Qual a importância do estudo de órgãos homólogos e análogos no estudo da evolução diferencie os?

Graduada em Ciências Biológicas (USU, 2009)

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A anatomia comparada tem por finalidade estudar as semelhanças e diferenças entre estruturas anatômicas de duas ou mais espécies para determinar seu grau de parentesco. Através desta análise é possível compreender as modificações sofridas por uma espécie e examinar evidências evolutivas e adaptações para a sobrevivência em determinado ambiente.

Os estudos da anatomia comparada utilizam dois tipos de órgãos: os homólogos e os análogos.

  • Órgãos Homólogos: são aqueles que apresentam a mesma origem embrionária e semelhanças na anatomia, mas quando comparadas as funções estas são exercidas de forma diferentes. Por exemplo, os membros anteriores de um homem e a nadadeira de uma baleia. Provavelmente as diferenças entre as funções deve-se a adaptação à sobrevivência no meio ambiente de diferentes espécies que se originaram de um mesmo ancestral em comum.
  • Órgãos Análogos: são aqueles que apresentam origem embrionária e anatomias diferentes, porém exercem a mesma função no meio ambiente. Por exemplo, as asas de uma ave e de um inseto, que apresentam por função o voo. Enquanto as asas das aves apresentam uma estrutura interna formada por ossos, músculos e nervos e as asas dos insetos são formadas por quitina, são maleáveis e crescem como expansões do revestimento do corpo. Como as estruturas anatômicas são bem diferentes, elas não refletem um mesmo ancestral em comum, ou seja, apesar da mesma função originaram de necessidades individuais.

Além da análise e comparação dos órgãos homólogos e análogos, ainda são utilizados como comparação os órgãos vestigiais. Considera-se um órgão vestigial a presença de órgãos atrofiados, que  anteriormente desempenhavam alguma função no organismo, no entanto, atualmente não estão exercendo função no corpo. Por exemplo, é o caso do apêndice vermiforme encontrado no homem, que é mais desenvolvido nos animais herbívoros, pois neles o apêndice contém microrganismos responsáveis pela digestão de celulose. O vestígio deste órgão no homem, provavelmente, remete a uma época em que o homem alimentava-se em maior quantidade de verduras e necessitava do apêndice para realizar a sua digestão.

Alguns cientistas que estudam a anatomia comparada indicam os prováveis detrimentos de órgãos e membros no futuro para o homem, levando em consideração a não utilização destas estruturas, algumas possibilidades são: a perda dos dentes sisos, o dedo mínimo das mãos e a perda da pelagem corporal. E atualmente já podem ser visualizadas o processo de atrofia em outras estruturas como:

  • Membrana Nictitante nos olhos: vestígio de uma membrana encontrada nos olhos das aves utilizada para evitar o ressecamento durante o voo;
  • Décima terceira costela: presente nos chimpanzés e gorilas, alguns homens ainda apresentam essas costelas, porém a maioria da população já apresenta sua forma como costela flutuante, a provável perda da união desta costela no osso esterno deve-se para aumentar a expansão dos pulmões e melhorar a eficiência respiratória;
  • Músculos extrínsecos do pavilhão auricular: utilizada anteriormente para movimentar a orelha em busca de amplificar os sons e reconhecer o tipo de som e a direção de onde eles vinham;
  • Músculo subclávio (situado abaixo do ombro): músculo que vai desde a primeira costela até a clavícula de grande importância para caminhar de quatro, não demonstrando mais importância para o homem, porém algumas pessoas ainda apresentam um dos ombros com o músculo, outras com ambos os ombros com o músculo, mas a maioria não apresenta mais tal estrutura;
  • Músculo palmar (nas mãos): músculo longo e estreito que percorre o cotovelo até o pulso, ainda bem presente na população, antigamente utilizado para escalar e se pendurar;
  • Músculo plantar (nos pés): este músculo foi útil para outros primatas que o usavam para agarrar objetos com os pés, ainda presente em um número grande na população, porém algumas pessoas não mais apresentam;
  • Orifício na parte superior da orelha: acredita-se ser um vestígio do tempo em que o ancestral do homem respirava por brânquias, o orifício remete a uma abertura para a proteção das brânquias. Atualmente não é mais encontrada esta estrutura na população, porém um número baixo pode apresentar em uma das orelhas e outros nas duas orelhas.

Referências:

BOSCHILIA, Cleusa. Manual Compacto de Biologia. 2ª edição. Editora Rideel, 2003.

LINHARES, Sergio. GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia Hoje. 11ª Edição – 3ª impressão, 2005.

Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/biologia/anatomia-comparada/

Evolução é o processo através do qual ocorrem as mudanças ou transformações nos seres vivos ao longo do tempo, dando origem a espécies novas.

