As expressões algébricas são formadas por três itens básicos: números conhecidos, números desconhecidos e operações matemáticas. As expressões numéricas e algébricas seguem a mesma ordem de resolução. Dessa maneira, operações dentro de parênteses têm prioridade sobre as outras, assim como multiplicações e divisões têm prioridade sobre adições e subtrações. Show Os números desconhecidos são chamados de incógnitas e normalmente são representados por letras. Alguns livros e materiais também os denominam de variáveis. Os números que acompanham essas incógnitas são chamados de coeficientes. Assim sendo, são exemplos de expressões algébricas: 1) 4x + 2y 2) 16z 3) 22xa + y – 164x2y2 Valor numérico das expressões algébricas Quando a incógnita deixa de ser um número desconhecido, basta substituir seu valor na expressão algébrica e resolvê-la do mesmo modo que as expressões numéricas. Para tanto, é preciso saber que o coeficiente sempre multiplica a incógnita que acompanha. Como exemplo, vamos calcular o valor numérico da expressão algébrica a seguir, sabendo que x = 2 e y = 3. 4x2 + 5y Substituindo os valores numéricos de x e y na expressão, teremos: 4·22 + 5·3 Observe que o coeficiente multiplica a incógnita, mas, para facilitar a escrita, o sinal de multiplicação é omitido nas expressões algébricas. Para finalizar a resolução, basta calcular a expressão numérica resultante: 4·22 + 5·3 = 4·4 + 5·3 = 16 + 15 = 31 Vale dizer que duas incógnitas que aparecem juntas também estão sendo multiplicadas. Se a expressão algébrica acima fosse: 2xy + xx + yy = 2xy + x2 + y2 Seu valor numérico seria: 2xy + x2 + y2 = 2·2·3 + 22 + 33 = 12 + 4 + 9 = 25 Monômios Monômios são expressões algébricas formadas apenas por multiplicação de números conhecidos e incógnitas. São exemplos de monômios: 1) 2x 2) 3x2y4 3) x 4) xy 5) 16 Perceba que números conhecidos são considerados monômios, assim como apenas as incógnitas. Além disso, o conjunto de todas as incógnitas e seus expoentes é chamado de parte literal, e o número conhecido é chamado de coeficiente de um monômio. Todas as operações matemáticas básicas em monômios podem ser realizadas com alguns ajustes nas regras e algoritmos. Adição e subtração de monômios Só podem ser realizadas quando os monômios possuem parte literal idêntica. Quando isso acontecer, some ou subtraia apenas os coeficientes, mantendo a parte literal dos monômios na resposta final. Por exemplo: 2xy2k7 + 22xy2k7 – 20xy2k7 = 4xy2k7 Para mais informações, detalhes e exemplos sobre soma e subtração de monômios, clique aqui. Multiplicação e divisão de monômios A multiplicação de monômios não necessita de que as partes literais sejam iguais. Para multiplicar dois monômios, multiplique primeiro os coeficientes e, depois, multiplique incógnita a incógnita usando propriedades de potência. Por exemplo: 4x3k2yz·15x2k4y = 60x3 + 2k2 + 4y1 + 1z = 60x5k6y2z A divisão é feita da mesma maneira, entretanto, dividem-se os coeficientes e utiliza-se a propriedade da divisão de potências de mesma base para a parte literal. Para mais exemplos e detalhes, consulte o texto sobre divisão de monômios clicando aqui. Polinômios Polinômios são expressões algébricas formadas pela adição algébrica de monômios. Assim, um polinômio nasce quando somamos ou subtraímos dois monômios distintos. Atenção: todo monômio também é polinômio. Veja alguns exemplos de polinômios: 1) 2x + 2x2 2) 2x + 3xy + 3y 3) 2ab + 16 – 4ab3 Adição e subtração de polinômios É feita colocando-se lado a lado todos os termos semelhantes (monômios que possuem parte literal igual) e somando-os. Quando os polinômios não possuem