A musica popular de macau

A musica popular de macau

Veiga Jardim, Jen-yen Chen e Margaret Lynn participaram numa conferência mundial na Irlanda

Oswaldo Veiga Jardim defende que a história da música de Macau deve ser encarada como uma “disciplina séria” e que por isso merece “muita atenção”. O maestro e investigador, que esteve na Irlanda para falar sobre o tema numa conferência internacional, manifesta o desejo de que esta sua participação tenha “contribuído para integrar a musicologia em Macau na comunidade académica especializada”

Catarina Almeida

É “muito importante” que a história da música de Macau seja encarada como uma “disciplina séria” e que merece “muita atenção”, defende Oswaldo Veiga Jardim ao Jornal TRIBUNA DE MACAU.

O maestro e investigador brasileiro, radicado em Macau, esteve recentemente na 44ª edição da Conferência Mundial do Conselho Internacional de Música Tradicional (ICTM, na sigla em inglês), onde a história musical do território esteve em destaque. Segundo Oswaldo Veiga Jardim, Macau é um lugar “muito particular”, com “muitos estereótipos impregnados desde o século XIXI e que requer gente com dedicação, isenção e a paciência necessárias para fazer, diante do público, a defesa da sua cultura e dos seus aspectos mais louváveis, entre os quais está a música”.

Nessa perspectiva, o investigador realça que esta matéria não é seguramente para “curiosos”, na medida em que “involuntariamente vão criando ainda maior confusão”. “Recentemente tive a oportunidade de ter acesso a trabalhos divulgados localmente, em conferências e num jornal local, nos quais o seu autor preocupa-se mais em enxovalhar o clero de Macau da época e sob o pretexto de abordar a vida e a obra de um sacerdote italiano que viveu em Macau entre 1923 e 1928 e que foi professor de música no Seminário, faz afirmações incorretas e de pertinência questionável e duvidosa num trabalho de musicologia histórica”, apontou.

Além disso, há outros trabalhos publicados no território na área da musicologia que se limitam a “reciclar ideias ou trabalhos feitos anteriormente por outros, acrescentando pouco para o estudo da história da música de Macau”, lamenta.

“Sinceramente espero e desejo que esta participação numa conferência internacional seja a primeira de muitas e que tenha contribuído para integrar a musicologia em Macau na comunidade académica especializada que está a desenvolver-se em Hong Kong, China, Japão e Coreia do Sul”, vincou Oswaldo Veiga Jardim.

No que diz respeito à conferência propriamente dita, o investigador indica que durante o evento teve a oportunidade de ver “experimentos interessantíssimos de fusão de música e dança tradicional irlandesa com ragas indianas e bailado etíope”. “Aparentemente, parecem ser aspectos culturais irreconciliáveis, mas nas mãos dos investigadores que lá encontrei, que conhecem em profundidade as culturas que estudam, acabam por se encontrar elementos comuns, pontos de intersecção que servem como plataformas de diálogo”, disse.

Área de estudo

no ensino secundário

O facto de ter estado ao lado de delegados de 74 países, fez com que se sentisse “orgulho de estar, de alguma forma, a representar Macau”. “Julgo que os meus outros dois colegas, em particular a Dra. Margaret Lynn, que há muitos anos se dedica ao estudo da vida e das obras do padre Áureo Castro, sentiram o mesmo”.

“Esta é uma história interessantíssima que precisa ser compartilhada de uma maneira séria e ao mesmo tempo atraente, especialmente para o público leigo e para os jovens de Macau”, realçou. “Com esta participação numa conferência internacional, espero sinceramente que as autoridades locais, sem quaisquer preocupações de ordem política, se sensibilizem para a necessidade urgente de se compartilhar esta história com os jovens de Macau, quem sabe criando uma área de estudo, dentro do ensino obrigatório de música das escolas secundárias, dedicada ao estudo da história da música de Macau”, defendeu.

Oswaldo Veiga Jardim “mergulha” na escrita sobre a música de Macau desde 1992, a convite do jornalista Rogério Beltrão Coelho – então editor da Revista Macau – para ser responsável pela secção de música da publicação. “A secção chamava-se ‘Contraponto’ e por cerca de uma década foram publicados mensalmente perto de uma centena de artigos sobre música na Ásia e sobre aspectos então desconhecidos da história da música de Macau”, recordou.

