O impressionismo foi um movimento artístico surgido na pintura no final do século XIX, na França. Influenciou também a música, que passou a adotar suas idéias por volta de 1890. Show Apesar de não se considerar um impressionista, foi em torno de Édouard Manet que se reuniu grande parte dos artistas que passaram a ser chamados de Impressionistas. O movimento tem como característica romper os laços com o passado, várias obras de Manet são inspiradas na tradição, porém serviu de inspiração para os novos artistas. O movimento foi um marco na arte moderna. Os autores impressionistas não mais se preocupavam com os ensinamentos do Realismo ou da academia, e mesmo se mantinham alguns aspectos do realismo, não se comprometiam com denúncia social. Reproduziam paisagens urbanas e suburbanas. Os pintores impressionistas pesquisavam a produção pictórica, não se interessavam em temáticas nobres ou no retrato fiel da realidade e sim na criação de novas formas de registrar a luz e as cores, decompondo-as, captando o instante em que a ação acontecia. As telas eram pintadas ao ar livre, o objetivo era criar obras espontâneas, inspiradas na natureza. A primeira exposição pública impressionista foi realizada em 1874, em Paris, onde participou o expositor Claude Monet, autor de Impressão: O Nascer do Sol, (1872), tela que deu origem ao nome do movimento. No Brasil, o representante mais expressivo do impressionismo é Washington Maguetas. Destaca-se também o pintor Eliseu Visconti, que no início do século XX, foi o artista que melhor representou o movimento, não se preocupando em reproduzir modelos clássicos e sim em registrar os efeitos da luz solar em suas telas O que foi o Impressionismo? Ele surgiu da pintura de paisagem ao ar livre executada com velocidade e se valeu de inovações na produção industrial de tinta a óleo durante o século XIX. Os pintores impressionistas passaram a considerar seus quadros executados no calor da hora como obras acabadas, deixando visível a tinta grossa aplicada com gestos rápidos. Assim, nascia a arte construída a partir de materiais industriais de última geração postos em primeiro plano. Em 1869, os colegas Renoir e Monet foram pintar juntos ao ar livre, levando consigo um estoque de cores de tinta recém-lançadas no mercado ao longo das décadas anteriores. Renoir era um virtuoso na pintura veloz: a nova gama de cores disponíveis permitia produzir um efeito complexo em curto tempo; Monet, pintando ao seu lado, usou quinze cores diferentes num único quadro, executado em aproximadamente duas horas. Ambos passaram a praticar essa técnica, despertando o interesse de seus colegas. As experiências levaram o grupo a estender o procedimento surgido na pintura de paisagem a outros campos, como o retrato e a natureza-morta. Mesmo quando as obras eram retrabalhadas em ateliê, as pinceladas sempre pareciam ter sido feitas com a rapidez da pintura ao ar livre. O grupo de colegas fez uma exposição coletiva independente em 1874, em Paris. O público e a crítica começaram a chamar o resultado exposto de “impressões”, título de um quadro de Monet e termo associado, na época, aos esboços amadores que os turistas faziam das paisagens descobertas. A moda do esboço de paisagem associado ao turismo foi um grande motor do mercado de materiais industriais para pintura na Europa e nos Estados Unidos, incentivando pintores profissionais a produzir paisagens ao ar livre também. Foi assim que o grupo passou a ser chamado de “impressionista”, assumindo essa designação em 1877 por insistência de Renoir. A pintura de paisagem ao ar livre passou a ser praticada no Brasil em 1884. Grimm foi o responsável pelo início de seu ensino na Academia Imperial de Belas Artes do Rio de Janeiro e, posteriormente, pela formação de uma escola de pintores identificados com seus ensinamentos. Castagneto e Parreiras foram os principais discípulos de Grimm. Na década de 1880 também quintuplicou o mercado de materiais industriais de pintura no Rio de Janeiro, que passou de onze lojas de tintas e objetos para pintores em 1882 para 52 lojas em 1889, com sortimento de importados. As mesmas duas condições para o surgimento do Impressionismo na França se repetiram no Brasil: a prática da pintura rápida ao ar livre e a variedade de novas cores de tinta industrial. Além disso, a viagem de pintores brasileiros à França com prêmios e bolsas governamentais durante o período da consagração de artistas como Renoir e Monet trouxe de volta ao Brasil o reconhecimento do Impressionismo: no final da década de 1890, Visconti já era chamado de impressionista pela imprensa brasileira. Reunimos aqui obras de Renoir como artista exemplar do Impressionismo. Há retrato, natureza-morta e estudo para mostrar como o Impressionismo nasceu da