termos semelhantes, eles não podem ser somados ou subtraídos. Quando polinômios possuem um termo que não é semelhante a nenhum outro, esse termo não é somado nem subtraído, apenas repetido no resultado final. Por exemplo: (12x2 + 21y2 – 7k) + (– 15x2 + 25y2) = 12x2 + 21y2 – 7k – 15x2 + 25y2 = 12x2 – 15x2 + 21y2 + 25y2 – 7k = – 3x2 + 46y2 – 7k Multiplicação de polinômios A multiplicação de polinômios sempre é feita com base na propriedade distributiva da multiplicação sobre a adição (também conhecida como chuveirinho). Por meio dela, devemos multiplicar o primeiro termo do primeiro polinômio por todos os termos do segundo, depois o segundo termo do primeiro polinômio por todos os termos do segundo e assim sucessivamente até que todos os termos do primeiro polinômio tenham sido multiplicados. Para isso, é claro, usamos as propriedades de potência quando necessário. Por exemplo: (x2 + a2)(y2 + a2) = x2y2 + x2a2 + a2y2 + a4 Mais informações e exemplos sobre multiplicação, adição e subtração de polinômios podem ser encontrados clicando aqui. Divisão de polinômios É o procedimento mais difícil das expressões algébricas. Uma das técnicas mais usadas para dividir polinômios é muito parecida com a usada para divisão entre números reais: procuramos um monômio que, multiplicado pelo termo de grau mais alto do divisor, seja igual ao termo de grau mais alto do dividendo. Depois, basta subtrair do dividendo o resultado dessa multiplicação e “descer” o resto para continuar a divisão. Por exemplo: (x2 + 18x + 81):(x + 9) = x2 + 18x + 81 | x + 9 – 9x – 81 0 Para mais informações sobre divisão de polinômios e para obter mais exemplos clique aqui. Por Luiz Paulo Moreira Graduado em Matemática Conhecemos como expressões numéricas um conjunto de operações fundamentais a serem calculadas. São operações fundamentais:
Expressões numéricas são bastante comuns no dia a dia, pois, em muitos problemas, há a necessidade de se calcular o valor de uma expressão numérica. Além das operações, uma expressão numérica pode conter símbolos que mostram a ordem de prioridade, são eles:
Leia também: Como identificar se um número é par ou ímpar? Ordem das operaçõesNa resolução de expressões numéricas, é bastante comum ter dúvida sobre qual operação devemos realizar primeiro, para isso, é necessário entender a ordem correta a ser seguida. Primeiramente sempre vamos começar por radiciação e potenciação. Caso apareçam essas duas operações ao mesmo tempo dentro de uma mesma expressão algébrica, calculamo-las na ordem em que aparecerem. Encontrando todas as potências e todos os radicais, as próximas operações em ordem de prioridade são a multiplicação e a divisão. Da mesma forma, operações com mesmo grau de prioridade são sempre calculadas na ordem em que aparecem, o que acontece com a multiplicação e a divisão. Na ausência de multiplicação e divisão na expressão numérica, calculamos, então, a adição e a subtração dos termos. Caso exista as duas operações, calculamo-las na ordem em que aparecerem até encontrarmos um resultado final. Exemplo: 5 + 2 · √9 – 4 : 2 – 1 + 3² Primeiramente calcularemos a radiciação e a potenciação: 5 + 2 · √9 – 4 : 2 – 1 + 3² 5 + 2 · 3 – 4 : 2 – 1 + 9 Como não há mais nenhuma potenciação nem radiciação, calcularemos a multiplicação e a divisão: 5 + 2 · 3 – 4 : 2 – 1 + 9 5 + 6 – 2 – 1 + 9 Agora realizaremos as adições e subtrações na ordem em que elas parecem: 5 + 6 – 2 – 1 + 9 11 – 2 – 1 + 9 9 – 1 + 9 8 + 9 17 Veja também: Critérios de divisibilidade – ferramentas utilizadas a fim de facilitar o cálculo de divisão Uso dos símbolos nas expressões numéricasAlém das operações em si, é bastante comum também a utilização de símbolos para mostrar a ordem de prioridade em que devemos fazê-las. São eles os parênteses ( ), os colchetes [ ] e as chaves { }. Nesse caso precisamos nos atentar, primeiro, à ordem de prioridade desses símbolos para, depois, atentar-nos à ordem de prioridade das operações que estão entre esses símbolos. Resolver expressões numéricas exige um cuidado, pois há uma prioridade na ordem das operações, começando pelos símbolos, resolvendo:
