Explique como se dá a mudança de um dia para outro, quando consideramos os fusos horários.

Como sabemos a Terra é uma esfera, achatada nos polos e ela realiza o movimento de rotação, que é aquele em que ela dá uma volta completa em torno do seu próprio eixo. Com esse movimento, originam-se a sucessão dos dias e noites. Assim para melhor se organizar, o homem estabeleceu um sistema de horários em todo o planeta. Claro! Isso foi fundamental na organização, afinal se os países não convencionassem horas de acordo com o amanhecer e o anoitecer e se cada país estabelecesse seu sistema de horários seria uma verdadeira confusão, você concorda? Vamos entender como isso ocorre?

Como a Terra rotaciona de um lado (frente para o sol) será dia, e do outro lado, noite (lado aonde os raios solares não chegam). Conforme ela vai girando o sol vai iluminado as partes antes escuras, consequentemente do outro lado que era dia começa a escurecer. Esse fenômeno dura 24 horas. Acompanhe a figura e entenda esse processo, é muito simples!

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Sendo assim, foi estabelecido um sistema para regular as horas: o Sistema de Fusos Horários. Como já falamos, a Terra leva 24 horas para dar essa volta, ou seja, estabeleceu-se 24 fusos. Dividindo a Terra ao meio, com uma linha imaginária, temos 12 fusos para leste e 12 fusos para oeste. A cada hora que passa a Terra gira 15° graus. E a cada intervalo de 15° corresponde a um fuso horário.

Figura 1– Rotação da Terra

Veja:

12 intervalos para oeste + 12 intervalos para leste = totalizando 24 fusos horários.

Entendeu? Esse é o sistema de horários que o mundo todo segue. Afinal o dia não tem 24 horas?

Observe o planisfério abaixo e os números. Você percebeu que para oeste eles estão com o sinal de subtração (-), ex: -5, e para leste com sinal de adição? Está assim representado para nós entendermos que para oeste as horas atrasam, e para leste elas adiantam.

Mas como assim? Fique atento ao exemplo a seguir:

Quando em Brasília for 10:00 horas, por exemplo, em Londres será 13:00 horas. Ou seja, Londres está a três fusos a leste de Brasília. Portanto: leste aumenta, então: 10+ 3= 13:00 horas.

Figura 2- Planisfério (Fusos Horários)

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Mas qual a referência para se ter um ponto de partida? Então, para não acontecer nenhuma confusão, em 1884 em uma Convenção nos Estados Unidos, foi determinado que a hora do fuso inicial fosse a do Meridiano de Greenwich, ou GMT (Greenwich Meridian Time ou Hora do Meridiano de Greenwich).

Assim o relógio no local, marca todos os 24 fusos mundiais, observe:

Figura 3– Relógio que marca a hora em todos os fusos. Observatório Astronômico de Greenwich, Londres, Inglaterra.

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Vamos exercitar? Agora é sua vez, qual o fuso horário neste momento do outro lado do planeta? Você já parou para pensar? Exercite então na questão abaixo:

(UFRN 2003) Os jogos da última Copa do Mundo, realizados na Coréia do Sul e no Japão, foram transmitidos no Brasil com uma diferença de 12 horas, devido ao fuso horário.

“Trabalhando com Mapas – Introdução à Geografia”. São Paulo: Ática, 1997, p. 21.
O jogo entre o Brasil e a Turquia, realizado no dia 03 de junho de 2002, teve início às 06 horas (horário de Brasília). Com base no mapa de fusos horários, podemos afirmar que o referido jogo foi visto, respectivamente, por egípcios no Cairo, indianos em Bombaim e americanos em Los Angeles, às

a) 13 horas / 02 horas / 23 horas. b) 23 horas / 13 horas / 02 horas. c) 14 horas / 11 horas / 01 hora.

d) 11 horas / 14 horas / 01 hora.

Ouça este artigo:

Nosso planeta gira em torno do seu eixo imaginário ao executar o movimento de rotação, que leva quase 24 horas (mais precisamente 23 horas, 56 minutos e 4 segundos) para ser concluído e reiniciar. Portanto, é esse movimento da Terra que determina o passar das horas e a sucessão dos dias e das noites, fazendo com que, em um mesmo momento, diferentes pontos longitudinais da superfície terrestre tenham horários diversos.