“Modestamente venho tentando dar o meu contributo. No ano 2000, quando ainda era coordenador do Curso de Música do Instituto Politécnico de Macau, sugeri a criação desta disciplina que é ministrada até hoje. Actualmente, como consultor do Macau Baptist College, sugeri a realização de uma apresentação, que acontecerá no próximo dia 25, na qual serão ouvidas pela primeira vez em audição contemporânea dois hinos patrióticos de autoria do padre Jacob Lau, escritos em 1912 e 1921”, adiantou Oswaldo Veiga Jardim.

São 21 propostas provenientes do Reino Unido, Alemanha, Áustria, Itália, República Checa, Polónia, Portugal, EUA, Argentina, Venezuela, Singapura e Austrália, para além do Interior da China, que em Outubro e princípios de Novembro vão colorir os palcos de Macau de sons antigos e experimentais

A musica popular de macau

O vasto programa concebido para o festival, que vai da ópera à música sinfónica, música coral, música de câmara, música contemporânea, música folk, pop, música de fusão e jazz, proporcionado por um leque impressionante de artistas e agrupamentos, procura oferecer um encontro dinâmico entre Oriente e Ocidente. E o FIMM aposta novamente em workshops e conferências sobre os eventos, com o objectivo de estimular o interesse da população pela música.

Orquestra de Macau 

The Butterfly Lovers

Trata-se de um concerto Comemorativo do 60º Aniversário da República Popular da China em que a Orquestra de Macau apresenta algumas obras de autores chineses.

Este concerto conta com o pianista Shi Shucheng, solista no histórico Concerto para Piano “O Rio Amarelo”, e ainda a violinista Yu Lina, que estreou o Concerto para Violino “Butterfly Lovers” há cinquenta anos. Aos dois músicos junta-se ainda o maestro chinês Chen Xieyang, ex-Director Musical da Orquestra Sinfónica de Xangai.

9 de Outubro, Grande Auditório, Centro Cultural de Macau

Orquestra Chinesa de Macau

A Era do Dragão

A Orquestra Chinesa de Macau dá vida à Abertura “Celebração” de Zhao Jiping, à melodia popular Noite Bela de Liu Tianhua e ao Concerto para Pipa “Hua Mulan” de Gu Guanren. Referência ainda para as obras de Kuan Nai Chung: “Sonho de Borboleta” para Dizi e Orquestra e o Concerto para Percussão “A Era do Dragão”.

A fechar, a Orquestra fala ao coração de todos com a Dança de Alegria de Quan Jihao.

10 de Outubro, Grande Auditório, Centro Cultural de Macau

Academia de Música Antiga

Concerto Comemorativo do 200º Aniversário do Nascimento de Joseph Haydn – Reino Unido

A Academia de Música Antiga especializou-se em tocar instrumentos de época. Sob a direcção de Christopher Hogwood, a Academia de Música Antiga, formada em 1973, estabeleceu-se como uma autoridade na forma como a música era executada.

Em Macau a Academia de Música Antiga assinala os 200 anos do nascimento de Joseph Haydn, talvez o mais prolífico compositor de todos os tempos. Deixou mais de 1200 composições entre sinfonias, óperas, oratórias, missas, música de câmara e obras vocais.

11 de Outubro, Grande Auditório, Centro Cultural de Macau 

Quarteto Szymanowski – Polónia

Desde a sua fundação em Varsóvia em 1995, tornou-se um quarteto de cordas verdadeiramente carismático. O Quarteto Szymanowski soma já muitos prémios em concursos de renome, tais como o primeiro prémio no Concurso Prémio Vittorio Gui em Florença e no Concurso In Memoriam Dimitri Shostakovich em Hanôver.

12 de Outubro, Teatro Dom Pedro V

Xuefei Yang e Natalie Clein 

Recital de Guitarra Clássica e Violoncelo – Reino Unido
A guitarrista clássica chinesa Xuefei Yang associa-se neste invulgar concerto à violoncelista britânica Natalie Clein, nomeada “BBC Musician of the Year” em 1994.