paisagem, mas se estendeu aos demais gêneros. A pincelada rápida e o uso de uma ampla gama de cores são marcas de Renoir. Seguem-se os pioneiros da pintura rápida ao ar livre no Brasil: Grimm, Castagneto e Parreiras. Na sequência, as gerações de pintores brasileiros já conscientes do Impressionismo francês. Reunimos aqui apenas paisagens, pois é o gênero fundador do Impressionismo e permite identificar o interesse pelas paisagens pitorescas brasileiras, sobretudo no Rio de Janeiro, até hoje destino de turismo e objeto da produção de imagens amadoras com recursos industriais, como celulares. No extremo da mostra, reunimos objetos que testemunham o comércio e o uso de materiais industriais de pintura no Rio de Janeiro, entre 1844 e a década de 1930. Ao longo da linha do tempo, mostramos a gama das novas cores industriais do século 19 da marca Lefranc, usada pelos impressionistas franceses. Começava, assim, a arte industrial no Brasil. O impressionismo no Brasil A pintura rápida de paisagem ao ar livre e o comércio da inovadora gama de cores industriais foram condições do surgimento do Impressionismo na França na década de 1870. Na década seguinte, as mesmas condições passaram a existir no Rio de Janeiro. No fim do século XIX, a designação de impressionista aplicada a pintores brasileiros já era usada pela imprensa local. O pintor Grimm implantou o ensino da pintura de paisagem ao ar livre no Rio de Janeiro em 1884, na Academia de Belas Artes, contra a vontade dos acadêmicos. Dois anos depois, seu contrato não foi renovado, e Grimm deixou a Academia, seguido por sete discípulos fiéis que o acompanharam até a praia de Boa Viagem, em Niterói — dentre eles, Castagneto e Parreiras, que desenvolveram a própria técnica de pintura ao ar livre nos anos seguintes. Castagneto era especialmente rápido ao pintar. Nas décadas de 1890 e 1900, Visconti, os irmãos Arthur e João Timóteo da Costa e o casal Georgina e Lucílio de Albuquerque viajaram à França com prêmios e bolsas governamentais, lá testemunhando a consagração do Impressionismo. De volta ao Brasil, desenvolvem a pintura rápida de paisagem ao ar livre, já sabendo sobre a técnica impressionista. Visconti, por exemplo, foi chamado de impressionista em 1898 pela imprensa brasileira. Aqui praticaram o Impressionismo também Antônio Garcia Bento, Mário Navarro da Costa e Henrique Cavalleiro. Comércio de material de pintura no Rio de Janeiro Na década de 1880, o mercado de materiais para pintores se multiplicou por cinco no Rio de Janeiro, contemplando o comércio das novas cores industriais de tinta a óleo, que permitiam uma nova complexidade para a pintura rápida ao ar livre. Reunimos aqui um mapeamento da expansão do comércio de tintas e materiais para pintura no Rio de Janeiro entre 1844 e 1889. A cidade era então corte imperial, mantendo permanente relação comercial com a Europa, o que possibilitava o suprimento de novidades industriais, como as novas cores de tinta a óleo em tubo metálico. Outra novidade eram os pincéis com anel metálico para fixar os pelos ao cabo: o inovador pincel chato permitia aplicar tijolos de tinta espessa. Os materiais comercializados no Rio de Janeiro incluíam, ainda, itens específicos para pintura ao ar livre, como caixas portáteis, bancos dobráveis e guarda-sóis. O uso de material industrial para pintura no Brasil é exemplificado pelo legado de Antônio Parreiras, mantido pelo Museu com seu nome, em Niterói. Felipe Chaimovich Serviço Quais são as características do impressionismo?As principais características do impressionismo são os contornos imprecisos e o caráter paisagístico. Os artistas impressionistas mais conhecidos são os franceses Monet, Degas, Manet e Renoir. Impressão, nascer do sol, de 1872, foi a tela de Claude Monet que deu nome ao movimento.
Quais os principais acontecimentos do impressionismo no Brasil?O impressionismo no Brasil
No fim do século XIX, a designação de impressionista aplicada a pintores brasileiros já era usada pela imprensa local. O pintor Grimm implantou o ensino da pintura de paisagem ao ar livre no Rio de Janeiro em 1884, na Academia de Belas Artes, contra a vontade dos acadêmicos.
Como foi a chegada do impressionismo no Brasil?Impressionismo no Brasil
O impressionismo chegou ao Brasil anos após se estabelecer nos países da Europa. No fim do século XIX, a pintura de paisagem ao ar livre foi implantada na Academia de Belas Artes pelo pintor Grimm, ainda que contra a vontade dos acadêmicos da época.
Qual o principal conceito do impressionismo?O Impressionismo é um movimento que consiste em uma nova representação da realidade e que inicia uma reviravolta na arte da época. Na década de 1850, Monet e Manet se inspiram também nas estampas japonesas, especialmente as de Hokusaï e Hiroshige.
|