A crise de 1929 foi determinada por que

A partir de 1919 os Estados Unidos da América reafirmaram a sua hegemonia no setor industrial mundial, numa altura em que a Europa passava por uma crise motivada pela desvalorização da moeda, o aumento de preços e a deterioração dos conflitos sociais, em grande medida consequências da Primeira Guerra Mundial.
A crise com que os EUA se debateram meses após o fim da guerra foi ultrapassada com o aumento da procura, tanto interna como externa. Este crescimento económico saldou-se por um incremento do volume das exportações e uma forte diminuição das taxas de desemprego proporcionada pelo desenvolvimento da indústria.
O crescimento do consumo nos Estados Unidos foi possível por influência direta do aumento salarial e pelo incremento dos rendimentos provenientes da agricultura.

Herbert Hoover, eleito presidente dos EUA em 1929

No início da década de 20 esta tendência de crescimento económico inverteu-se devido a uma alteração conjuntural resultante da junção de três fatores: efeitos da especulação na Bolsa instigados pela especulação económica de 1919; agravamento da inflação e forte tendência de desvalorização da moeda na Europa e diminuição da procura de produtos americanos por parte dos mercados europeus.Esta quebra conduziu à descida de preços nos EUA, a qual se manteve até 1926, e significou uma redução da produção industrial. Esta crise incidiu essencialmente na indústria têxtil, mas alastrou-se a outros setores vitais da indústria, como a metalurgia, e fez-se sentir também na agricultura.

As economias americana e europeia foram afetadas pelo aumento das taxas de desconto, de 6% para 7%, e pela diminuição do crédito. Para as grandes companhias, a obtenção de capitais era conseguida através da redução dos stocks e dos preços praticados. Estas medidas tiveram resultados negativos nas empresas de menor envergadura, que se viram impossibilitadas de competir com aquelas.


O volume das importações europeias diminuiu, pelo facto de a Europa se ter tornado dependente do crédito americano. Entre 1920 e 1921 as taxas de desemprego dispararam e os salários desceram drasticamente. A crise na Europa atingia em especial a França e a Inglaterra; contudo, em 1922 as nações industrializadas como a Alemanha, o Japão e os Estados Unidos ultrapassaram os anos menos bons. Neste panorama de recuperação económica destacava-se a América do Norte, que mais tarde, em 1929, assegurava 44% do total da produção industrial mundial.
Aproximadamente em 1925 estava praticamente completa a reconstrução da Europa devastada pela Primeira Guerra Mundial. O nível de vida das pessoas melhorara e as cidades reanimavam-se, com uma panóplia de atividades culturais e de lazer, próprias de uma nova era de prosperidade.Este período ficou conhecido como os "loucos anos 20", um período em que se cultivava o gosto pela moda, pela música, pelo espetáculo e pelo desporto. Contudo, esta prosperidade não era tão efetiva quanto parecia. O desemprego era ainda uma realidade; o protecionismo económico adotado por muitos governos travava o desenvolvimento económico; a inflação continuava a afligir a economia; a supremacia americana era nociva para os outros países; as especulações bolsistas atraíam investidores; a superprodução ameaçava a agricultura, sobretudo as regiões de monocultura; e a distância entre o capital e o trabalho era abismal.

Nas eleições presidenciais, de 1921, o vencedor foi o candidato republicano Warren G. Harding (1921-1923). No início dos anos 20 a América assistia a um anómalo desenvolvimento da indústria. O Presidente Harding morreu logo em 1923, dois anos depois de ter assumido a presidência. Apesar de se ter descoberto que alguns dos seus colaboradores mais próximos eram corruptos, a chefia da nação foi entregue ao seu vice-presidente e sucessor, Calvin Coolidge (1923-1924-1929), que saiu vitorioso nas eleições de 1924.


Passados quatro anos, as eleições presidenciais foram disputadas entre o candidato republicano Herbert C. Hoover e o candidato democrata Alfred E. Smith. Os resultados eleitorais foram mais favoráveis a Hoover, devido ao prolongamento de uma conjuntura de prosperidade e ao facto de o seu opositor ser católico romano e ser claramente contra a lei da proibição decretada nos Estados Unidos. Outro problema com que a América se debatia era o da imigração massiva de gentes de outros continentes.Nos anos 20 o Congresso norte-americano reverteu a tendência tradicional da imigração, passando a ser muito mais restrita a entrada de imigrantes. Duas leis de 1921 e 1924 reduziram consideravelmente a emigração europeia.

Nos círculos laborais este período que medeia entre 1920 e 1932 foi muito marcado pelo declínio das uniões sindicais e pelo incremento do unionismo industrial. Esta tendência culminou na formação do Comité para a Organização Industrial (Committee for Industrial Organization) em 1935, que em 1938 se constituiu como o Congresso das Organizações Industriais (Congress of Industrial Organizations).