Com carreiras já reconhecidas internacionalmente as instrumentistas colaboram num evocativo programa de música para violoncelo e guitarra clássica.

13 de Outubro, Teatro Dom Pedro V 

Hudson Shad: 

Comediantes, Cowboys, Crooners e Clássicos – EUA

Os seis homens de Chicago que se intitulam “Hudson Chad” produzem-se à imagem do grupo alemão –  The Comedian Harmonists – formado em 1927, um dos agrupamentos musicais europeus mais famosos do período de antes da II Guerra Mundial.

Embora cantem o repertório original dos The Comedian Harmonists, os Hudson Shad não se limitam à imitação, tendo criado a sua imagem própria, apresentando também canções americanas dos anos 20, sucessos dos anos 30, 40, 50 e 60 do século passado, e ainda clássicos com orquestra.

14 de Outubro, Teatro Dom Pedro V 

Orquestra Chinesa de Macau 

Convida Lily Chen 

Lily Chen, conhecida como a “Rainha da Hi-fi” na China, começou a gravar discos com apenas 10 anos de idade. O seu último álbum, 1.825M, foi um dos “10 Álbuns de Hi-fi” do Ano em 2005.

Em três concertos com a Orquestra Chinesa de Macau, Lily Chen recordará êxitos inesquecíveis, reafirmando-se como uma das estrelas chinesas mais populares do momento.

16 a 18 de Outubro, Grande Auditório, Centro Cultural de Macau 

Flexible Music/Ensemble “Link Together” EUA/Alemanha
O agrupamento Flexible Music é composto por quatro jovens americanos que cruza a linha entre o jazz, o rock e a música clássica. Desde 2003, o grupo encomendou cerca de 30 peças a compositores como Nico Muhly, Orianna Webb, Vineet Shende, John Link, e Adam B. Silverman.

O agrupamento de jazz contemporâneo “Link Together”, radicado em Berlim, trabalha na síntese de ritmos não-europeus, música tradicional chinesa, e sons e estruturas contemporâneos com influências do jazz e improvisação livre.

20 de Outubro, Teatro Dom Pedro V

Orquestra Sinfónica de Sydney – Austrália

Em Janeiro de 2009, o pianista e maestro Vladimir Ashkenazy assumiu o cargo de Maestro Principal e Conselheiro Artístico da Sinfónica de Sydney, a principal orquestra australiana cujas temporadas contam sempre por um alinhamento de solistas de renome internacional e dos músicos australianos. A Orquestra, que já conta com 77 anos, apresentará em Macau um programa ecléctico que inclui as enigmáticas Variações Enigma de Elgar.

22 de Outubro, Grande Auditório Centro Cultural de Macau 

Daria Masiero e Elena Belfiore

Recital de Música Sacra  – Itália

Um concerto de música sacra em que a soprano Daria Masiero, vencedora do Concurso BBC-Cardiff Singer of the World 2005, associa-se à meio-soprano Elena Belfiore.

Acompanhadas pelo pianista americano e veterano de outras edições deste Festival Internacional de Música, Lorn Richstone, as cantoras italianas vão entoar peças mais conhecidas como Avé Maria de Schubert, e obras de Gounod, Mozart e Mascagni, mas também outras peças sacras menos conhecidas.

23 de Outubro, Igreja de S. Domingos

Orquestra Filarmónica da Rádio Alemã Alemanha

A Deutsche Radio Philharmonie (DRP) é o primeiro agrupamento sinfónico a ser formado pela fusão de duas orquestras da rádio. Constituído em Setembro de 2007 e sediado em Saarbrücken e em Kaiserslautern, pretende dar continuidade às tradições de duas instituições consagradas – a Rundfunk-Sinfonieorchester Saarbrücken e a Rundfunkorchester Kaiserslautern.

Com 114 músicos, é uma das maiores orquestras da rede pública de rádio alemã, possuindo um repertório muito diverso e oferecendo programas invulgares.

