Qual o estado da Região Norte do Brasil é o mais rico em minerais?

Dos 6,7 bilhões de dólares exportados pelo Estado de janeiro a junho de 2020, a mineração representou 88,6%

Por Giovanna Abreu (SECOM)

10/07/2020 14h28

O Pará ficou em 1º lugar no ranking das exportações de minérios entre os estados de todo o Brasil. O Boletim Econômico Mineral do Pará foi divulgado, na última segunda-feira (6), pelo Sindicato das Indústrias Minerais do Pará (Simineral) e se refere ao primeiro semestre de 2020, quando o Pará participou com 34% das exportações minerais do país. 

Qual o estado da Região Norte do Brasil é o mais rico em minerais?
“O estado do Pará se destaca no cenário nacional como maior produtor de minérios do País. Destaca-se em primeiro lugar na produção de ferro, bauxita, cobre e caulim, além de ser grande produtor de manganês, níquel, calcário, ouro, gemas e outros minérios de uso na construção civil”, afirma o diretor de Geologia, Mineração e Transformação Mineral, Ronaldo Lima, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme). “Grande parte dessa produção é de produtos de exportação, o que contribui para o saldo positivo da nossa balança comercial e no aumento do Produto Interno Bruto ”, completa. 

Dos 6,7 bilhões de dólares exportados pelo Pará de janeiro a junho de 2020, a mineração representou 88,6% das exportações totais do Estado. A atividade traz inúmeras consequências positivas para a população e para o crescimento econômico estadual.

“Toda essa potencialidade atrai empreendimentos e grandes empresas do setor mineral que contribuem para a criação de empregos diretos e indiretos e geração de renda, com a movimentação de serviços que aquecem a economia do Estado e, especialmente, dos municípios localizados nas áreas de influência direta dos projetos”.  Ronaldo Lima, diretor da Sedeme.

O Governo do Pará, através da Sedeme, trabalha para criar um ambiente de atração de negócios, investindo na estruturação dos Distritos Industriais e na logística para o escoamento da produção. “A implantação da Ferrovia Paraense (Fepar), a retificação de canais como o Quiriri e o Pedral do Lourenço para a melhoria de nossas hidrovias, o investimento para a maior capacidade dos nossos portos e melhoramento na rede rodoviária são algumas das ações fundamentais em desenvolvimento para criar atrativos”, destaca Ronaldo. 

Qual o estado da Região Norte do Brasil é o mais rico em minerais?
Minério de Ferro - O Pará também ocupou o 1º lugar como maior exportador de minério de ferro entre os estados brasileiros, de acordo com o Boletim de 2020 divulgado pela Simineral. Dos US$ 6,918 bilhões exportados pelo Brasil no primeiro semestre deste ano, o Pará participou com 57,5% do total (US$ 3,981 bilhões). Segundo o Diretor da Sedeme, cerca de 90% dos produtos exportados pelo Estado, em 2019, foram oriundos da indústria extrativa mineral, com destaque para o minério de ferro, com uma produção aproximada de 180 milhões de toneladas, exportadas especialmente para a China, principal mercado de importação.

O Simineral coletou os dados junto ao Ministério da Economia, através do setor de Produtividade e Comércio Exterior, e da Agência Nacional de Mineração (ANM) para a produção do Boletim Econômico Mineral do Pará do 1º semestre de 2020.

Maior Arrecadação

O Pará também foi o estado que mais arrecadou recursos da Compensação Financeira pela exploração de Recursos Minerais (CFEM), representando 49% de recolhimento do recurso no Brasil durante o 1º semestre de 2020, com R$ 1,035 bilhão. Essa arrecadação representa o crescimento de 14% em relação ao mesmo período de 2019, quando o estado arrecadou R$ 898 milhões.

“Por ser o maior Estado produtor de minérios, o Pará é, consequentemente, também o maior arrecadador da CFEM no Brasil. Isso representa mais recursos para que o Estado e municípios apliquem em melhorias nos setores de saúde e educação, por exemplo”, afirma Ronaldo. 

