produtos e serviços para o mercado, entre outras riquezas. Além disso, atitudes empreendedoras têm o poder de criar bem estar social, especialmente quando elas visam apresentar soluções para determinados problemas da sociedade. Empreendedores são visionários, portanto, responsáveis pela inovação tecnológica que sustenta países em pleno desenvolvimento como o Brasil. Como protagonistas do que diz respeito a inovação, os empreendedores são peças essenciais no crescimento da economia, citamos as principais áreas: Empreendedorismo na geração de emprego Através da oportunidade de trabalho é que ocorre a distribuição de renda, sem empreendedores, não há empresas e consequentemente, ocorre uma escassez de empregos. O crescimento econômico depende da geração de novos postos de trabalho. O Brasil é um país de empreendedores, de acordo com uma pesquisa realizada pelo SEBRAE, as empresas pequenas empregam mais, são responsáveis por 54% dos postos de trabalho formais, sendo que a maioria está no setor de comércio e serviços. A partir do momento em que o empreendedor cria um novo negócio, ele vai precisar de mão de obra para conduzir o negócio. Através dessa iniciativa, outros trabalhadores podem ser beneficiados com uma oportunidade. Outro ponto destacado pelo SEBRAE é com relação aos salários melhores pagos pelas pequenas empresas. No geral, a tendência é que o trabalhador tenha mais chance de ganhar bem do que em grandes companhias. A importância do empreendedorismo está na geração de empregos e riqueza para o sucesso de um país. Inovação e soluções tecnológicas A criatividade do empreendedor abre um leque maior de opções para uma sociedade, seja na contração de novos serviços como na compra de produtos que facilitam o dia a dia. A inovação precisa estar presente em um país que busca se desenvolver de maneira gradual. Pois através dela são melhorados processos de trabalho, matéria prima e capital. A verdade é que a inovação muda a mentalidade das pessoas, especialmente com relação ao consumo. Ademais, gera mais oportunidades de emprego e permite melhor distribuição de riqueza entre todas as classes sociais. No geral, todo mundo se beneficia da inovação, o mercado fica mais competitivo e o consumidor, tem mais opções de escolha. Fomentação do mercado consumidor A economia continua girando quando existem novidades, e diante desse ponto de vista, não se pode ignorar a importância do empreendedor no oferecimento de novos produtos e serviços que anteriormente, o consumidor não tinha acesso. Quanto mais empreendedores tem uma região, mais rápido chegam as novidades no que diz respeito a produtos e serviços. Com isso, todo mundo ganha, a cidade, o estado, o país e especialmente, o consumidor. Quando o consumidor precisa de um determinado produto ou serviço, ele paga por isso. Nesse processo, o dinheiro gira na localidade, são recolhidos impostos que são usados para a melhoria da infraestrutura da região. Via de regra, quanto mais empresas abertas, maiores serão as opções de produtos e serviços com preços competitivos. Esse círculo vicioso faz com que as pessoas consumam mais, o que é muito importante para o crescimento das empresas e também do país. Esses são os 3 principais fatores que mostram a importância do empreendedorismo. Portanto, o empreendedor além de realizar um grande sonho de ser dono do seu próprio negócio, ele contribui de maneira ativa para o desenvolvimento do país.
1. A origem da palavra e definições A raiz da palavra empreendedor remete-nos há 800 anos, com
o verbo francês entreprendre, que significa “fazer algo”. Uma das primeiras definições da palavra “empreendedor” foi elaborada no início do século XIX pelo economista francês J.B. Say, como aquele que “transfere recursos econômicos de um setor de produtividade mais baixa para um setor de produtividade mais elevada e de maior rendimento”. O termo “entrepreneur” foi incorporado à língua inglesa no início do século XIX. Entre os economistas modernos, quem mais se debruçou sobre o tema foi Joseph
Schumpeter, que teve grande influência sobre o desenvolvimento da teoria e prática do empreendedorismo. Em seus estudos, ele o descreve como a “máquina propulsora do desenvolvimento da economia. A inovação trazida pelo empreendedorismo permite ao sistema econômico renovar-se e progredir constantemente.” De acordo com Schumpeter, “sem inovação, não há empreendedores, sem investimentos empreendedores, não há retorno de capital e o capitalismo não se propulsiona.” 2. Empreendedorismo e ambiente econômico O empreendedorismo é hoje um fenômeno global, sobre o qual diversas instituições públicas e privadas têm investido para pesquisar e incentivar. Existe uma clara correlação entre o empreendedorismo e o crescimento econômico. Os resultados mais explícitos manifestam-se na forma de inovação, desenvolvimento tecnológico e geração de novos postos de trabalho. A riqueza gerada pelos empreendedores
contribui para a melhoria da qualidade de vida da população e, não raras vezes, é reinvestida em novos empreendimentos e, de maneira indireta, nas próprias comunidades.