O Maestro Principal da DRP, Christopher Poppen dirigirá a estreia em Macau da Serenata para Tenor, Trompa e Cordas de Britten.

24 de Outubro, Grande Auditório, Centro Cultural de Macau 
Pequenos Cantores de Viena – Áustria

O coro austríaco está de regresso a Macau com novas músicas. Purcell, Duruflé e Haydn dão os primeiros passos nas partituras, aquecendo as vozes para uma selecção das canções seculares Carmina Burana de Orff. Polcas e valsas de Strauss vão abrindo caminho a canções populares austríacas, embalando para temas pop e rock de grupos contemporâneos como os Abba ou os Queen. Andy Icochea Icochea conduz o Schubertchor dos Pequenos Cantores de Viena, lançando âncora nas águas profundas da tradição austríaca.

25 de Outubro, Grande Auditório, Centro Cultural de Macau 

Delfins 

25 Anos, 25 Êxitos 1 Abraço Portugal

Voltamos atrás no tempo, ao início dos anos 80 do século passado altura em que três adolescentes começam a tocar numa garagem de Cascais, em Portugal. Em 1981 Miguel Ângelo junta-se ao grupo e viria a ser vocalista da banda Delfins, nascida em 1984. O seu primeiro álbum foi lançado em 1987.

Em Julho de 2008, os Delfins anunciam o fim da sua carreira como banda e planeiam abandonar os palcos em 2009, ano em que completam 25 anos de carreira. O seu último concerto está marcado para 31 de Dezembro de 2009, em Cascais.

26 de Outubro, Fortaleza do Monte

Coro de Câmara de Praga – República Checa

Afinadas pelo maestro Josef Pancik, as 18 vozes do Coro de Câmara de Praga regressam a Macau para apresentar um programa diverso de música sacra, que se estende do séc. XVI ao séc. XX, e que inclui obras de Gallus, Mendelssohn, Tchaikovsky, Bruckner e Rachmaninov. O compositor checo Antonin Dvorak, revelado na sua Missa em Ré Maior, encerra o concerto num esplendor boémio.

27 de Outubro, Igreja de S. Domingos

Nova Iorque Vista e Ouvida

Com Paul D. Miller aka DJ Spooky e MILK & JADE by Dana Leong

Paul D. Miller aka DJ Spooky é um escritor, artista e músico premiado que vive e trabalha em Nova Iorque. Já actuou em locais como Tate Modern, Muesu Guggenheim Museum e no Ódeon de Herodes Ático na Acrópole em Atenas.

O violoncelista e compositor de electro-jazz Dana Leong combina hip-hop, jazz e electrónica para criar o seu próprio som. Frequentemente referido como o “Yo-Yo Ma de alta-definição”, Dana revolucionou o violoncelo através do uso pioneiro da amplificação, melodias líricas e colagem e improvisação de texturas de jazz.

28 de Outubro, Fortaleza do Monte 

Buraka Som Sistema

Kuduro Electrónico – Portugal
Os ritmos frenéticos do Kuduro angolano invadiram as discotecas lisboetas nos finais dos anos 90 do século passado. Lil’John, Riot e Conductor, que constituem os Buraka Som Sistema, juntaram as influências da música da sua cultura, e fundiram-na com a inspiração tirada de géneros musicais tão diversos como o techno, o drum‘n’bass, o hip-hop e a música de dança, criando um som totalmente novo.

Enquanto o Ocidente mal tinha aprendido a classificar essa música suburbana, que germinou das novas metrópoles do mundo globalizado, o grupo pegou nos cânones desse electro-ghettotech e acrescentou outro ponto de influência geográfica à pista de dança por onde passava, contaminando meio mundo, com uma África reinventada.

30 de Outubro, Fortaleza do Monte

Quarteto T’ang e John Chen 

Singapura/ Nova Zelândia

Os membros do Quarteto T’ang, constituído em 1992, formaram-se individualmente em Londres e Moscovo, tendo obtido reconhecimento internacional em eventos como o Festival Tanglewood nos EUA, festivais de música de Melbourne e Camberra, Festival Internacional de Artes da Nova Zelândia, Festival de Artes de Singapura, Festival Internacional de Edimburgo e em salas como o Wigmore Hall de Londres.