A Mineradora Vale é responsável por 84% da CFEM do Pará, de um total aproximado de R$ 867 milhões no 1º semestre de 2020. Cerca de 82% da arrecadação do Estado origina do CFEM do minério de ferro.

Os municípios de Parauapebas e Canaã dos Carajás, na região sudeste do Pará, despontam no cenário brasileiro como os maiores arrecadadores. Representam 41% de recolhimento de CFEM no 1º semestre de 2020. Parauapebas com 23% de arrecadação, recolheu R$ 478 milhões, já Carajás, com 18% de arrecadação de CFEM, recolheu R$ 388 milhões.

O crescente avanço da economia da região Norte, se tornou com o maior crescimento do PIB em 2018, fazendo dela uma das regiões mais promissoras para a realização de investimentos.  

Extração de minerais, extração vegetal e extração animal fazem parte desta indústria, que obteve uma modesta expansão na região, ainda que em cenário de crise sanitária, deflagrada em 2020 e 2021. Além disso, a Agropecuáriaque envolve a produção de animais e a agricultura,  é um setor que apresentou grande crescimento, com valorização de 20,3% no primeiro trimestre de 2020. 

Qual a base da economia da Região Norte?

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a economia da Região Norte do Brasil é formada, em ordem de importância, pelo extrativismo vegetal e mineral, com ênfase nas jazidas de ferro, a agropecuária, a indústria de transformação e serviços. 

Extrativismo Mineral e Vegetal 

As jazidas de ferro são destaque no extrativismo mineral da Região Norte. O protagonismo do Estado do Pará nessa atividade é um grande destaque para e economia regional, pois o estado apresentou o faturamento de R$31 bilhões, o maior faturamento do país nesse tipo de produção. O minério de ferro encontra-se em boom do seu preço no mercado internacional com aumento de 102% do seu preço em 2020. 

Além da importância das jazidas de ferro, destacam-se como minérios a bauxita, o alumínio, o estanho e alguns materiais e pedras consideradas preciosas. Já no extrativismo vegetal destacam-se produtos de grande consumo local como o Açaí e o látex, além do principal produto para exportação: a madeira. 

Agropecuária 

A agricultura na região se destaca historicamente pela diversidade de produtos que cultiva. Alguns essenciais para o consumo brasileiro: a mandioca, o feijão, a castanha-do-brasil e frutas tropicais, como maracujá, cupuaçu e guaraná. Outros essenciais para exportação e para a indústria de transformação local e internacional como o milho, a soja, o café e a cana-de-açúcar. Sobressai a diversidade de cultivos possíveis na região.  

A safra recorde de grãos e soja e milho permitiram que o agronegócio crescesse 5,2% na Região Norte do país em 2020. As áreas de plantio de soja na Região Norte possuem forte tendência de expansão desde o início do século, tornando a região muito promissora para quem pretende investir na exportação do grão. A Soja é um forte commodity no mercado internacional, sendo um mercado disputado e promissor. 

Na pecuária o investimento na piscicultura em toda Região é uma característica muito forte. Além disso, junto a expansão de área de plantio de soja, a produção pecuária de suínos e bovinos no Pará, Tocantins e Rondônia aumentou. Em 2019 o estado do Pará foi o 4º estado com mais cabeças de gado no país.  

Aquicultura 

A aquicultura é uma das atividades principais da região Norte, que devido a presença do rio Amazonas, apresenta uma alta taxa de atividades do setor primário como a pesca.  

Em escala nacional, a região Norte é a segunda maior produtora de pescados, atrás da região Nordeste. E o Brasil fica em 13º lugar na produção mundial de peixes em cativeiro e 8º na produção de peixes em água doce. 

A aquicultura é o setor de produção animal considerado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como atividade estratégica na segurança alimentar sustentável do planeta que fornece alimento de alta qualidade e gera empregos.  