As diferenças entre os países também refletem nos dois tipos de força propulsora do empreendedorismo: os empreendimentos “de oportunidade” e os “de necessidade”. Um empreendimento é “de oportunidade” quando o empreendedor iniciou ou investiu em um negócio a fim de aproveitar uma oportunidade percebida no mercado, e “de necessidade” quando se trata da melhor opção de trabalho disponível. Ambos florescem em países onde há desigualdade na distribuição de renda, mas onde as pessoas têm expectativa de que a situação econômica irá melhorar. Os de oportunidade aparecem em maior número onde há reduzida ênfase na manufatura, baixa intromissão governamental, grande número de investidores informais e respeito pela atividade empreendedora. Os de necessidade são mais comuns onde o desenvolvimento econômico do país é relativamente pequeno, a economia não depende tanto do mercado internacional, os benefícios oferecidos pelo Estado são menos generosos e as mulheres têm menos influência sobre a economia. 3. O movimento empreendedor no Brasil O relatório Global Entrepreneurship Monitor (GEM) – Monitor Global do Empreendedorismo, organizado por duas renomadas escolas de administração, o Babson College, dos EUA, e a London School of Business, da Inglaterra, e realizado em 37 países em 2002, apontou os seguintes resultados para o Brasil:
4. O perfil empreendedor O processo de empreender envolve todas as funções, atividades e ações associadas à percepção de oportunidades e à criação de organizações que buscam organizadamente estas oportunidades. Cinco elementos ou qualidades são fundamentais na caracterização de um empreendedor:
Algumas idéias equivocadas ainda
existem no senso comum. Uma delas é a de que o empreendedor é um herói solitário. Na realidade, colaboração é a palavra-chave, empreendedores de sucesso se unem a grupos e seguem trabalhando unidos em direção a um único objetivo. Esses cinco elementos do empreendedorismo têm mais força quando compartilhados por um time ou dentro de uma organização. 5. Os mitos em torno do empreendedor Existem ainda alguns mitos que fazem do empreendedor um
ser fantástico e de suas empresas uma obra inatingível ao simples mortais: 6. Para saber mais Recentemente foram lançados alguns livros repletos de casos sobre os empreendedores brasileiros, gente que montou seus negócios em ambientes econômicos e de mercado nem sempre amistosos, persistiu em seus objetivos mesmo em momentos adversos, criou novas idéias e novos empregos e, acima de tudo, proporcionou um saudável efeito demonstração. Seguem alguns destaques que valem a pena ser pesquisados:
Espero que estes exemplos possam inspirar outros empreendedores a criar novos negócios ou melhorar os existentes por meio das inúmeras experiências relatadas. 7. O empreendedor corporativo – um marco na história A figura do empreendedor é, ainda hoje, associada romanticamente ao navegador solitário ou ao desbravador de florestas, que se valem de seus
próprios recursos, talentos e contatos para atingir determinado objetivo. Ao longo da história, os empreendedores têm sido vistos como loucos ou Quixotes, criaturas imprudentes que perseguem sonhos impossíveis. Eu gosto muito da definição de Anita Roddick, fundadora das lojas inglesas Body Shop (www.bodyshop.com): “Há uma linha tênue entre a mente de um empreendedor e a de um louco. O sonho do empreendedor é quase uma loucura, e quase sempre isolado. Quando você vê algo novo, sua visão,
geralmente, não é compartilhada pelos outros. A diferença entre um louco e um empreendedor bem sucedido é que este pode convencer os outros a compartilhar sua visão. Esta é a força fundamental para empreender.” 8. Empreendendo dentro das organizações Empreender, também a partir de instituições já consolidadas, impõe-se hoje como necessidade estratégica e demonstração de sensatez. Em um mundo mutante e ultra-competitivo, as
exigências do mercado devem ser acompanhadas de uma conduta pró-ativa, caracterizada pela busca permanente do aproveitamento de oportunidades. Aquilo que hoje é apenas “mais um produto” ou “um setor secundário” pode rapidamente se converter na escora que manterá a empresa em pé nos próximos anos.