John Chen é um dos principais músicos da Nova Zelândia. Em 2004, com apensas 18 anos de idade, tornou-se o mais jovem vencedor do Concurso Internacional de Piano de Sydney.

31 de Outubro, Teatro Dom Pedro V 

Harlem Blues and Jazz Band – EUA

A Harlem Blues and Jazz Band é a banda mais autêntica de swing. Inclui como vedetas músicos veteranos de jazz e blues – com idades entre os 64 e os 93 anos – cujas raízes remontam ao período clássico dos anos 20 e 30.

Junta desde 1973, esta banda participou em eventos como “Jumping at the Woodside” e “Stomping at the Savoy”, com Duke Ellington, Cab Calloway, Count Basie, Lionel Hampton, “Fats” Waller, Louis Armstrong e Billie Holiday. Estes são os artistas que criaram um novo género musical para a América.

1 de Novembro, Fortaleza do Monte

Grupo de Percussão An Zhi Shun/ Orfeão Juvenil da Mongólia Interior – China

O Grupo de Percussão foi fundado por An Zhishun, o mestre de percussão conhecido como “o Rei dos Tambores”, e pela bailarina Zhizuko Miya. Foi o primeiro grupo de percussão profissional privado no país, e o único do Interior da China a actuar nas Cerimónias de Transferência de Soberania de Hong Kong em 1997. Fundado em Março de 1987, o Orfeão Juvenil da Mongólia Interior é pioneiro na integração das artes da percussão oriental e ocidental.

O orfeão actuou já na Ópera de Sydney, Salão de Concertos de Viena, Ópera de Xangai, Sala de Concertos de Pequim e Centro Cultural de Hong Kong.

3 de Novembro, Fortaleza do Monte

Marco Granados e Un Mundo Ensemble/ Quinteto Novo Tango Pablo Ziegler – Venezuela/ Argentina

Marco Granados formou um conjunto de músicos com o objectivo de divulgar a agitação, paixão e energia da música da Venezuela e da América Latina. A música venezuelana é caracterizada por melodias alegres, complexos ritmos sincopados e harmonias “jazzísticas” que combinam as tradições das culturas africana, europeia e nativa com um toque de sofisticação verdadeiramente único. O casamento entre o jazz e o tango era virtualmente desconhecido há trinta anos, até Pablo Ziegler, pianista de Astor Piazzolla, surgir no panorama musical, combinando os ritmos ardentes do tango com a espontaneidade enérgica do jazz.

5 de Novembro, Fortaleza do Monte

Ópera de São Francisco 

Le Nozze di Figaro – EUA

O enredo da ópera As Bodas de Fígaro de W. A. Mozart desenrola-se no castelo do Conde Almaviva em Sevilha, em finais do séc. XVIII. Baseia-se na peça La Folle Journée, ou Le Mariage de Figaro de Beaumarchais, de 1784, uma sequela da sua peça anterior – O Barbeiro de Sevilha. Em Le Mariage de Figaro, o Conde Almaviva, com a ajuda de Fígaro, faz a corte e acaba por subtrair a adorável Rosina ao seu velho e mal-humorado guardião e aspirante a marido, Dr. Bartolo.

Nas “Bodas de Fígaro”, Beaumarchais dá continuidade à história. O Conde casou com Rosina, mas o seu casamento azedou devido às suas infidelidades. Fígaro deixou de ser barbeiro e tornou-se mordomo do Conde e está noivo de Suzanna, a aia da Condessa Rosina – que por sua vez é desejada pelo Conde. O velho Bartolo está de volta para se vingar de Fígaro por este lhe ter roubado Rosina, e conta com a ajuda do servil mestre de música, Don Basilio. A juntar à diversão contam-se ainda um adolescente apaixonado, uma velha criada intriguista, um jardineiro bêbado e uma jovem imbecil.

O maestro Lü Jia dirige a Orquestra de Macau e o elenco que canta esta ópera em quatro actos de Mozart.

6 a 8 Novembro, Grande Auditório Centro Cultural de Macau