Qual era a diferença entre o poder político no auge do Império Romano e no período medieval?

Qual a diferença entre alta idade média e baixa idade média?

A Alta Idade Média (do século V ao XI) se inicia com o fim do Império Romano e o início do feudalismo. Enquanto a Baixa Idade Média (do século XI ao XV) compreende o enfraquecimento do sistema feudal e a transição para o sistema capitalista.

Os feudos eram caracterizados por autossuficiência e por sua divisão em duas classes sociais: servos e senhores. Também se tornou importante o surgimento do poder da Igreja, chamado de "clero". O clero e a nobreza eram responsáveis pelo controle e o governo no período.

A Alta Idade Média ocorreu entre o ano de 486 d.C., ano da extinção do Império Romano do Ocidente, e meados do século XI. Durante esse período, o sistema feudal se consolidou na Europa.

A partir do século XI, o feudalismo esteve em declínio até século XV, dando lugar ao período conhecido como Renascimento e o estabelecimento do capitalismo.

Alta Idade MédiaBaixa Idade Média
Período Séculos V e XI. Séculos XI e XV.
Principais características
  • Surgimento do feudalismo
  • Autossuficiência dos feudos
  • Enfraquecimento do comércio
  • Enfraquecimento do feudalismo
  • Fortalecimento do comércio
  • Fortalecimento da vida urbana
  • Surgimento da burguesia
Principais acontecimentos
  • Igreja medieval
  • Filosofia patrística
  • Cruzadas
  • Imprensa
  • Universidades
  • Filosofia escolástica
  • Peste negra

Idade Média

A Idade Média é caracterizada pelo surgimento do feudalismo após o declínio do Império Romano em 476 d.C. A fragmentação do império em reinos governados pelas nobrezas locais durou dez séculos, do século V ao XV e está dividida entre Alta (século V ao XI) e Baixa Idade Média (século XI ao XV).

Qual era a diferença entre o poder político no auge do Império Romano e no período medieval?
Nobreza e clero dividiam o poder na Idade Média

Essa divisão se estabelece e permanece desde o surgimento e apogeu do sistema feudal até, posteriormente, sua crise e declínio.

Nesse período, o poder era entendido como uma designação de Deus, o que impedia a transição social. O nascimento em determinada classe definia toda a vida, seja como servo (maioria da população) ou como senhores (pequeno grupo de nobres e religiosos).

Alta Idade Média

Esse período tem como marco a intensificação da produção agrária e a divisão em torno de sua propriedade. A aristocracia, representada pelos senhores, proprietários das terras, centralizou o poder e constituiu uma nova classe social: a nobreza.

O poder e os direitos da nobreza eram transmitidos hereditariamente, de geração a geração, assim como as obrigações relativas aos servos.

A cristianização dos povos nórdicos e germânicos determinou a consolidação do período e a expansão do poder da Igreja. A Alta Idade Média é caracterizada pelo apogeu da Igreja Cristã Medieval, que estendeu seu poder por toda a Europa.

Baixa Idade Média

A Baixa Idade Média diferencia-se do período anterior por uma maior imposição do poder da Igreja, pela centralização do poder nas mão do monarca. Inicia-se as cruzadas e a inquisição.

Surgem as lendas, como a de Camelot e o Rei Arthur, e a ideia reis, cavaleiros, bruxas, etc. O imaginário coletivo sobre a Idade Média é muito mais representativo da Baixa Idade Média do que da Alta Idade Média.

Esse período também registra uma das maiores epidemias da história, a peste negra. A doença foi responsável pela morte de quase um terço da população europeia entre os anos de 1346 e 1353.

Declínio feudal e fim da Idade Média

O fim da Idade Média é marcado pelo declínio do poder feudal por uma série de fatores. Dentre eles: a divisão das terras entre os descendentes da nobreza, levando à fragmentação dos feudos e o surgimento de uma nova classe social, conhecida como burguesia.

A Baixa Idade Média foi também o período do surgimento das primeiras universidades. Nelas, os representantes da nobreza, do clero e, posteriormente, da burguesia podiam ter acesso à educação. A Universidade de Bolonha (Itália), por exemplo, é a mais antiga da Europa, tendo sido inaugurada no ano de 1088.

A imprensa também surge no mesmo período como forma de reprodução de documentos e divulgação de informação.

Burguesia é o nome dado à classe dos comerciantes das cidades (burgos), que apesar de não participarem da nobreza, passaram a possuir poder econômico.

Com o aumento de seu poder econômico, a burguesia passou a buscar também o poder político. O poder absoluto da nobreza, construído durante a Alta Idade Média, se enfraqueceu e deu lugar a uma nova organização social, que seria determinante para o fim da Idade Média.

A burguesia, surgida durante a Baixa Idade Média, desenvolveu um novo modo de pensar que transformou o mundo da época. Essas transformações foram cruciais para o fim à servidão, dando início a um novo modelo centrado no poder econômico, o capitalismo.

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  • Monarquia e república
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  • História e estória

Qual era o poder político no mundo medieval?

O poder político era descentralizado, isto é, estava nas mãos de inúmeros senhores da terra. Por todas essas características, muitos estudiosos acabaram chamando esse momento de Idade das Trevas. Eles acreditavam que o mundo medieval tinha soterrado o conhecimento produzido pelos gregos e romanos.

Quais são as principais diferenças entre o poder político na Idade Média e na Idade Moderna?

Resposta: Na idade média os governos eram descentralizados e a economia tinha por base a agricultura, enquanto que na idade moderna havia governos centrais e economia com base no comércio.

Como era o poder político antigamente?

Se o Estado era o rei, então ele próprio, o monarca, era a fonte de todo o poder político. Da pessoa do rei emanavam as atribuições para a legislação, para o juízo e para a execução das leis. O corpo populacional era composto de súditos do rei. Súditos, isto é, submissos ao poder real.

Porque o poder político na Idade Média era descentralizado?

Na sociedade feudal o poder político era descentralizado na medida em que o Rei era mais uma figura simbólica que um senhor de fato de suas terras: ele dividia o seu controle com os seus vassalos, que, em troca da lealdade ao Rei, ganhavam porções de terras - os feudos - que administravam e tinham a função de proteger.