O exercício da pesca artesanal é uma das principais fontes econômicas das populações tradicionais na região. No estado de Rondônia, o pescado reflete 3,27% do Produto Interno Bruto (PIB), o que diz respeito a 70 mil toneladas de peixe e assim lidera a produção entre os sete estados da Região Norte. 

Zona Franca de Manaus 

Você já deve ter ouvido falar da Zona Franca de Manaus, um dos maiores polos industriais do país e que abrange 10 mil quilômetros quadrados. A área é fruto da Lei nº 3.173, criada em junho de 1957, durante o governo Juscelino Kubistchek, para estimular o desenvolvimento econômico da região. 

Hoje opera de acordo com o Decreto de Lei nº 288, criado em 1967, que alterou as disposições da Lei nº 3.173 e regulamentou a Zona Franca de Manaus. 

O lançamento ocorreu em 1968 e deu origem ao Polo Industrial de Manaus (PIM), atualmente um dos mais modernos centros industriais e tecnológicos em toda a América Latina, situado em Manaus. 

 A capital do Estado do Amazonas, foi fruto de investimento nacional por décadas no setor de transformação e segundo o Ministério da Economia, para 2021 prevê-se a aplicação de R$1,36 bilhão em projetos industriais e de serviços. Com benefícios fiscais como a isenção do imposto de importação, exportação e imposto sobre produtos industrializados, estima-se que nos dias atuais existam mais de 600 indústrias dos setores de produtos químicos, eletrônicos, informáticos, automobilísticos, etc. 

 Os estados do Pará e do Amazonas são os principais produtores industriais, concentrando quase todas as atividades do segundo. Soma-se mais de R$200 bilhões em produção neste setor na região. 

Usinas Hidrelétricas 

Apesar do aumento das fontes de geração de energia, como a eólica e térmica, as hidrelétricas predominam e são fonte de 65% da eletricidade do Brasil.  A Região Norte, por sua vez, tem 65% do potencial hidrelétrico brasileiro remanescente e é responsável por 20,7% da geração hídrica do país.  

Apesar dos planos do governo para impulsionar a geração hidrelétrica na região Norte, as barreiras ambientais, sociais e econômicas dificultam investimentos em usinas de grande porte na região, pois reservatórios das usinas hidrelétricas inundam grandes áreas da Floresta Amazônica.  
 

Arco Norte 

O Brasil possui vantagens como o território abrangente e capacidade de produção que o coloca entre os maiores do mundo, entretanto, não são vantajosas se não existe infraestrutura para exportação. 

Mais do que nunca, a atenção dos exportadores de grãos nacional se voltam para os portos do Arco Norte, 7 portos brasileiros, 6 na região norte e 1 no nordeste: 

  • Porto Velho – RO; 
  • Miritituba – PA; 
  • Santarém – PA; 
  • Barbacena – PA 
  • Itacoatiara – AM; 
  • Manaus – AM; 
  • Itaqui – MA. 


Localizados em cidades como Barcarena (PA) e Porto Velho (RO), os terminais do ‘Arco Norte’ já respondem por 50% do escoamento da produção de soja e milho e vão superar volume dos portos das regiões Sudeste e Sul, como Paranaguá e Santos.
 

O crescimento se deve ao fato de o governo viabilizar de maneira razoável, acesso à BR-163, estrada que sai do Mato Grosso e segue até o Pará, e agora se conecta à hidrovia do rio Tapajós. Melhorias também foram feitas na BR-364, que segue até Rondônia, para se conectar à hidrovia do Rio Madeira.  

A partir dessas duas rotas que unem estrada e rios, a produção passou a acessar os terminais portuários amazônicos. Com essas alternativas, o preço do frete caiu de maneira acentuada. 

Serviços (Comércio) 

O setor de serviços é essencial para qualquer desenvolvimento econômico, sendo aquele que a população mais possui acesso. Destacam-se o comércio, saúde, educação e turismo. Na Região Norte os principais faturamentos estão no setor de turismo e comércio, apresentando receita bruta de R$200 bilhões. 