A relação entre a rotação e o quanto a Terra gira por hora pode ser calculada de modo muito simples. Sabendo-se que o planeta possui formato esférico e que a medida de uma circunferência em graus é de 360°, podemos dividir esse valor pelo número 24 (referente às horas de uma volta completa) para perceber que em cada hora que passa, o planeta gira sempre 15°. Foi essa constatação que fez com que os astrônomos dividissem a Terra em 24 partes iguais, de norte a sul, criando os fusos horários.

Em 1884, ocorreu a Conferência Internacional do Meridiano, em Washington (EUA). Nessa ocasião, representantes de 25 países definiram que as regiões situadas num mesmo fuso adotariam o mesmo horário e que o meridiano de Greenwich (Inglaterra) seria a linha de referência para definir as longitudes e acertar os relógios em todo o planeta. Deste modo, estabeleceu-se que o fuso referencial é o que se estende de 7°30’ para leste e 7°30’ para oeste de Greenwich (0°). A hora que o fuso referencial determina recebe o nome de GMT (Greenwich Meridian Time) e, assim como nele, todos os fusos possuem um meridiano no centro. Além da referência para a mudança das horas, também foi necessário definir a mudança da data no mundo e, estabeleceu-se que o meridiano de 180° – ou antimeridiano, por ser oposto a Greenwich – seria a Linha Internacional de Mudança de Data (LID).

Entre cada fuso horário existe uma hora de diferença, e como a Terra gira de oeste para leste, deve-se somar horas se for para leste e subtraí-las se for para oeste. Deste modo, os dois fusos imediatamente seguintes ao de Greenwich se estendem até 22°30’ para leste (com uma hora a mais) e 22°30’ para oeste (com uma hora a menos), e assim também ocorre com os demais fusos que, sucessivamente, a cada 15° para leste terão uma hora adiantada e a cada 15° para oeste terão uma hora atrasada. Essas delimitações correspondem aos limites teóricos dos 24 fusos do planeta. Porém, para determinar o horário em cada localidade, não se pode ignorar os recortes territoriais dos diferentes países e suas unidades político-administrativas internas, como estados e municípios. Em decorrência disso, foram criados os limites práticos, garantindo que determinados territórios possam manter internamente um mesmo fuso, mesmo que extrapolem espacialmente os limites teóricos, o que faz com que os fusos não sejam faixas retas e contínuas ligando um polo ao outro.

A definição dos fusos horários nos diferentes territórios é uma questão política. Até 1913, o Brasil possuía um único fuso horário, até que a sanção da Lei 2.784 dividiu o território nacional em quatro fusos. Em 2008, uma lei federal reduziu o número de fusos horários para três. Porém, em 2010 houve um referendo e a população do Acre optou pelo retorno do antigo horário. Em 2013, o Senado Federal restabeleceu o horário no Acre e em parte do Amazonas para -5 horas em relação a Greenwich. Deste modo, devido à grande extensão longitudinal do território brasileiro e à existência de ilhas oceânicas, nosso país mantém atualmente uma configuração específica com quatro fusos diferentes, sendo que apenas o estado do Amazonas apresenta mais de um.

Representação que demonstra os quatro fusos horários brasileiros que vigoram atualmente e a diferença entre os limites teóricos e práticos. Ilustração: TimeZonesBoy / Wikimedia Commons / CC-BY-SA 4.0

Leia também:

Fontes:
ADAS, Melhem. Noções básicas de Geografia. São Paulo: Moderna, 2006.

SENE, Eustáquio de; MOREIRA, João Carlos. Geografia geral do Brasil, volume 1: espaço geográfico e globalização: ensino médio. São Paulo: Scipione, 2010.

LUCCI, Elian Alabi; BRANCO, Anselmo Lazaro; MENDONÇA, Cláudio. Geografia Geral e do Brasil – ensino médio. São Paulo: Saraiva, 2005.

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