O assunto mais controverso deste período (1920-1932) dizia respeito à Proibição (Prohibition) ou ''Lei Seca''. Nos Estados Unidos havia um movimento que proibia a manufatura e comercialização de bebidas alcoólicas. Este movimento nasceu no século XIX e no século XX foi ratificado pela 18.a Emenda à Constituição americana.
Esta proibição provocou um movimento paralelo clandestino de fabricantes caseiros e um ambiente de violência instaurado pelos gangsters. É o "período de Chicago", uma época que marca o imaginário americano, e mesmo mundial, tornando célebres homens como Al Capone, Frank Nitti ou Scarface Black, líderes de poderosos bandos.Em 1929 uma comissão liderada pelo procurador-geral George W. Wickersham tentou pôr cobro a esta situação. Nos resultados apresentados por Wickersham chegou-se à conclusão que as leis proibitivas impostas pelo governo eram um fracasso, uma vez que estas não surtiam o efeito desejado.

A par destas conclusões, a opinião pública americana parecia afastar-se das leis restritivas. Em fevereiro de 1933 o Congresso aprovou uma nova lei. A 21.a Emenda à Constituição concedia o controlo da transação das bebidas licorosas de volta aos Estados. Em dezembro desse mesmo ano a Emenda era ratificada pelos Estados, integrando assim a Constituição.

Um dos principais marcos da história conhecidos no mundo inteiro foi a crise de 1929. Esse também é um dos temas que aparecem nas provas de vestibulares e do ENEM. Se você ficou curioso e quer saber mais sobre o assunto, leia esse artigo e fique por dentro.

Durante a Primeira Guerra Mundial (1914 – 1918), enquanto os países da Europa estavam completamente envolvidos no processo da guerra, com suas indústrias e produções afetadas, os Estados Unidos passam a suprir a demanda da Europa de produtos como aço, comida, máquinas, carvão entre outros itens básicos para a manutenção da guerra.

Desde a Guerra de Secessão, os Estados Unidos produziam armas e munições em larga escala. Por estar do outro lado do Oceano Atlântico se beneficiava produzindo para suprir a necessidade da Guerra, com praticamente nenhum ataque em seu território. A crise de 1929 estava chegando.

Até aquele momento a Grã-Bretanha era considerada a nação da supremacia econômica mundial, ditando através do valor do ouro toda a economia. Porém é a partir desse contexto da Primeira Guerra Mundial que a Inglaterra perde sua posição e os EUA passam a ocupar seu lugar.

A euforia econômica nos Estados Unidos começou no início da década de 1920, onde grandes empresas passam a investir em títulos na bolsa. A economia demonstrava um mar infinito de possibilidades. O consumo exagerado e produtos, altos lucros e toda a cultura do modo de vida americano. Toda uma cultura construída sobre os pilares do mercado e do consumo.

O cinema tornou-se uma febre nessa época. A produção, principalmente de bens de consumo duráveis como os carros encararam seus melhores índices.

Todos viviam no apogeu do capitalismo. No entanto, desse crescimento se projetou a crise de 1929 que é considerada como a maior que o Capitalismo já encarou. Uma crise sistêmica, onde o modelo capitalista até ali vencedor entra em decomposição. A economia que em boa parte girava em torno da especulação na bolsa encontrou seu limite e rompe no momento da “Quebra da Bolsa de Nova York” em 24 de outubro de 1929.

Os principais fatores que levaram ao caos americano foram resultado da própria euforia econômica. O aumento no consumo fez com que indústrias também aumentassem suas produções. Mas em determinado momento, já não havia mais mercado para uma produção tão extensa, o que fez com que inúmeras indústrias começassem a falir por não conseguirem vender seus produtos.

Outro fator da grande crise de 1929 foi a superprodução agrícola. O mercado agrícola tal como das indústrias, acompanhando o crescimento do consumo passou a produzir mais do que o mercado tinha capacidade de absorver. A produção do trigo foi afetada pelo momento de retração do mercado.

A quebra da bolsa foi o auge da crise. Enquanto a euforia econômica dominava o mercado norte americano, milhares de pessoas passaram a investir em ações de empresas. No entanto, ao encararem a crise de superprodução, as ações dessas empresas passam a cair dia após dia.

Quando em agosto de 1929 a quebra da bolsa acontece. As ações atingiram os mais baixos valores. Enquanto milhares de investidores tentam vender suas ações, ninguém as compra por terem noção da crise que se abateu sobre o mercado.

A Grande Depressão segue em decorrência da Quebra da Bolsa. Todo o efeito negativo que se cria na economia mundial é devido à avaria da bolsa de Nova York na crise de 1929. A década de 1930 se inicia em grande conturbação devido a depressão econômica e a crise sistêmica pela qual passa o capitalismo.

Também em decorrência a crise sistêmica do capitalismo e à grande depressão países europeus como Alemanha e Itália irão, na busca pela salvação do sistema capitalista, desenvolver seus meios próprios de economia, buscando a proteção nacional.

Itália, Alemanha e Japão passam a desenvolver a Política de Agressão, visando posicionarem-se contrários aos rumos tomados pela economia mundial.