O comércio apresenta crescente que acompanha o restante do país, como o principal meio de criação de micro-pequenas empresas na Região Norte. Sua importância para economia local é possivelmente imensurável, por ser responsável pela geração de empregos. 

Turismo 

O turismo na região Norte possui potencial difícil de ser mensurado, pois é uma região rica em cultura e natureza. As paisagens do norte do país dificilmente encontram semelhança com outra região. A Floresta Amazônica e a relação dos povos que a habitam com a natureza e os cursos d’água tornam o local uma ótima opção de aventura para quem deseja conhecer. 

Destacam-se locais como o Polo Amazônico (AM), Alter do Chão (PA)  e Jalapão (TO), locais com grandes chances de se aproveitar o turismo ecológico, com empreendimentos que aproveitam a riqueza natural e também conhecer a cultura diferente da Região Norte. 

Como investir na economia da região norte 

Para fazer um bom investimento, é necessário conhecer aspectos econômicos do produto que vai se investir e também do local a qual se compromete a fazer o investimento. Assim, de forma inteligente e estratégica você pode atingir objetivos inimagináveis com o seu investimento. 

No entanto, a segurança de não perder esse investimento por possíveis eventos indesejados é , talvez, o aspecto mais importante para quem procura um retorno do seu dinheiro. A importância de segurar suas ações nesse novo caminho de investimentos pode ser a chave do seu sucesso.  

Seguros para o seu investimento: os possíveis riscos dos investimentos na região norte

Qual o estado da Região Norte do Brasil é o mais rico em minerais?

Você já pensou nas possibilidades de seu maquinário agrícola apresentar algum defeito no momento da colheita? Infelizmente essa realidade acomete muitos produtores rurais e demandam soluções urgentes. Porém, prevenir é a melhor solução para essa situação. 

Há ainda as imprevisibilidades do clima e do comportamento da lavoura, que podem afetar diretamente a produtividade de suas terras. Para isso, existem Seguros Safras que auxiliam o produtor rural neste momento. 

Além disso, outros seguros como Seguro PatrimonialSeguro Transporte, que protege o momento de escoar a produção e/ou RC Ambiental auxiliam você a abrir seu negócio em qualquer setor promissor da economia da Região Norte. 

Essas são apenas algumas das múltiplas soluções que a MDS Brasil pode disponibilizar para os negócios que impulsionam a economia da região Norte, respeitando suas especificidades e desafios.   

Entre em contato para saber como podemos transformar os mais diversos riscos em oportunidades reais de crescimento. Siga também as nossas páginas no LinkedIn, Facebook e Instagram para acompanhar o panorama, tendências e as novidades do mercado.   

Qual o estado da região Norte que apresenta mais minerais?

Na extração mineral, destacamos a extração de diamante, ouro, ferro, estanho, alumínio, manganês e níquel. O estado do Pará é o grande destaque, pois apresenta vastas áreas de mineração.

Qual a região do Brasil é a mais rica em minérios?

Nem tão rico assim Estados Brasileiros maiores produtores de minérios (em toneladas): 1° - Minas Gerais. 2° - Pará 3° - Goiás.

Qual estado da região Norte é o segundo maior produtor de minerais do Brasil?

No ano de 2017, em termos de produção comercializada em toda a Região Norte, no setor de minério de ferro, o Pará foi o 2º maior produtor nacional, com 169 milhões de toneladas (dos 450 milhões produzidos pelo país), a um valor de R$ 25,5 bilhões.

Qual é a área mais importante de Mineração da região Norte do país?

Quando falamos de mineração na região Norte do Brasil, podemos destacar as jazidas da Serra dos Carajás e Oriximiná. As atividades ligadas à mineração na região Norte têm se despontado como uma relevante fonte de geração de riqueza, especialmente com a instalação de grandes empresas mineradoras.