Operações que estão sendo realizadas entre parênteses, por exemplo, respeitam sempre a ordem das operações, então, ao resolver uma expressão numérica, buscamos eliminar os parênteses, depois os colchetes, e por fim as chaves, nessa ordem. Passo a passo para resolver expressões numéricasExemplo: {[2 + (5 + 4) : 3 – √4 + 9] : 4}² Para calcular a expressão quando ela possui símbolos, começamos sempre resolvendo as operações que estão dentro do parêntese. {[2 + (5 + 4) : 3 – √4 + 9] : 4}² {[2 + 9 : 3 – √4 + 9] : 4}² Agora que não há nenhuma operação entre parênteses, vamos buscar eliminar os colchetes. Dentro deles, é importante respeitar a ordem de prioridade das operações, começando, então, nesse caso, pela radiciação. {[2 + 9 : 3 – √4 + 9] : 4}² {[2 + 9 : 3 – 2 + 9] : 4}² Ainda com o objetivo de eliminar o colchete, realizaremos agora a divisão, já que ela possui prioridade em relação à adição e subtração. {[2 + 9 : 3 – 2 + 9] : 4}² {[2 + 3 – 2 + 9] : 4}² Para eliminar o colchete, calcularemos as adições e a subtração, na ordem em que essas operações aparecem. {[2 + 3 – 2 + 9] : 4}² {[5 – 2 + 9] : 4}² {[3 + 9] : 4}² {12 : 4}² Agora que eliminamos o parêntese, por fim, vamos eliminar as chaves, e, para isso, vamos calcular a divisão: {12 : 4}² 3² Por fim, só nos resta calcular a potência: 3² 9 Exercícios resolvidosQuestão 1 – Qual é o resultado da expressão: 20 ÷ {√4 · [-9 + 17 ÷ (-2 + 5)]} – [7 · (-3) – 16 ÷ (-2) + 2] A) 9 B) 10 C) 11 D) 12 E) 13 Resolução Alternativa A Primeiro vamos eliminar o parêntese: 20 ÷ {√4 · [-9 + 12 ÷ (-2 + 5)]} – [7 · (-3) – 16 ÷ (-2) + 2] 20 ÷ {√4 · [-9 + 12 ÷ (-2 + 5)]} – [7 · (-3) – 16 ÷ (-2) + 2] 20 ÷ {√4 · [-9 + 12 ÷ 3]} – [7 · (-3) – 16 ÷ (-2) + 2] Agora eliminaremos os colchetes: 20 ÷ {√4 · [-9 + 12 ÷ 3]} – [7 · (-3) – 16 ÷ (-2) + 2] 20 ÷ {√4 · [-9 + 4]} – [7 · (-3) – 16 ÷ (-2) + 2] 20 ÷ {√4 · [-9 + 4]} – [7 · (-3) – 16 ÷ (-2) + 2] 20 ÷ {√4 · [-9 + 4]} – [-21 – 16 ÷ (-2) + 2] 20 ÷ {√4 · [-9 + 4]} – [-21 – 16 ÷ (-2) + 2] 20 ÷ {√4 · [-9 + 4]} – [-21 + 8 + 2] 20 ÷ {√4 · [-9 + 4]} – [-21 + 8 + 2] 20 ÷ {√4 · (-5)} – [-21 + 8 + 2] 20 ÷ {√4 · (-5)} – [-21 + 8 + 2] 20 ÷ {√4 · (-5)} – [-13 + 2] 20 ÷ {√4 · (-5)} – [-13 + 2] 20 ÷ {√4 · (-5)} – [-11] 20 ÷ {√4 · (-5)} + 11 Agora eliminaremos as chaves, respeitando a ordem de prioridade entre as operações: 20 ÷ {√4 ·(-5)} + 11 20 ÷ {2 · (-5)} + 11 20 ÷ {2 · (-5)} + 11 20 ÷ (-10) + 11 Eliminando todos os símbolos, realizaremos, primeiro, a divisão e, depois, a adição: 20 ÷ (-10) + 11 -2 + 11 9 Questão 2 – Analisando as expressões: I. [8 : (8 × (-2) + 18)] – √16 II. [8 × (9 : 3 + 1)] + 2 III. {3² – [4 + (3 – 6 : 2)²]} – 5 As expressões que têm como resultado zero são: A) I, II e III B) somente I e II C) somente I e III D) somente II e III E) Nenhuma delas Resolução Alternativa C Resolvendo cada uma delas, temos que: I. [8 : (8 × (-2) + 18)] – √16 [8 : (-16 + 18)] – √16 [8 : 2] – √16 4 – √16 4 – 4 0 II. [8 × (9 : 3 + 1)] + 2 [8 × (3 + 1)] + 2 [8 × 4] + 2 32 + 2 34 III. {3² – [4 + (3 – 6 : 2)²]} – 5 {3² – [4 + (3 – 3)²]} – 5 {3² – [4 + 0²]} – 5 {3² – [4 + 0]} – 5 {3² – 4} – 5 {9 – 4} – 5 5 – 5 0 |