Com certeza, esse admirável processo de “subversão” é fundamental à sobrevivência das corporações nos novos cenários concorrenciais. Segundo Joseph Schumpeter, “o empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de
novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos recursos materiais”, ensinava. O conceito-base em questão é o de “destruição criativa”. Trata-se do impulso fundamental que aciona e mantém em marcha o motor capitalista, criando melhores produtos, novos mercados e oferecendo alternativas aos métodos menos eficientes e mais caros. De acordo com o pensador, as novas tecnologias evidenciam o despropósito dos sistemas de produção vigentes e os
substituem. O processo não tem fim. A criatividade permite sempre a geração de um produto melhor e mais barato.
Essa nova noção de responsabilidade tende sempre a se disseminar pelas equipes, incentivando-as no desenvolvimento de novos projetos. Nas sociedades altamente tecnológicas, em que a Era Industrial já cedeu lugar à Era Digital, é
preciso que as empresas renovem suas culturas. Numa época de processos cotidianos interativos e dinâmicos, é difícil imaginar que as pessoas se submetam livremente à repetição. Numa época de diversificação de costumes, em que cabelos azuis ou verdes definem opções pela diferença e novos padrões de conduta, custa acreditar que as pessoas de talento abdiquem da invenção. É preciso, portanto, que exista a capacidade de implementar um novo modelo na vida corporativa, capaz de filtrar e absorver as
contribuições do espírito criativo. 9. O empreendedor corporativo no Brasil Apesar de não ser substancialmente diferente do observado em outros países, o intra-empreendedorismo no Brasil
ainda é um conceito novo e tem suas particularidades. Este é um país em que os juros são altos e os tributos excessivos. Só isso seria suficiente para desanimar qualquer homem de negócios. No entanto, apesar das dificuldades, ao longo do tempo, nossa economia teima em crescer, nossa indústria insiste em se manter competitiva e há sempre alguém disposto a assumir o risco do progresso. O ideograma chinês para crise é o mesmo para a oportunidade. Nada mais justo. Quem passa pela crise e resiste sai
dela fortalecido. Quem nasce na crise tem chances maiores de obter os conhecimentos necessários à sobrevivência. 10. A revolução do Novo Brasil Este início de 2003 marca o início de um novo governo, democraticamente eleito, sob o signo de um processo de transição inimaginável no Brasil há menos de 12 anos. Um governo que se propõe a realizar uma série de mudanças, particularmente no terreno social. Entre as mudanças mais significativas e esperadas encontra-se a geração de milhões de empregos. Tarefa das mais difíceis, se não forem rapidamente encontrados os caminhos do equilíbrio das finanças públicas e, por
conseguinte, do crescimento econômico. Referências bibliográficas BRITTO, F.; WEVER, L. Empreendedores Brasileiros. São Paulo: Negócio Editora, 2002. Voltar Quais os principais fatores para o crescimento do empreendedorismo no Brasil?Assim, o desemprego e a crise econômica no Brasil são os principais fatores do aumento do empreendedorismo no Brasil, especialmente por necessidade. Abrir um negócio próprio é não só um sonho, portanto, mas a única saída para muitos brasileiros.
Porque o empreendedorismo está crescendo no Brasil?Até muito por conta da necessidade de recomposição de renda, ocasionada pelo alto número de demissões do mercado, em 2020 o Brasil teve o maior número de novos empreendedores de sua história.
Como se deu o processo de crescimento do empreendedorismo na sociedade brasileira?Os anos 90, período pós-ditadura e com a abertura econômica, também foram muito importantes para o país. Ocorreu a entrada de capital estrangeiro e o aumento da competitividade, e foi assim que a cultura empreendedora cresceu no Brasil.
Como se desenvolveu o empreendedorismo no Brasil?A história do empreendedorismo no Brasil
No entanto, o empreendedorismo em si só chegou com esse nome nos anos 1990 com uma forte abertura econômica. Para competir com os produtos importados, os brasileiros logo abraçaram novas oportunidades para criar novos negócios e projetos a fim de se sobressair no mercado.
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