Evidências da evolução

A evolução tem suas bases fortemente corroboradas pelo estudo comparativo dos organismos, sejam fósseis ou atuais. Os tópicos mais importantes desse estudo serão apresentados de forma resumida.

Homologia e Analogia

Por homologia entende-se semelhança entre estruturas de diferentes organismos, devida unicamente a uma mesma origem embriológica. As estruturas homólogas podem exercer ou não a mesma função.

O braço do homem, a pata do cavalo, a asa do morcego e a nadadeira da baleia são estruturas homólogas entre si, pois todas têm a mesma origem embriológica.

Nesses casos, não há similaridade funcional. Ao analisar, entretanto, a asa do morcego e a asa da ave, verifica-se que ambas têm a mesma origem embriológica e estão, ainda associadas á mesma função.

A homologia entre estruturas de 2 organismos diferentes sugere que eles se originaram de um grupo ancestral comum, embora não indique um grau de proximidade comum, partem várias linhas evolutivas que originaram várias espécies diferentes, fala-se em irradiação adaptava.

Qual a importância do estudo de órgãos homólogos e análogos no estudo da evolução diferencie os?

Homologia: mesma origem embriológica de estruturas de diferentes organismos, sendo que essas estruturas podem ter ou não a mesma função. As estruturas homólogas sugerem ancestralidade comum.

Analogia: refere-se à semelhança morfológica entre estruturas, em função de adaptação à execução da mesma função. As asas dos insetos e das aves são estruturas diferentes quanto à origem embriológica, mas ambas estão adaptadas à execução de uma mesma função: o vôo. São, portanto, estruturas análogas.

Qual a importância do estudo de órgãos homólogos e análogos no estudo da evolução diferencie os?

As estruturas análogas não refletem por si só qualquer grau de parentesco. Elas fornecem indícios da adaptação de estruturas de diferentes organismos a uma mesma variável ecológica. Quando organismos não intimamente aparentados apresentam estruturas semelhantes exercendo a mesma função, dizemos que eles sofreram evolução convergente.

Qual a importância do estudo de órgãos homólogos e análogos no estudo da evolução diferencie os?

Ao contrário da irradiação adaptativa (caracterizada pela diferenciação de organismos a partir de um ancestral comum dando origem a vários grupos diferentes adaptados a explorar ambientes diferentes) a evolução convergente ou convergência evolutiva é caracterizada pela adaptação de diferentes organismos a uma condição ecológica igual, assim, as formas do corpo do golfinho, dos peixes, especialmente tubarões, e de um réptil fóssil chamado ictiossauro são bastante semelhantes, adaptadas à natação. Neste caso, a semelhança não é sinal de parentesco, mas resultado da adaptação desses organismos ao ambiente aquático.

Qual a importância do estudo de órgãos homólogos e análogos no estudo da evolução diferencie os?

Qual a importância do estudo de órgãos homólogos e análogos no estudo da evolução diferencie os?

Qual a importância do estudo de órgãos homólogos e análogos no estudo da evolução diferencie os?

Qual a importância do estudo de órgãos homólogos e análogos no estudo da evolução diferencie os?

Como referenciar: "O que é evolução?" em Só Biologia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2022. Consultado em 28/10/2022 às 14:58. Disponível na Internet em https://www.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/bioevolucao.php

Qual a diferença sobre orgãos análogos e homólogos explique?

Resumindo: Órgãos análogos: Mesma função e diferente origem embrionária. Órgãos homólogos: Mesma função ou não e mesma origem embrionária.

Qual a diferença entre estruturas homólogas e análogas Cite exemplos?

Por exemplo: a asa de um ancestral como o Pterodactyl, a asa de um morcego e a asa de uma ave. Ambas as estruturas são análogas enquanto asas, ou seja, embora a função seja a mesma, elas possuem origens embrionárias diferentes. Porém são homólogas enquanto membros superiores.

Qual é a relação dos órgãos homólogos com a evolução?

Órgãos homólogos são aqueles que apresentam mesma origem embrionária, mas nem sempre a mesma função. Esses órgãos são essenciais nos estudos evolutivos, uma vez que espécies que possuem essa característica certamente possuem certo grau de parentesco, ou seja, possuem um ancestral comum.

O que são estruturas homólogas ou análogas para evolução?

As estruturas homólogas sugerem ancestralidade comum. Analogia: refere-se à semelhança morfológica entre estruturas, em função de adaptação à execução da mesma função. As asas dos insetos e das aves são estruturas diferentes quanto à origem embriológica, mas ambas estão adaptadas à execução de uma mesma função: o vôo.